No escurinho do cinema
Recebo e-mail do leitor Carlos Amaro de Vasconcellos:
Feil, abaixo o manifesto em que o SindBancários afirma que é contra a CPI do Banrisul. Com essa posição eles se aliam à governadora Yeda, ao Simon, ao presidente do Banco, Fernando Lemos, ao Busatto e aos bandidos que mamam nas tetas do banco estatal.
A nota é esta, foi copiada do site do SindBancários e publicada ainda na semana passada:
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TIREM AS MÃOS DO BANRISUL!
Todos em defesa do banco público dos gaúchos
Os bancários e a sociedade estão realizando nesta quinta-feira, dia 12 de junho, um abraço simbólico ao Banrisul em defesa do banco público dos gaúchos. A manifestação, organizada pelo SindBancários, também é uma resposta às denúncias de corrupção no Governo Yeda/Feijó.
O banco tem sido alvo de seguidas denúncias de irregularidades nos contratos firmados com a Faurgs. O vice-governador, enquanto integrante do governo, precisa ter responsabilidade ao fazer suas acusações, uma vez que até o momento não apresentou provas, assim como nada foi comprovado pelo Ministério Público.
Para buscar esclarecimentos, o Sindicato já se reuniu com o presidente do Banrisul e com a Faurgs. Também foi recebido pelo Ministério Público, que ainda está investigando os contratos e apresentará suas conclusões ao final dos trabalhos. O SindBancários aguardará o posicionamento do Ministério Público e ressalta que, caso sejam apontadas irregularidades, os culpados devem ser punidos.
Por isso, não há motivos para a abertura de uma nova CPI na Assembléia Legislativa, como pretende Feijó. A CPI do Detran deve continuar apurando as fraudes que desviaram R$ 44 milhões dos cofres públicos, buscando a punição dos corruptos e o ressarcimento do dinheiro roubado.
A hora é de proteger o Banrisul, que atende a milhões de gaúchos, financia o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. O banco está saneado e dá lucro. Não há razão para vendê-lo ou ser incorporado pelo Banco do Brasil.
Os bancários e a população defendem a instituição e condenam a intenção do governo Yeda/Feijó de desvalorizar o banco e usá-lo como moeda de troca para resolver seus problemas financeiros.
Tirem as mãos do Banrisul!
Respeitem o patrimônio do povo gaúcho!
SindBancários
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Feil, que sindicalismo é este? Pra mim é peleguismo no mais alto grau, a condenada política do “sindicalismo de resultados”. Eu me recuso a acreditar que essa “virada” do Sindicato seja pelo fato de que a Direção do Banrisul tenha doado R$ 250 mil para a conclusão das obras de uma Sala de Cinema na sede da rua General Câmara.
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De fato, não dá para entender o motivo de o Sindicato dos Bancários não querer a CPI do Banrisul. A nota, a rigor, converge para a posição oficial do governo Yeda e da atual Direção peemedebista do banco estatal.
De qualquer forma, é uma política sindical muito estranha e nebulosa, considerando a tradição de luta e combatividade do velho Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
7 comentários:
Realmente depois de ler esta nota num comentário fiquei pasmo! Ou tão recebendo dinheiro grosso de algum lugar ou vão se desfiliar da CUT e integrar a Força Pelegal. SindBancários pelegou de vez? Como ex-bancário do Sul Brasileiro/Meridional me recuso a acreditar!
Eles estão com medo, Feil, estão com medo de perder certas boquinhas por ai. É o interesse corporativo acima de tudo. Eu defendo sim uma CPI do Banrisul, porque acho que existe muita falcatrua por ali. Aliás, sempre ocorreu, em todos os governos. E acho que está na hora da sociedade gaúcha saber, de uma vez por todas, que o Banrisul não traz nenhum benefício ao povo gaúcho, porque pratica as mesmas taxas dos outros bancos e faz exatamente o que os outros bancos fazem. Banrisul para quê?
Estão parados os aguapés da rua General C^mara.
Tudo quieto!
Ora, por favor, só a Velhinha de Taubaté ficaria surpresa com essa posição do sindicato. Está fazendo o que sempre fez qualquer entidade de funcionários públicos: defender interesses corporativos e as mamatas próprias, enquanto o resto do povo gaúcho se ferra.
Maia se abstenha desta discussão por favor. Sobre isso já te respondi.
Eu gostaria que alguém do sindicato escrevesse alguma coisa. Já tentei ligar para aqueles que eu acredito sejam honestos, principalmente o pessoal que conheço da DS, mas estão inflexíveis. Das outras bandas que fazem parte da gestão, eu nem perco tempo...
No mínimo é uma análise conjuntural e de correlação de forças equivocadíssima, no máximo eu já não sei...
Um adendo: Os bancários estão em periodo eleitoral, e, a chapa da situação (sem generalizar, eu recebi do pessoal da Art sind, mas quem mandou compor com elees?) distribui panfletos com o jornal do sindicato dentro! A coisa tá terrivel...
Mais uma pérola do sitio do sindicato:
Quinta-Feira,19 de Junho de 2008
Deputados estaduais criticam exposição negativa da imagem do Banrisul
Fonte: O Sul
O jornalista Clésio Boeira descreve em sua coluna desta quinta-feira, dia 19, no jornal O Sul, o pronunciamento de deputados estaduais em defesa do Banrisul, durante a sessão de quarta-feira, dia 18, da Assembléia Legislativa do RS. Os parlamentares criticaram a exposição negativa do banco.
Confira!
Frederico critica exposição negativa do Banrisul
O ex-presidente da Assembléia Legislativa deputado Frederico Antunes foi à tribuna ontem defender o Banrisul do que classifica de “processo de exposição negativa” provocada por declarações do vice-governador Paulo Feijó. Em discurso emocionado, lembrou que foi diretor do banco, que completa, agora, 80 anos, e prometeu, se necessário, liderar manifestações em frente ao Palacinho (sede da vice-governança): “Vamos chamar os 9 mil funcionários e os gaúchos e gaúchas que não admitem mais essa situação. Vamos lá saber o que ele quer com o Banrisul e com o Rio Grande do Sul”.
Frederico Antunes mostrou os principais números da instituição. Nos últimos cinco anos, o lucro líquido é de R$ 2.218,6 bilhões. No mesmo período, o patrimônio líquido pulou de R$ 800,8 milhões para R$ 2.218,8 bilhões, 4,03 vezes maior.
A carteira de crédito movimentou em 2003 R$ 4.609,7 bilhões e, em maio de 2008, 9.663,7 bilhões, mais do que o dobro. Desde 2003, contribuiu com R$ 100 bilhões para o financiamento do Rio Grande do Sul. O Banrisul, possui hoje três milhões de correntistas e nove mil funcionários. Os municípios onde está presente representam 97% do PIB.
Desafio
“Chega de uso e abuso contra um sistema financeiro que merece respeito, principalmente de um vice-governador”, diz Frederico. “Se ele quiser governar o Estado, que se apresente como candidato nas próximas eleições e explique o que quer com o Banrisul. Se não for, se continuar sendo vice, que se mantenha onde está e não atinja uma história importante, de 80 anos. Que tenha mais responsabilidade. Chega de jogar palavras e de prejudicar pessoas e segmentos, como tem feito nos últimos dias”, discursou.
Diferenças
Não é uma situação de oposição e situação, afirmou o deputado. “É uma questão de estado, maior do que as palavras que são jogadas para os veículos de comunicação com uma irresponsabilidade jamais vista na história do RS. Fica registrado que, daqui para a frente, cada manifestação desse tipo fará com que este deputado e muito outros subam a esta tribuna”, disse Frederico Antunes. “Se há picuinhas e diferenças com o presidente do banco, o vice deve resolvê-las no âmbito adequado, sem envolver a história e a tradição do Banrisul.”
Contestação (1)
Antes de Frederico Antunes, o deputado Edson Brum (PMDB) contestou afirmações do vice-governador em programa de TV, na noite de terça-feira. Feijó teria dito que o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, fora condenado em primeira instância na Justiça Federal, por improbidade administrativa. “Ou o vice tem conhecimento de outra ação, e, se tem, deve mostrar, ou está agindo de má-fé, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça inocentou Lemos em novembro de 2007 e o acórdão foi publicado em fevereiro.”
Contestação (2)
“O que existe é o resultado de um processo de habeas corpus com o qual foi desconstituída ação contra Lemos. “A sentença condenatória foi anulada, e isso precisa ficar claro. Não há mais espaço para acusações infundadas, principalmente neste momento em que a sociedade gaúcha exige seriedade por parte dos agentes públicos em todos os níveis. Também não há espaço para lançamento de novas dúvidas", disse. Brum suspeita que a atitude vise ao enfraquecimento e à perda de credibilidade do Banrisul para posterior privatização.
Resposta
A coluna está à disposição do vice-governador Paulo Feijó caso queira se manifestar sobre as declarações de Frederico e Brum.
CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI! CPI!
Claro que é temerário. A partir do momento que o Feijó, geneticamente privatista - como se auto denomina - começa a defender uma CPI do Banrisul, boa coisa não cheira. Mas de qualquer forma, mesmo que se instale um CPI e que esta consiga avançar e mostrar que os desvios são antigos e já elegeram muita "gente de bem", não acredito que haja condições pra que uma proposta de privatização vá em frente. Então, mais nebulosa ainda se torna essa posição do sindicato. Que alguém esclareça!!!! Logo e sem meias palavras. Não é justo que meia dúzia de pessoas - se é que foi decisão de diretoria - acabem com a respeitabilidade que essa instituição, a duras penas, conquistou.
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