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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quinta-feira, 3 de abril de 2008


Vale arranca 7 bilhões de banco estatal

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – instituição estatal de fomento – irá conceder para a mineradora Vale do Rio Doce (privatizada pelo governo FHC) um limite de crédito no valor de mais de R$ 7 bilhões. O montante representa o maior financiamento já concedido a um único grupo econômico. O limite de crédito vai funcionar como um cheque especial e tem como objetivo financiar os projetos da Vale, que somam quase R$ 100 bilhões de 2008 a 2012. A informação é da Radioagência NP.

A Vale tem cinco anos para usar os recursos e prazo de pagamento de dez anos. O valor da linha de crédito representa quase 10% do financiamento do BNDES previsto para este ano, que é de R$ 80 bilhões.

Sete outras empresas já haviam conseguido obter limites de crédito com o BNDES. Foram concedidos R$ 900 milhões ao grupo Gerdau e a mesma quantia para a Usiminas. Em relação a este valor, a linha de crédito da Vale representa uma alta de mais de 700%. Outros grupos já estariam interessados em obter o mesmo tipo de financiamento.


5 comentários:

Guga Türck disse...

E tem gente que ainda fala em Estado Mínimo...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Falar em Estado mínimo num país necessitado como o Brasil é uma hipocrisia. O papel do BNDE é exatamente esse: emprestar recursos para as empresas se desenvolverem, investirem, gerarem recursos, fazer circular mais capital, capitalizarem, pagarem mais impostos, gerarem mais empregos. Qual o problema do BNDE emprestar para a Vale, Gerdau e outras grandes empresas? Isso ocorre em qualquer país socialmente desenvolvido. Não consigo entender esse preconceito que certa esquerda tem com o grande capital que investe, gera empregos e impostos.

Anônimo disse...

Esses são o capitalismo e a eficiência privada que defendem o Estado Mínimo e, ao mesmo tempo, não crescem sem verbas públicas.

Onde está o capitalista que anda com suas próprias pernas, no Brasil? Onde está toda sua conversa fiada sobre eficiência, excelência e competência, se nem planejar investimentos a partir de capital próprio conseguem?

Ah, é verdade, eles não precisam. São espertos, pois sempre haverá o Estado para isso sustentar e um calote possível no horizonte. Depois, é só morar no exterior e curtir a grana própria, depositada em paraísos fiscais, que não foi investida, já que o Estado está aí para isso.

Anônimo disse...

Para que massacrem trabalhadores e se recusem ao diálogo. Querem estado diminuto, mas não dispensam o dinheiro público. Hipócritas!

armando

Anônimo disse...

Cristóvão,

Depois que uma colega paraense do mestrado participou de um punhado de projetos de pesquisa para a Vale e que até o Sebastião Salgado participou de publicidade para a empresa...

...Pára o mundo que eu quero descer!!!

[]'s,
Hélio

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