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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

sexta-feira, 18 de abril de 2008


O deboche de Zero Hora

Corrigindo-se do grave erro jornalístico de ter feito uma manchete confusa, dias atrás – onde empregou a expressão boda, para designar casamento, quando o usual e correto seria bodas – o jornal da RBS agora parte para o deboche disfarçado. Desta vez temos a objetividade jornalística, mas adornada com a cereja do escárnio.

Informa que “Casamento reúne elite política em Porto Alegre”, evidentemente zombando dos presentes à cerimônia nupcial da filha de uma ministra do governo Lula.

O termo elite política é uma categoria sociológica que foi objeto de estudos de inúmeros autores, Vilfredo Pareto, com a “circulação das elites”, Robert Michels, com a “lei de ferro da oligarquia”, e Gaetano Mosca, com a sua “teoria das elites”, só para citar três expoentes do tema.

É um grosseiro equívoco, a não ser que se queira deliberadamente avacalhar, chamar o governo lulista de um concerto da elite brasileira. Não é. Tanto não é, que a própria elite, as oligarquias históricas, representadas pelo PIG, não se cansam de atacá-lo de maneira vil e golpista, ora por ser de origem humilde, ora por não ter dez dedos nas mãos, ora por não ser poliglota, e ora por freqüentar casamentos, cuja festa será realizada nos salões do clube Leopoldina Juvenil.

Imagina, essa rafaméia transitando no Leopoldina? – é a pergunta que ZH está sugerindo hoje, nas entrelinhas do seu imorredouro ressentimento de classe.

14 comentários:

Anônimo disse...

acho que existe outra coisa muito grave... estão mostrando um mapa, com a rota do casamento, na certa, para incentivar manifestações no caminho...

Anônimo disse...

Hoje eles acordaram bem. A edição de hj está uma pérola só.
Além da matéria deboche sobre o casamento, tem uma falando sobre a ação da Brigada que tem "catado" mendigo na rua e que ao serem levados para o quartel, não podem sentar nos bancos do micro ônibus, para não sujar....!!
E a defesa da tia Rosane à compra da casa da Yedinha tá uma coisa linda de ser ver!!!
Tem q rir para não chorar!!!!

Hoje eles se superaram!!!
Sil

Anônimo disse...

Sil

você concorda com o fato de os mendigos não poderem nem sentar nos bancos do onibus da Brigada? Você sabia disso? A ZH de hoje está mostrando uma realidade que muitos desonheciam. Isso é jornalismo.

Quanto ao casamento: é constrangedora a volta que este blog está tentanto dar nos leitores para não reconhecer o equívoco daquele post anterior.

Anônimo disse...

Afinal, o termo BODA é erro primário ou só um termo confuso? O post atual fala que é confusão. O post lá de baixo fala que é erro primário. Decida-se, homem.

Anônimo disse...

avante, cristóvão. não abandone esse tema da bóda. adote o lema do colin powell: "não deixe os outros verem que você está suando".

suelen (tristeza, de novo)

Anônimo disse...

Feil, estou confuso. Primeiro, você acusa os repórteres de ZH de serem analfabetos. Agora, acusa-os de usarem DELIBERADAMENTE uma categoria sociológica numa manchete, para avacalhar Lula.

Afinal, os jornalistas do PIG são analfabetos ou são estudiosos de sociologia? Ou dá no mesmo?

Anônimo disse...

É preciso ter paciência, em Feil? Deixa estar...
Alguma coisa a direita aprende: apropriar-se dos termos que a desqualificam. Por exemplo, quando o Guareschi e Biz lançaram o livro "Diário Gaúcho: (...) que responsabilidade social?", a RBS, poucos meses depois, muda o nome do seu manual de ética jornalística para "Guia de Ética e Responsabilidade Social", um primor de ficção.

flics disse...

Lulla não é atacado por ora por ser de origem humilde, ora por não ter dedos, ora por não ser poligota, ora ...

Lulla é atacado para lembrar quem manda por aqui. E ele sempre responde: "O sinhô patrãozinho".

Quer dizer, não responde com palavras, mas aumenta os juros da dívida pública.

Anônimo disse...

Me desculpe, mas nessa o blogueiro viu chifre em cabeça de cavalo.

Absurdo mesmo foi a matéria dos mendigos. Parecia que ZH era a National Geographic e os brigadianos eram exploradores tratando com bichos. Temos o pior jornalismo do País. Logo o gaúcho, este povo culto, educado, um pedaço de Europa no meio dessa gente morena.

Maria Cândida disse...

Ah! As Palavras e as Coisas!?
Lula, um homem de Primeira Grandeza! Lula, assim como Dilma, tranbordam cultura política, competência em administração pública,responsabilidade social, trabalho cotidiano pela democracia e muito nobreza e diplomacia em tudo que fazem.
E quanto ao uso da palavra "Comício", por Dilma, em um ato do PAC, em BH, ao contrário do cometário da "pág.0", ela sabe o seu significado que está nos dicionários da língua portuguesa.
O Aurélio, diz: Comício. [Do latim comitiu.]
1. reunião pública de cidadãos para tratar de assuntos de interesse geral,ou em que um candidato a cargo eletivo divulga seu programa. Ato público.
2.Assembléia popular, entre os antigos romanos (...)
*Comício relâmpago. Bras. comício improvisado, geralmente em via pública, e que rápidamente se dissolve.
Quem será o poliglota? Lula que é entendido por todas as platéias ou FHC que em o mundo acadêmico entende?

Anônimo disse...

Cristóvão, acredito que o uso da palavra boda na manchete de quarta-feira, para falar do casamento da filha da ministra, teve duplo sentido, pejorativo, esculhambativo, sacana e rebaixado, característico do jornal ao tratar da esquerda. Tu fostes pelo lado do erro puro e simples , o que permitiu o ataque das abelhinhas, comandadas pela abelha-rainha do jornalismo cretino da RBS (que saudades do Barrionuevo!). Agora há pouco, no blog da abelha-rainha, a abelhinha Vivian Eichler postou o seguinte comentário:

O presidente Lula, oito ministros e sete governadores passaram por Porto Alegre hoje para a boda da filha da ministra Dilma Rousseff, Paula, com o administrador de empresas Rafael Covolo.

Viste? De novo o termo BODA. O que é interessante observar é que está assim comprovado que eles estão atentos ao Diário Gauche. Então é bom começar a deitar a lenha neles, com mais frequência e mais contundência, que eles acusam o golpe.

Anônimo disse...

marcos: é isso aí, tem de deitar lenha. com contundência, como você fez naquele post zoológico sobre a "boda" ligando o bicho às "galinhas cacarejantes" do mão santa. que exegese! você devia ter o seu próprio blog. que tal "a revolução dos bichos". não, muito à direita. "sítio do picapau amarelo" é melhor!
suelen (de muda para a tristeza)

Anônimo disse...

suelen: não sei ainda qual é a tua posição quanto ao tema em debate. mas a minha, é clara: 1 - o Feil se equivocou ao apontar erro no uso da palavra boda (ô) como sinônimo de casamento e deveria admití-lo; 2 - a Zero Hora utilizou a palavra com deboche mas jamais irá admití-lo; 3 - a filha da ministra dilma teria dito (quem informa é a ZH!) que queria uma festa discreta. aí a mamãe orgulhosa faz o contrário. cada um faz a festa que quer, mas eu não acho que este tipo de evento seja oportuno. finalizando, acho que tu, apesar de estar sempre em trânsito, entre o partenon e a tristeza, deveria parar prá pensar e admitir o óbvio: o jornalismo que a RBS pratica é parcial. quanto ao blog, me falta cultura mas, se um dia tu tiveres um, ou caso já o tenha, terei o maior prazer de frequentá-lo. abç

Anônimo disse...

marcos,
tá certo. chega. já fizemos bastante estrago.
suelen

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