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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 30 de abril de 2008


A morte comanda o cangaço

Não sejamos paranóicos. Mas não temos direito de ser tontos.

Quando em política se multiplicam coincidências, devemos sempre estar atentos. Enfim, o que se passa em nossas fronteiras da chamada Calha Norte?

Desde o bombardeio e invasão do Equador pelas tropas do narco-presidente colombiano, Álvaro Uribe, há um mês, seguido de uma inesperada visita da chefa do Departamento de Estado de Washington, senhorita Condoleezza Rice, fatos aparentemente isolados têm colocado as nossas fronteiras da região conhecida como Calha Norte, nas manchetes de jornais.

Depois das pressões de Miss Condie, em torno da "flexibilização das fronteiras nacionais", sempre que se tratasse da necessidade de perseguir "terroristas", a instabilidade ronda a região.

O primeiro caso foi a crise aberta pelos "arrozeiros" em parceria com o general Augusto Heleno Pereira, comandante militar da Amazônia, contra a demarcação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol (RR).

Em seguida, a revista "IstoÉ" publica longa matéria sobre suposta guerrilha em Rondônia.

Por fim, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anuncia – contrariando toda a política externa do Governo a que deveria servir, anuncia que, se as Farc pisarem em solo brasileiro, serão recebidas a bala.

Depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva homologou a Reserva Raposa-Serra do Sol (2005), os "arrozeiros já atacaram quatro comunidades indígenas, incendiaram 34 casas, espancaram e balearam índios, arrebentaram postos de saúde. Somente agora, no entanto, a crise ganharia um novo protagonista: o comandante da região, general Heleno, um militar da linha dura do regime pós-64, que ganhou notoriedade por seu envolvimento no escândalo do hoje ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. Além disto, em 2004, pouco depois de assumir seu posto de chefe da Força de Estabilização do Haiti (Minustah), atribuiu a violência naquele país às críticas do então candidato democrata à Presidência dos EUA, John Kerry, contra a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide pelo consórcio Washington-Paris. A declaração gerou um incidente diplomático. No ano seguinte (2005), o general foi acusado, em documento lançado pelo Centro de Justiça Global da Universidade de Harvard, de dar cobertura à campanha de terror da Polícia Nacional do Haiti, e de violação (pela própria Minustah) de direitos humanos.

Agora, com suas declarações, o general violou triplamente a Constituição: primeiro, por que esta define que os oficiais da ativa devem obediência a seus superiores na cadeia de comando, em cujo topo está o presidente da República; segundo, por que a Constituição consagrou (artigo 231) o direito dos índios às terras que tradicionalmente ocupem; finalmente, por que é papel das Forças Armadas zelar pela aplicação da Carta. Assim, ele – e não os índios ou a Reserva – colocou em risco a Segurança Nacional. Mais que isto, clubes militares se manifestaram, abaixo-assinados circularam, o DEM cerrou fileiras.

Acontece que as terras demarcadas e outrora propriedade dos arrozeiros é uma área entre duas cadeias de montanhas, única passagem, naquele estado, de acesso à Venezuela.

A suposta guerrilha em Rondônia, denunciada pela revista "IstoÉ" há duas semanas, é outro mistério. De acordo com a "IstoÉ" de Daniel Dantas (Banco Opportunity), a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), estaria implantando uma guerrilha naquele Estado. A revista descreve supostos acampamentos, homens e mulheres usando passa-montanhas, descreve ações que teriam sido levadas a cabo na região, supostos contatos com as Farc, etc.

Algo difícil de acreditar. Implantar e ativar uma guerrilha hoje, no Brasil, soaria tão suspeito quanto o atentado do 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas, ou o Incêndio do Reichstag na Alemanha dos anos 1930.

Um documento lançado pela LCP, dias depois que a revista começou a circular, denunciou um massacre a um dos assentamentos de camponeses organizados pela Liga, com dezenas de mortos e outro tanto de desaparecidos.

Em documento entregue ao desembargador José Gercino Filho, da Ouvidoria Agrária Nacional, e ao deputado Anselmo de Jesus, o sacerdote e advogado Afonso Maria das Chagas, também membro da coordenação da Comissão Pastoral da Terra de Rondônia (CPT-RO) desqualifica a reportagem pela sua falta de clareza, sensacionalismo e por "passar a impressão de agir com poderes de polícia". Refere-se ainda a um fato constatado na região onde "um grupo de 'funcionários' efetuou uma reintegração judicial (sic) à força, para não dizer à bala, sem que nada os afetasse".

De acordo com o documento, "Tornou-se pública a nota encaminhada pela Secretaria de Segurança (...) informando que, em momento algum, por parte do Estado, foi dito sobre a existência de guerrilha na região de Campo Novo, Buritos, Jacinópolis".

O texto diz ainda que o tipo de informação veiculada pela revista só pode ter como objetivo lançar uma cortina de fumaça sobre os problemas do Estado, e criminalizar os movimentos camponeses. Ainda que grave, gostaríamos de acreditar que o objetivo da publicação do senhor Dantas seja apenas esse.

Rondônia – encravada entre o Amazonas e o Mato Grosso, tem uma vasta fronteira com a Bolívia.

Editorial do jornal Brasil de Fato, edição 270, de 29 de abril de 2008.


13 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

O "jornal" Brasil de Fato e o MST apoiam veladamente as FARC e certos movimentos de esquerda que utilizam a luta armada. MST e FARC, Brasil de Fato, movimentos bolivarianos participam dos mesmos fóruns e estão alinhados pelos mesmos mofados e reacionários laços ideológicos. MST e FARC não são irmãos siameses, mas são primos-irmãos. E as FARC é um movimento que recebe muita graninha dos movimentos e dos governos da esquerda mundial, além disso recebem, também, graninha do crime organizado. O MST também recebe dinheirinho da esquerda e dos governos da esquerda organizada mundial, bem como verbas muitos esquisitas das ONGS ligadas ao movimento, como se provou na CPI da Terra, pouco divulgada pela grande mídia. Tá tudo muito ligado. Não é, portanto, difícil de acreditar que a Liga dos Camponeses Pobres estejam organizando uma guerrilha em Rondônia, que é uma área estratégica perto da Colômbia, da Venezuela chavista e de movimentos terroristas e bolivarianos afins. O editorial do Brasil de Fato tenta apenas disfarçar e contornar o que efetivamente pode estar ocorrendo. O Brasil precisa estar de olho a certos movimentos que pregam um mundo melhor e possível na forma de ditaduras totalitárias, com a adoção de regimes que não deu certo em lugar nenhum.

Anônimo disse...

O Maia na sua obediente e disciplinada nazistamente linha do PIG; e para escamotear a atuação da narco milicia ligada sanguinamente com o narco presidente Uribe, vem com histórias mais ligadas à sua histórica malediciência que qualquer razão.

Claudio Dode

Anônimo disse...

Repasso aos leitores do blog:
_________________________
1964 O TERROR - A VOLTA – NOVO ASTRO – “HELENO DE TRÓIA”
"correndo o risco de parecer ridículo deixe-me dizer-lhes que o verdadeiro revolucionário é movido por sentimentos de amor”


Não se trata de imaginar que as tropas vão sair às ruas prendendo pessoas e depondo um governo legítimo como aconteceu em 1964, quando a direita das Forças Armadas esmagou a esquerda, tomou o poder e implantou uma ditadura sanguinária, montada na tortura, no assassinato de adversários e na absoluta subserviência aos interesses do grande empresariado nacional e internacional.

Foi esse grande empresariado, que financiou instrumentos de repressão como a OPERAÇÃO BANDEIRANTES (OBAN) e a construção do famigerado DOI/CODI que juntou todos os setores e grupos dos chamados serviços sujos da ditadura e acabou desembocando na Operação Condor, uma espécie de holding do terror em toda a América do Sul.

Líderes nacionais que se opunham às ditaduras em seus países foram assassinados no curso da Operação, criada para esse fim. Foi um desses crimes, o que matou Orlando Letelier, ex-chanceler do governo Allende assassinado em New York por agentes da DINA (Polícia Secreta chilena) que começou a levantar o véu do terror implantado nesta parte do mundo pelos militares. Até hoje não se pode afirmar com convicção que lideranças brasileiras como Juscelino e Jango não tenham sido mortos em operações dentro desse quadro.

Esse tipo de prática retornou com toda a força no governo do terrorista norte-americano George Bush. Uma lei especial autoriza o governo dos Estados Unidos através dos chamados órgãos de segurança, a prender, manter incomunicável e a torturar em benefício da segurança do país, homens e mulheres em qualquer parte do mundo. Agentes da CIA (o serviço secreto dos EUA) respondem a processos por crimes de seqüestro em países europeus como a Alemanha e a Itália.

Campos de concentração foram espalhados pelo mundo e o exemplo de uma das prisões no Iraque, onde presos muçulmanos eram submetidos a toda a sorte de humilhações chocou o mundo não faz muito tempo.

Guantánamo é um exemplo. Uma parte ocupada do território de Cuba, onde os EUA guardam prisioneiros que consideram suspeitos de ações contrárias ao país ou países que ofereçam riscos, na ótica deles, aos seus interesses.

O fim da União Soviética não significou o fim do pesadelo militarista e armamentista. Os EUA continuam a desenvolver tecnologias de armas de destruição em massa, construíram um escudo de proteção antimísseis e ocupam através de bases ou invasões militares (Iraque, Afeganistão) todos os espaços possíveis e considerados necessários para a consolidação do império terrorista de Washington.

O maior campo de provas desse terror hoje é o Oriente Médio e o braço terrorista norte-americano ali é o Estado de Israel, um enclave do IV Reich. As humilhações, a violência, a barbárie semelhante à dos campos de concentração da IIª Grande Guerra que são impostas aos palestinos não encontram paralelo na história a não ser na horda de bárbaros que se desenrola ao longo do processo dito civilizatório, passar por Hitler e encontra seu ápice no terror do período Bush.

A América do Sul é um dos alvos primordiais do terrorismo norte-americano neste momento. As sucessivas derrotas eleitorais em quase todos os países dessa parte do mundo e as profundas mudanças propostas por governos como os de Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Corrêa (Equador) e agora a vitória do ex-bispo Fernando Lugo no Paraguai, até então uma grande fazenda norte-americana e brasileira por conta da corrupção dos governos do partido Colorado, acenderam a luz vermelha em Washington.

A rigor os norte-americanos dispõem de duas bases (colônias) na América do Sul. O governo do narcotraficante Álvaro Uribe e o de Alan Garcia, no Peru.

Países como o Brasil e a Argentina, os dois maiores da região, têm governos independentes e o Chile alinha-se no geral com posturas de integração sul americana, ao contrário da proposta norte-americana (ALCA) de integração de todas as Américas na visão de Washington. Os ESTADOS UNIDOS e um monte de protetorados.

À semelhança com o que acontece hoje ao México, um depósito de lixo dos norte-americanos. Na América Central a presença de Daniel Ortega na Nicarágua e a transição cubana para Raul Castro mantêm a perspectiva de luta popular nos outros países. O Haiti hoje é um país ocupado militarmente pelos EUA que contam com apoio da polícia brasileira que alguns insistentes teimam chamar de forças armadas.

O recente ato de rebeldia e insubordinação do general Augusto Heleno, transformado em comandante militar dos EUA na Amazônia mostra que a estratégia dos EUA passa por acentuar o processo de cooptação de militares dos países alvos, sempre ligando a seta para um lado (nacionalismo, soberania nacional, integridade do território nacional e depois entrega absoluta).

Foi assim no Iraque, foi assim quando atacaram o acampamento do chanceler Raul Reyes (das FARCS-EP) no Equador. A guarda republicana de Saddam e os principais generais do exército terminaram cooptados e hoje ocupam postos chaves no governo daquele país, como o exército equatoriano omitiu-se no ataque terrorista contra o país a partir da Colômbia.

No caso específico do Brasil a preocupação dos EUA se volta para as eleições de 2010, pelo menos até o momento existe a necessidade de manter o modelo de farsa democrática (“o direito do oprimido escolher o opressor”) e a tranqüilidade só não é total pelo risco de um terceiro mandato para Lula desejado hoje pela maioria dos brasileiros (sem juízo de mérito).

Qualquer um dos pré-candidatos até agora citados, exceto a ministra Dilma Roussef, que venha a ser eleito é parte do esquema norte-americano, sobretudo o paulista José Serra.

As ações golpistas contra o governo Chávez são visíveis e o golpe de 2002 terminou fracassado por conta da reação popular. No Equador, logo após o ataque traiçoeiro da Colômbia, o presidente Corrêa começou a mudar o perfil das forças armadas, o que implica em riscos de golpe, lógico.

Na Bolívia as elites insistem em promover um referendo inconstitucional, condenado pela ONU e pela OEA, para constituírem um país à parte, onde possam abrigar os interesses e os “negócios” das classes dominantes.

Classes dominantes. Palavra chave nessa história. Militares são apenas adereços com bordunas das mais variadas espécies e que se escoimam na palavra ordem como pressuposto de liberdade, democracia, todo o dicionário de farsas montadas pelos EUA ao longo da história das Américas.

O mundo globalitarizado por conta do imenso poder do império, mesmo quando vive momentos difíceis como os riscos de uma grande recessão hoje, se curva ao poder destruidor das bombas e escudos militares de Washington, em bases espalhadas por todos os cantos.

A quarta frota norte-americana, extinta quando os militares controlavam os países da América do Sul (bastava gritar sentido que se enquadravam) está sendo reconstruída como instrumento de ação militar em projetos que não excluem a criação de um novo Oriente Médio, aqui a partir do estado narcotraficante da Colômbia em ações contra países e governos que teimam em se manter fora da órbita dos senhores do mundo.

No golpe de 1964 a quarta frota estava em águas territoriais brasileiras para o caso de algum contratempo, o fato foi revelado publicamente pelo jornalista brasileiro Marcos Sá Corrêa, no JORNAL DO BRASIL, quando liberados os documentos da época nos EUA.

O general Heleno e seu suposto nacionalismo é mero agente norte-americano na Amazônia apesar de sinalizar e falar noutra direção. É a tática deles, o jeito deles ludibriarem e enganarem e hoje têm um poder fantástico, o da mídia, totalmente sob controle do império. O governo FHC no Brasil (Meném na Argentina, Fujimori no Peru, Carlo André Perez na Venezuela) desmontaram as efetivas soberanias e integridades nacionais. A exceção do Peru sob um governo policialesco e corrupto, o Brasil e a Venezuela (sobretudo esse país), reagem ao processo de recolonização ampliado a partir das vitórias de Morales, Corrêa, Lugo, Tabaré Vasquez e os governos independentes de Cristina Kirchner e Bachelet na Argentina e Chile, respectivamente.

O caso do Brasil é fácil de perceber. Estamos prestes a nos transformar em um dos cinco maiores produtores de petróleo do mundo, sem sermos mais os donos desse petróleo. O fim do monopólio no governo FHC abriu as portas para a privatização disfarçada da PETROBRAS através da venda da maioria das ações preferenciais. Somos donos nominalmente.

A garantia das terras amazônicas para o latifúndio é o ponto de partida da fala do norte-americano Augusto Heleno. A VALE, que desmembrou parte do território nacional não é problema, faz parte da tal soberania nacional deles. Em Washington.

O processo de avanço dos EUA sobre a América do Sul acentua-se num momento em que aquele país começa a viver um pesadelo e se impõe militarmente ao mundo como forma de manter preservado o império construído na exploração de povos da Ásia, da África e das Américas. A primeira comissão que cuidou disso e montou o golpe de 1964 aqui e os golpes em outros países da região, chamou-se AAA – Tríplice A, Tri-lateral, ou seja exatamente Ásia, América e África.

A África é um território devastado pela fome deliberadamente pelas políticas colonizadoras dos EUA e a ação de governos corruptos e submissos a Washington. A Ásia é um o que sempre foi, é só lembrar a derrota no Vietnã, um problema de dimensões maiores, tendo em vista a China e a Índia e o resto da América começa a ser atacado, com o controle da Colômbia e agora uma nova base no Peru.

Transformar essa parte do mundo num Oriente Médio não vai criar dramas de consciência para os norte-americanos. A história do país se fez com saques (Califórnia, Texas, Havaí, Porto Rico), intervenções constantes na América Central e regimes ditatoriais ou não, dóceis a eles e seus interesses.

Os contratempos resolvem com discurso e práticas como a do general Augusto Heleno, como lembrado por alguns “Heleno de Tróia”. O que vai falar de soberania nacional para militares sobreviventes do terror de 1964 e empresários da FIESP/DASLU, enclave internacional em São Paulo.

Um relatório divulgado hoje mostra que o cultivo de soja transgênica avançou 20% na Amazônia e é isso que o general defende, não é o Brasil e os interesses nacionais não.

1964 II, a volta, é o mesmo terror só que com roupagem, atores, diretor diferentes, um remaker em condições de tempo, espaço diversos mas os mesmos propósitos e objetivos.

O general até agora é o astro desse filme de terror. E fraqueza do governo Lula, já deveria tê-lo exonerado para garantir exatamente a soberania e a integridade do território nacional.

Colaboração enviada pelo nosso brilhante amigo Laerte Braga

Carlos Eduardo da Maia disse...

Conheço Laerte Braga há muito tempo, desde os tempos das listas de discussão politica na internet dos anos 97 e 98. Laerte é um reacionário e que adora manipular informações e lançar dados em seus artigos sem nenhuma fonte. Isso é típico de Laerte Braga, o jornalistinha de Juiz de Fora. Em qualquer mídia decente deste mundo, um articulista como Laerte Braga não seria admitido, parece não ser este o caso do Brasil de Fato ou outros sites da nossa reacionária esquerda que adora publicar matérias sem nenhum compromisso com fontes e verdades.

Anônimo disse...

E o Maia pula na defesa dos fascistas e agredindo como sempre quem tem vinculo Popular. Não poderia deixar, é claro, de dar mais uma paulada no Brasil de Fato,
porque ele gosta é da versão e não do fato. A versão dos Poderosos por mais desonestos que sejam.

Claudio Dode

Carlos Eduardo da Maia disse...

Reli o texto do Laerte e é uma imensa salada de frutas. Parece o Olavo de Carvalho falando, misturando alhos com bugalhos num imensão sopão ideológico. Ele diz que o general Heleno - apesar de sua ambivalência - defende interesses americanos e que é assim que fazem todos os governos que não estão comprometidos com a esquerda "séria". Muito pelo contrário ( e eu até discordo do general Heleno), mas o general Heleno está preocupado com dois pontos: a) o interesse americano na amazônia, uma vez que ali estão presentes os neopentecostais e religiosos americanos e b) o risco da amazõnia servir como berço de organizações terroristas como as FARC. Mas na ratatouille ideológica do Laerte é sempre assim. FAla-se apenas no genérico, na superfície e NUNCA, NUNCA E NUNCA MESMO se aperfeiçoa o debate, se analisa mais nitidamente cada caso. Laerte continua supérfluo e superficial. Ele navega apenas pela epiderme.

Anônimo disse...

Farc invadindo o norte do Brasil e sequestrando oposicionistas do Lulla = sonho do Diario Gauche.

Anônimo disse...

Aos Oposiocionistas do Lula:

O Brasil é Investment Grade.

Os grandes sabichões só sabiam o caminho do FMI.

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Claudio Dode

Anônimo disse...

Tóia, só escrevo pra dizer que teu blog tá cada vez melhor! Pra mim, virou leitura obrigatória. Um momento luz em meio ao mar de mediocridade do PIG. Abraço.

Jean Scharlau disse...

CIA, mais do que rima, talvez seja a solução para o duvidoso MAIA. Essa pessoa, ou entidade representada, tem sempre algo a dizer sobre todo e qualquer assunto, sempre o mesmo 'algo', sempre re(a)presentando interesses contrários à esquerda e seus defensores e representantes, no mais fiel estilo Panfletão Sir Ótisque. Freqüentemente menciona em seus comentários que já simpatizou, estudou e até militou na esquerda, da qual se desiludiu. Apresenta-se assim no seu blog: "Quando jovem me disseram: Vá, Carlos, vá ser gauche na vida. E lá me fui. Fascinado devorei os livros. Militei, panfletei, gritei e alardeei e um dia a ficha caiu." Até aí tudo bem, 'entender de tudo' também é um 'pecado' de muitos de nós e o próprio Sir Ótisque, e a maioria dos membros do club que ele freqüenta, não causaria surpresa declarando ter sido de esquerda e fumado baseado quando jovem, desde que se manifeste devidamente arrependido (assim como Lula declarou algumas vezes, sobre seu socialismo, só que convenceu apenas a parte errada da platéia).

O que deu um estalo CIoso vindo da direção do Maia, foi o fato novo (para mim) aqui apresentado nestes comentários de que além de 'bem informado' sobre fatos e teorias e com bastante tempo para monitorar e comentar vários blogues ele também está 'bem informado' sobre pessoas, ou ao menos sobre Laerte Braga: "Conheço Laerte Braga há muito tempo, desde os tempos das listas de discussão politica na internet dos anos 97 e 98."

Curioso também é que ele tem um blog, mas não tem correligionários que o visitem e comentem em seu blog, aliás seus linques são majoritariamente para os blogues de esquerda. Não tem também amigos nem parentes que comentem lá - resumindo, aparentemente o Maia (nome que ele declara ter tirado do livro de Eça) tem um blog de fachada. E mantém sua identidade em segredo.

A Fundação Ford, braço da CIA, patrocinava a Carta Maior, mas parece que a Carta Maior não correspondeu às expectativas da Ford Foundation que retirou o patrocínio, episódio em que a CM quase fechou. Essa fundação continua patrocinando o Observatório da Imprensa, provavelmente porque esse 'observatório' pouco observa, ou observa em maioria as coisas que, e como, a CIA-FFord gosta que observe.

A CIA contrata (recruta) funcionários (agentes) para monitorar e intervir nos vários segmentos da sociedade, principalmente nos de suas colônias e os ligados à informação e mídia. Porque não o faria na internet em vários níveis?

Isto aqui é mais uma paranóica teoria de conspiração? Não. É só uma hipótese que levantei por pura diversão. Mas, como dizia um amigo, professor de cursinho pré-vestibular: brincando brincando o cachorrinho comeu a mãe dele.

Anônimo disse...

Nem sempre o patriota é o canalha, mas sempre, com certeza, o ex-esquerda, é um canalha assumido.

armando

Carlos Eduardo da Maia disse...

Armando, por que um esquerdista não pode ser também um canalha assumido? Que mania arrogante essa que vcs têm de se achar além do bem e do mal.
Scharlau, eu não sou contrário a esquerda e pouca crítica faço do governo Lula (aponto sim suas contradições, mas elogio certos passos), como também do Tabaré no Uruguai, do Partido Socialista Chileno, da esquerda européia etc. Minha crítica não é para a esquerda, mas para certa esquerda que ainda cativa corações e mentes no Brasil e no RS e que se alinha a movimentos que andam por ai fazendo onda. Eu crítico a esquerda que acha Chávez legal que tem preconceito com qualquer tipo de entendimento com o empresariado e com o capital e que ainda acredita que o motor que move o mundo é a luta de classes.

Anônimo disse...

Depois do comentário do Jean,agora mesmo é que não devemos mais falar do tal Sr.Por via das dúvidas,né?

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