A professora (doutora) aloprada
A carta abaixo foi redigida pela professora doutora Marilú Fontoura de Medeiros, secretária de Educação do governo José Fogaça de Medeiros (PMDB, ex-PPS, ex-PMDB). Fazemos questão de transcrevê-la na íntegra, tal como o professorado da rede municipal de ensino de Porto Alegre a recebeu, para que os nossos quatorze leitores constatem o grau de debilidade mental que assola a direção do ensino público da Capital, tendo à frente a equipe do inapetente prefeito Fogaça.
Vamos à carta. Por favor, prestem a atenção nos termos empregados pela doutora Marilú e os nexos incompreensíveis que busca estabelecer, bem como as metáforas pseudopoéticas (querendo vampirizar o estilo pessoal do catalão Larrosa) que tenta colocar a muque num texto, ao mesmo tempo, pretensioso e aloprado.
Colegas,
Dia 15 mais um Dia do Professor se faz presente em nós, no pensamento e vida de cada um dos professores.
Professor, poderia dizer, é uma experimentação diária, na qual afectos nos provocam de modo avassalador. Avassaladora, especialmente, se vivida nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, pelo que de potência, de alegria, de possibilidades dão passagens a milhões, zilhões de realizações, seja pelas suas expressões, assim como de seus modos de existência. Esse pensamento e vida nos arrebata a cada momento e nos faz viver de modo intenso, vibrante, dançante essa rede.
Nela nos jogamos como trapezistas, sem pensar na rede que abriga nossas manobras; essa inserção na carne, na pele e na alma nos faz parte dela e aí o trapézio passa a ser nossa segurança, instável, profunda, iluminada, um campo amplo e compartilhado de vida. A partir dele e nele fazemos malabrismos [sic], evoluções fazendo brotar o inusitado, o singular nas diferenças. E essas diferenças, que estão em todos, marca a singularidade e a multiplicidade. Isso o desafiante, o belo, pois nos incita a viver intensamente essas diferenças!
De novo, emerge forte a figura do professor, aquele que conduz alguém até si mesmo. Esse parto diário, forte, com as cores, luzes, tristezas, alegrias, vibrante e sensível é, como nos desafia Larrosa [Jorge Larrosa Bondía] a ler com o coração aberto, voltar-se a si mesmo, encontrando sua própria forma, sua maneira própria. Essa fecundação continuada ao longo da vida nesse fazer-se professor permite assumir essa formação como uma viagem aberta, inconclusa, não se definindo antecipadamente. E, no momento em que o pensamento na formação se assume como sensibilidade, como paixão nessa relação sensível com o que faz pensar, essa formação e esse pensamento se constituem em aprendizagem.
E o professor, como nos instiga ainda Larrosa, é aquele que dá o texto a ler, como um dom, em um gesto de abrir o livro e convocar à leitura, como um presente. E, assim, está sempre preocupado para saber se o presente será aceito, como uma parte de nós mesmos.
Experimentação de se constituir professor nos alimenta a alma e nos faz viver este 15 e todos os demais dias e noites com essa entrega de convidar e facultar a alguém até si mesmo.Um si mesmo inusitado, singular e diferente!
Um feliz dia!
Marilú
Professora Doutora Marilú Fontoura de Medeiros
Secretária Municipal de Educação
Porto Alegre
15/10/2007
16 comentários:
Se a lei anti-nepotismo do Vereador Oliboni está em vigor, como se explica que a prima do Fumaça ainda seja secretária municipal?
Muito bom, Feil, eu também recebi "isso", já que sou da rede de professores do município de POA. Na nossa escola ninguém acreditou quando recebeu "isso" segunda-feira.
Não.... "zilhões de realizações" é mesmo ótimo!!!!!!!!!!!!
E o pior é que a Marilú, desculpa, doutora Marilú, não tem a menor noção do que é ridículo.
E pensar que POA já foi referência mundial em inúmeras iniciativas públicas de governo...
Barbaridade, dos "zilhões" nem da para comentar, mas e a referencia ao 15?? Isto não é algo subjetivo visando a eleição? sei la pode ser paranoia minha, mas este turminha faz cada uma que não da pra acreditar. Pampeano
E pensar que esse Fogaça foi homenageado numa música nostálgica do Kleiton e Kledir. Como o tempo faz estragos em certos índios...
Mas só nos canalhas, Armando.
Eu acho que ela quiz dizer, que é mais ou menos isso que me refiro, por exemplo assim, uma comparação, compreendestes....
PULAMOR DE DEUS.
"E essas diferenças, que estão em todos, marca a singularidade e a multiplicidade."
Marca, não, minha filha: marcam... Nem concordância a doutora aprendeu. Deve ser influência dos embusteiros, digo, intelectuais franceses da moda.
Cris, outro dia tu disse algo que eu achei genial sobre o ministro Jobim.
"Jobim é o que se chama de alto estilo, mas com baixos significados. Por isso é tão risível".
O mesmo vale pra essa Marilú, que se diz doutora.
Vinícius, eu até daria um desconto para ela, nesse caso de erro de concordância verbal ou nominal. O grande problema é que ela não tem nenhuma idéia nessa carta, é uma coisa devastada e vazia.
Que tristeza gente!
"Inserção na carne, na pele..." - ôôôpa aí tem, ou gente que quer entrar ou gente que quer sair.
acho que ela fumou um teco antes de escrever essa carta
como dizia minha vó: é o que dá tomar coca-cola com melhoral
Eu, hein!...
Caro Gauche,
acho que ela apenas quis dizer que a rec�proca � o contr�rio do vice-versa.
N�o precisava botar o Larrosa na roda, ele n�o tem nada com isso...
Nao sao 14 leitores, caro gauche, sao 15. Pelo menos, a Medeiros nao l� o que vc escreve...
abra�o, zeca
pra mim essa "senhôra" é quem teve a idéia da enturmação...
Só faltou aquela frasezinha "matadera": Nós enquanto professores". Como diz minha avó materna: "Desgraça pouca, é bobagem". Não sei se vai sobrar muita coisa da "leal e valerosa".
Esta Sra. é uma vergonha para a classe. Meus alunos se expressam com clareza e principalmente, com CONTEÚDO. O Que está faltando para a Doutora é LECIONAR, IR ÀS BASES.
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