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segunda-feira, 1 de outubro de 2007


Peso pesado de O Globo vai presidir TV pública

Uma das mais destacadas colunistas do jornal O Globo, que pertence às Organizações Globo, foi escolhida para ser presidente da nova TV pública a ser criada pelo governo federal.

Teresa Cruvinel é comentarista de política no diário carioca O Globo, um dos maiores jornais do país. Ela trabalha há cerca de vinte anos para a família Marinho, proprietária dos veículos Globo (jornais, revistas, rádios, canais de TV, livros, eventos etc.)

Sua escolha já foi criticada pelos movimentos que lutam por uma comunicação democrática no país. Critica-se o fato de que a escolha pode simbolizar um tipo de jornalismo que não tenha diferenças substanciais em relação ao que se faz na mídia privada e comercial.

“O governo demonstra não ter a menor intenção de que a TV pública rompa com o modelo consolidado pela mídia comercial, e busca referências num modelo de jornalismo muito diferente do que achávamos que poderia ser adotado”, diz João Brant, do Intervozes.

Para Celso Schröeder, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Cruvinel na presidência da TV pública é lamentável.

“É ruim a escolha de profissionais da grande mídia, não por motivos ideológicos, mas pelos vícios que trazem. A escolha deveria ter outros critérios, não só a notoriedade”, disse ele.

É a segunda grande decepção com a atitude do governo com relação à TV pública esta semana. Antes, anunciara-se que a sociedade civil organizada não terá espaço na gestão do novo veículo, cabendo a responsabilidade a um conselho de “notáveis” escolhidos por Lula, assim como coube a ele a escolha da futura presidente da TV.

Pescado da Agência Pulsar Brasil


6 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Tv pública não pode ter viés ideológico. Eu sei que isso tem cheiro de ingenuidade, mas esse é o princípio de uma tv pública realmente democrática. Por acaso a DW alemã, ou a TV5 francesa apoiam os governos Merkel e Sarkozy? É evidente que não; da mesma forma que a TVE espanhola não apoia Zapatero. E assim deve ser, a Tv pública brasileira NÃO PODE SE INSPIRAR no modelo bolivariano chapa branca de apenas divulgar as vontades, os projetos e as loucuras do rei.

Anônimo disse...

O Maia,

Mas não precisa também ter a chapa dos mercado$, que tudo é $, por dinheiro, pelo dinheiro, para quem tem o dinheiro.
Para esta patifaria já tem veja, record, e caterva.
Se é para esculhambar bota logo a Xuxa, já que a maioria é branca....

Anônimo disse...

Seria melhor colocar logo o João Roberto Marinho para presidente da TV pública (?).

Carlos Eduardo da Maia disse...

TV pública não tem que ter nenhuma vinculação nem com o mercado e nem com o poder. Tv pública tem que ter compromisso é com a cidadania.

Anônimo disse...

Ah Maia,
Então compromisso com a cidadânia vem da Globo. Ali Kamel e seus cupinchas moidelando a cidadania...
Tem dó...

Anônimo disse...

Que não dá para esperar grande coisa do Lulla, não dá. Mas a existência da TV pública já é um avanço.
Quanto à origem da Tereza Cruvinel, não acho que tem muita importância não. Do pouco que acompanhei ai no Brasil, ela sempre me pareceu muito equilibrada.
Gosto sempre, nestes casos, de lembrar que no início dos anos setenta, o senador Teotônio Vilella jogava birita com o Médici (toc!toc!toc!-que o fogo lhe seja eterno) e no fim era o homem da anistia que visitava os presos políticos mas masmorras da ditadura.

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