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quinta-feira, 18 de outubro de 2007



MST protesta contra a multinacional Bunge

Os 600 integrantes da marcha do Movimento Sem-Terra (MST) que está em Passo Fundo realizam, na manhã desta quinta-feira (18), um protesto em frente à unidade da multinacional Bunge no município. As famílias farão um ato público nos portões da empresa, a fim de denunciar a atividade da multinacional no país e os prejuízos que traz à agricultura e à população. Neste momento, os sem-terra estão marchando do Ginásio Teixeirinha, onde estão alojados, em direção à fábrica da Bunge.

No ato, as famílias criticam a atuação da multinacional, que é uma das maiores produtoras de alimentos industrializados do mundo. Além de estimular as monoculturas e o agronegócio, já que compra sementes dos grandes produtores que utilizam produtos transgênicos e com agrotóxicos, ela também monopoliza o mercado de alimentos, reduzindo a diversidade de empresas, principalmente das pequenas e médias.

A Bunge também já foi intimada pela Justiça Federal do País a rotular os seus produtos, já que a empresa utiliza transgênicos em sua industrialização. No entanto, até o momento, a multinacional não cumpriu com a decisão judicial. "Protestamos contra a Bunge por tudo o que ela representa de prejuízos para a agricultura familiar e a população", afirma Paulo Mioranza, integrante do MST.

A atividade em Passo Fundo também integra a jornada contra as transnacionais e pela soberania alimentar, que ocorreu no dia 16 de outubro em todo o País. O protesto teve de ser adiado devido à forte chuva que caía na região de Passo Fundo.

Já em Carazinho, sindicatos, pastorais e entidades apoiadoras realizam hoje, às 10h, uma reunião em que discutem a situação da marcha do MST no Estado e a ação judicial que impede a entrada dos sem-terra na Comarca de Carazinho. As organizações da região e representações estaduais, integram a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). A reunião ocorre na União das Associações Comunitárias de Carazinho (UACC), que fica na Rua Tamandaré.

Foto de Leonardo Melgarejo

5 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

É interessante é como certa esquerda gosta de banalizar a palavra monopólio. É monopólio da mídia, é monopólio dos alimentos, é monopólio das plantações. Monopólio da onde, homem branco? Monopólio, segundo a wikipedia, "(do grego monos, um + polein, vender) é como se denomina uma situação de concorrência imperfeita, em que uma empresa detêm o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam." Mas qualquer pequeno agricultor deste Brasil afora pode vender seus produtos a quem quiser, a quem escolher. Ninguém tem o monopólio da compra e ninguém tem o monopólio da venda. Da mesma forma, a mídia. Alguma empresa da mídia impõe seu produto? Quem quer consumir determinada mídia, tem todo o direito de consumir, quem não quer muda de canal, lê outra mídia. O único regime onde ocorre realmente o monopólio é no socialismo ( e talvez, no socialismo do século XXI), onde o Estado e as Estatais ligadas a ele e ao partido ou ideologia única, exercem o forte controle sobre a economia e o fluxo, bem como sobre a vida das pessoas.

Anônimo disse...

Sou gaúcho de Carazinho e quero me solidarizar com os companheiros do MST, aqui em Porto Velho, Rondônia eu moro no lado da sede do Incra e volta e meia me deparo com "novos" vizinhos em suas manifestações por uma reforma agrária real e eficiente. Vamos à luta!

Anônimo disse...

Pérola do Eremildo Maia:
"O único regime onde ocorre realmente o monopólio é no socialismo"
E mais outra:
"Mas qualquer pequeno agricultor deste Brasil afora pode vender seus produtos a quem quiser, a quem escolher."
Quem é que paga para escrever isto?

Anônimo disse...

Avante MST! Se a direitona está incomodada, é porque estamos no caminho certo.

Cristóvão Feil disse...

Dá-lhe, Valiati!

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