Espanha faz limpeza na memória do fascismo franquista
Na Espanha está sendo votada no Congresso a chamada Lei da Memória Histórica, que entre outras normatizações, obriga as administrações públicas a tomarem medidas para a retirada completa de escudos, insígnias ou placas e outros objetos ou menções comemorativas de exaltação, pessoal ou coletiva, da sublevação militar, da Guerra Civil ou da repressão da longa ditadura franquista (1939-1975).
O sindicato dos estudantes (lá, eles se organizam formalmente em sindicatos), o conhecido SE, está procedendo o levantamento completo de colégios públicos e privados cujos nomes homenageiam personagens que foram ligados ao fascismo franquista ou que exaltam o horror anti-republicano na Guerra Civil Espanhola. Já se constatou que onze centros de educação chamam-se José Antonio Primo de Rivera (o advogado fundador do partido fascista Falange Espanhola), por exemplo, ou que adulam o pai de Primo, Miguel Primo de Rivera. Abundam também os colégios Villar Palasí, ministro da Educação do franquismo de 1968 a 1973.
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Eis uma pauta para a UNE, hoje completamente atrelada ao governo Lula. Mas não só da UNE, de toda a sociedade civil democrática e cidadã. No Brasil também é preciso revisar e limpar essa má consciência que exalta de forma acrítica e subalterna alguns personagens execráveis do nosso passado.
Qual a grande cidade brasileira que não tem a avenida Castelo Branco? O colégio Emílio Médici? E tantas outras menções e adulações aos protagonistas (golpistas) da ditadura militar de 1964-85.
Foto: recente manifestação da FE, os falangistas fascistas espanhóis, organização fundada por Primo de Rivera.
8 comentários:
Em tempo, a UNE não está atrelada ao governo Lula. Ela, a CUT e o PT estão atreladas ao governo do PT. Este governo que está ai não é do Lula e do lulismo, mas do PT. É o mesmo que dizer que o governo FHC não era governo dos tucanos ou o governo Médici não era governo da Arena -- que arrebanhava os mesmos votos que hoje arrebanha o governo do PT.
Sem falar no elevado Costa e Silva, esse monstrengo que destruiu parte da cidade de SP.
Além disso, aqui se homenageou vários generais fascistas, como, por exemplo, Dale Coutinho.
Realmente, é preciso passar a limpo a nossa história recente, retirando o lixo.
E aquela monstruosa "caixa d'agua" no parcão homenageia o ditador Castelo Sem Pescoço Branco.
Quem lembra quando se dizia que o Mug (também, quem lembra o que era isso?) era filho dele a da mamãe Dolores da novela O Direito de Nascer?
E o degolador Moreira César?
Se for pra limpar, tem que limpar geral. Desde o descobrimento.
Incluindo alguns nomes de bandeirantes matadores de índios e outros a serviço do governo momentâneo.
Inclua-se também as homenagens a Antônio Carlos Magalhães.
E, futuramente, inclua-se também homenagens a alguns futuros-falecidos do atual governo que roubaram, sacanearam...
não sintam inveja, pois aqui temos uma estátua enorme, monstruosa, horrível do Borba Gato, matador de índios aí nas bandas do sul.
Bah, o Flics desenterrou o Mug. ìdolos, herois, terroristas, fascínoras estão nas praças, nas esculturas de todo o lugar e isso faz parte da história. Da mesma forma tiraram Lenin da Praça Vermelha, Hussein do centro de Bagdad e por ai vai. Esteticamente, a escultura do Castelo Branco no parcão é bem interessante. É uma obra do Carlos Tenius, o mesmo que fez a escultura que está nos Açorianos.
O Tenius, embora sendo um bom escultor era amigo do rei da época e recebeu uma boa bolada, agora em relação a interessante perspectiva artistica e uso da obra com fins politicos; são outros quinhentos.No caso do Carlos Maia, deve ser um dos saudosos da dita dura.
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