Confraria dos puxa-sacos sem-fronteiras aumenta
O deputado federal Paulo Renato Souza (PSDB-SP) submeteu à apreciação da presidência do banco Bradesco um texto assinado por ele e enviado anteontem à Folha para publicação. No artigo, ainda inédito, o deputado critica a intenção do governo federal de passar o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) para o controle do Banco do Brasil.
O texto foi enviado ao jornal por e-mail. Por engano, o corpo da mensagem trouxe uma correspondência eletrônica anterior, na qual o parlamentar escrevera ao presidente do Bradesco, Márcio Cypriano: "Em anexo, vai o artigo revisto. Procurei colocá-lo dentro dos limites do espaço da Folha. Por favor, veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação. Muito obrigado, Paulo Renato Souza".
O caso do deputado tucano pode parecer patético – e é – mas não é inédito. O deputado Antonio Palocci (PT-SP), ex-ministro da Fazenda e ex-coordenador da campanha de Lula em 2002 já cometeu essa prática de sabujismo sem-fronteiras. Quando estava sendo redigida a Carta ao Povo Brasileiro em junho de 2002, Palocci, como o coordenador da campanha de Lula, ligou para um dos filhos de Roberto Marinho, atual diretor das Organizações Globo, para consultá-lo sobre alguns trechos do documento, especialmente nas referências ao capital financeiro e o sistema bancário. O episódio está contado com naturalidade e inocente candura no livro do próprio ex-ministro Antonio Palocci, “Sobre formigas e cigarras”.
Como se vê os adulões tem obsessão por bancos, em particular.
7 comentários:
Quem será aquele ali sentado lavando as "coisas" e recebendo um afago do branquinho?
É que é estranha essa negociata envolvendo o Besc e o Banco do Brasil. Não deveria haver uma licitação ai? Como é que pode um banco ser incorporado a uma sociedade de economia mista, assim no mais. Não seria melhor procurar a melhor oferta? O Banco do Brasil está a receber um presentão sem pagar nada em troca.
Nem prostituta age dessa maneira...
É mais ridiculo ainda, o paulo renato não escreveu o texto. Ele recebeu um texto do banqueiro, reescreveu e daí respondeu com esse email:"Em anexo, vai o artigo revisto. Procurei colocá-lo dentro dos limites do espaço da Folha."
Qual seria a lógica de dizer "procurei colocar nos limites da folha" procurou colocar o que? - o texto anterior, lógico.
E pq "artigo revisto"? Pq já existia um anterior.
Se ele estivesse pedindo uma opinão essas duas frases (as primeiras do e-mail, note) não fariam sentido nenhum. percebe?
olha a sacanagem, na revista terra o paulo renato disse:
"Ele é meu amigo, eu o ENCONTREI CASUALMENTE e estava com o artigo já semi-pronto, então pedi a opinião dele."
na folha o banqueiro disse (tá no blog do reinaldo azevedo tbm):
"O deputado Paulo Renato ME LIGOU perguntando se eu poderia ler um artigo que ele tinha escrito sobre bancos."
quem explica?
Menem foi um canalha sábio: "são as relações carnais" com o poder.
A la Bismark devo dizer que já sabemos de que são feitos os artigos e as salsichas.
caro gauche,
vc tá procurando cebolas em raiz de bananeira, meu filho! Eu gostaria de saber o seguinte: o paulo renato de souza é o mesmo rapaz que foi ministro da educaçao do governo FHC, que abriu a guarda para qualquer instituiçao privada se tornar universidade? O Bradesco deu contribuiçao financeira, uma espécie de mensalão na campanha dele quando candidato? Esse tipo de atividade, copydesk de banqueiro fere a ética do cargo e ele poderia ser destituido do cargo de representante do povo, já que representa um banco?
abraço, zeca
Postar um comentário