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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007


Chapa esquenta em Carajás (PA) e Vale quer o Exército

Um grupo comandado pelo Movimento dos Sem Terra (MST) tentou ontem, em Parauapebas, no município de Carajás (PA), paralisar o tráfego de trens na Estrada de Ferro Carajás, que liga a unidade de produção da Cia. Vale do Rio Doce na região a São Luís (MA). Para se precaver, a Vale, que opera a ferrovia estatal, recorreu à Justiça do Pará ontem à tarde, solicitando um interdito proibitório, mecanismo que, se concedido, determinará que forças militares garantam o funcionamento da estrada de ferro.

Ontem, domingo, por volta das 10h30, 30 militantes do MST se sentaram sobre a via férrea, na tentativa de interromper o tráfego, mas não tiveram êxito. Depois de rechaçados, os manifestantes resolveram acampar numa região próxima, deixando sinais de que pretendem prosseguir com o protesto. A Vale disse que a presença dos militantes na região traz “um clima de insegurança para a operação (da ferrovia)” e a empresa teme uma nova invasão e danos aos trilhos. As informações estão no Estadão, de hoje.

Em Parauapebas, o comando do MST informou que seu objetivo é reunir 2 mil pessoas, em sua maioria agricultores sem-terra acampados em várias fazendas invadidas na região, para realizar uma passeata na cidade contra a privatização da Vale e depois paralisar o tráfego na linha férrea. As unidades do Exército em Marabá estão em alerta, prontas para ocupar, a qualquer momento, o pátio da ferrovia.

Um oficial negou, no entanto, que a Vale tenha solicitado ao Ministério da Defesa que enviasse tropas federais a Parauapebas. E lembrou que a Estrada de Ferro Carajás não pertence à Vale, mas à União, o que, por si só, justificaria o envio do Exército se os manifestantes do MST a bloquearem. As Polícias Federal e Rodoviária Federal, além da Militar do Pará, também estão de sobreaviso, principalmente à altura de Vila Palmares II, onde os sem-terra montaram o quartel-general de seu acampamento provisório.

A maior justificativa para a ação, disse o comando do MST na região, foi que o plebiscito organizado no dia 7 de setembro pelo Grito dos Excluídos teria sido amplamente favorável à reestatização da Vale. O resultado da consulta popular coordenada pelo movimento será anunciado hoje em Brasília pelo líder nacional do MST, João Pedro Stédile.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

A maior justificativa do MST é uma consulta privada realizada com a participação de 3% da população brasileira. Francamente.... Como as minorias participativas gostam de forçar a barra.

Anônimo disse...

O que valem são as grandes, as enormes maiorias que decidiram "doar" a Vale para o Bradesco e uns japas.

Everton disse...

Qdo foi privatizada e entregue a preço de bananas para o capital estrangeiro o q a maioria dos militares brasileiros fez??? Defenderam o q diz a Constit Federal BR, em relação a não entrega de áreas e subsolo brasileiro a estrangeiros??
São a maioria uns vendidos e alienados!

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