Lula ficou na superfície
"Lula provocou uma grande decepção, um trauma nos setores do povo que acreditavam nele”, constata Ricardo Gebrim, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – MST –, segundo informa o jornal mexicano La Jornada, de ontem. O presidente do Brasil, afirma Gebrim, “está amarrado” e não pode aprofundar as mudanças. Ele ficou na superfície porque “quis fazer omelete sem quebrar os ovos”.
E explica: “Ele pensa que se podem fazer mudanças sem entrar em confronto com os setores dominantes, como se fosse possível romper a subordinação econômica sem tocar no essencial. Mas o momento atual já não o permite mais. Então oferece medidas compensatórias, programas sociais para os mais pobres. Os banqueiros e industriais tem lucros maiores que nos governos anteriores. A burguesia está muito feliz, mas os setores populares estão frustrados”.
Segundo Gebrim, “como todo trauma, a decepção com Lula provocou uma certa paralisação na esquerda. Uma parte seguiu como se nada tivesse acontecido e decidiu rebaixar seu horizonte de expectativas e considerou todo o resto como Utopias. A outra mudou o amor por Lula pelo ódio a ele. Nós não estamos nesses extremos. Entendemos que não vamos atingir os nossos objetivos elegendo a um candidato. Necessitamos de uma organização autônoma, lutas cada vez mais intensas, com unidade, não em torno de um líder ou uma plataforma eleitoral, mas em torno de um programa político, com consciência, com idéias claras. Um projeto popular para o Brasil”.
Falando do Movimento Consulta Popular, Gebrim diz que “neste momento, quando o povo brasileiro vive uma decepção, não vamos seguir o caminho eleitoral. Mas no nosso horizonte está a conquista do Estado. Somente que antes queremos construir o poder popular, a estrutura. É preciso gerar força, propaganda, agitação, construir condições para outros momentos da história”.
E explica: “Ele pensa que se podem fazer mudanças sem entrar em confronto com os setores dominantes, como se fosse possível romper a subordinação econômica sem tocar no essencial. Mas o momento atual já não o permite mais. Então oferece medidas compensatórias, programas sociais para os mais pobres. Os banqueiros e industriais tem lucros maiores que nos governos anteriores. A burguesia está muito feliz, mas os setores populares estão frustrados”.
Segundo Gebrim, “como todo trauma, a decepção com Lula provocou uma certa paralisação na esquerda. Uma parte seguiu como se nada tivesse acontecido e decidiu rebaixar seu horizonte de expectativas e considerou todo o resto como Utopias. A outra mudou o amor por Lula pelo ódio a ele. Nós não estamos nesses extremos. Entendemos que não vamos atingir os nossos objetivos elegendo a um candidato. Necessitamos de uma organização autônoma, lutas cada vez mais intensas, com unidade, não em torno de um líder ou uma plataforma eleitoral, mas em torno de um programa político, com consciência, com idéias claras. Um projeto popular para o Brasil”.
Falando do Movimento Consulta Popular, Gebrim diz que “neste momento, quando o povo brasileiro vive uma decepção, não vamos seguir o caminho eleitoral. Mas no nosso horizonte está a conquista do Estado. Somente que antes queremos construir o poder popular, a estrutura. É preciso gerar força, propaganda, agitação, construir condições para outros momentos da história”.
10 comentários:
Uma perguntinha inocente: que país do mundo se desenvolveu SOCIALMENTE "quebrando os ovos"? Que país do mundo se desenvolveu SOCIALMENTE confrontando e alimentando antagonismos sociais? Desenvolvimento social e desenvolvimento econômico são linhas paralelas. Impossível haver uma coisa sem a companhia da outra. Os homens brancos que compõem a elite do MST são que nem o bispo chantagista (que também é homem branco).
Chega ser comovente o esforço do Maia em defender o inexistente. A humanidade somente experimentou transformação social com lutas, algumas violentas e outras não tanto, como a revolução francesa ou a guerra civil americana. A revolta inglesa que implantou o liberalismo britânico e abriu caminho para burguesia não foi feita com luva de pelica. A unificação italiana foi realizada a ferro e fogo. Mas se ele acredita no impossível o que podemos fazer, deixa o cara gastar o verbo.
O Maia tá implicando. No fundinho ele é um comuna. Agora, o barbudo nunca experimentou muitas lutas, quebrou muitas greves no ABC. O Golbery que o diga. Há muito aderiu aos negócios dos bancos e brancos com luvas de pelica e chegou ao poder com seu fiel escudeiro Zé dirceu.
bianca
Como disse o nosso timoneiro, "Não se dá cavalo de pau em transatlântico". Sonho que se sonha só, melhor não tentar passar em MP. Melhor até ir para o outro lado, dar espaço, e deixar a síntese social encontrar o seu equilíbrio, muito mais sutil, estável e adequado do que se poderia prever e propor de antemão.
Boa justificativa prá não atacar. Não gosto de quem troca de lado. A luta por uma sociedade mais justa não passa por MP, passam por lutas históricas, meu caro anônimo. Cuidado com transatlânticos, eles afundam. Vamos lutar para fazer a travessia.
A história é de lutas e consenso. O fato de haver conciliação não significa a derrocada da luta. A luta continua, porque o mundo é dinâmico. Mas existem formas e formas de lutar, tentar impedir o livre fluxo do mundo, irritando os viventes, como gosta de fazer a esquerda é uma forma equivocada de luta. Por isso o ibope anda lá embaixo em relação aos movimentos sociais que andam perdendo cordeirinhos para as igrejas pentecostais. A esquerda não se deu conta que o Brasil não está aberto para o que a esquerda pretende para um mundo melhor e possível. E por que este país não está aberto? Porque existe em nossas cidades o padrão classe média de vida que é dominante. E os pobres deste país não querem receber ideologia, eles querem é ter seu celular, sua tv de plasma, sua casa confortável. Resumo, querem ser incluídos socialmente. E essa é a grande luta. É claro, é evidente que tem uma ideologia que faz adorar papais noeis. Então, vamos fazer como Chávez, tirar o papai noel de circulação!!! Não é assim que se luta com a imposição totalitária de certas medidas. Essa é uma luta perdida e anacrônica. A luta vencida é a da integração social e a da inclusão social dos excluídos, como gosta de dizer o professor Boaventura. A luta vencida dos tempos atuais é a que faz a Espanha, Portugal e o Chile que aprenderam, finalmente, uma linguagem de desenvolvimento. São países que incluíram socialmente no contexto de qualidade de vida. Este é o caminho, a verdade e a vida.
Carlos Maia o Chile do "venerável" Augusto Ugarte Pinochet, que aparecia sempre com uma imagem da N. Senhora que exemplo heim? Talvez não se tenha noticia de coisa mais sangrenta na AL, além do mais o que que o Chile íncluiu? A periferia de Santiago não foi. Meus sentimentos
É por essas e outras, que fica difícil de deixar de fazer críticas ao Governo Lula. Espero que a "turma" tenha entendido o teu recado, Feil.
Abraço!
José Almeida não estou falando do Chile de Pinochet, nem da Espanha de Franco e nem mesmo de Portugal de Salazar. Estou falando exatamente o que aconteceu depois. Os pactos que ocorreram entre esquerda e centro e que foram fundamentais para que TODOS estes países tenham se desenvolvido socialmente. Basta ver o IDH do Chile em comparação com QUALQUER OUTRO PAÍS DA AL a partir do final dos anos 80. É só comparar. O Chile disparou, foi o país que mais inseriu pessoas no contexto de qualidade de vida. É claro que ainda tem pobreza no Chile e exclusão social, mas foi o país que mais incluiu. E incluiu porque seguiu uma linguagem que o Brasil está seguindo, mas de forma muito sonolenta. Este país dá sono.
Eu queria entender oq o IDH representa em termos de qualidade de vida... Ele trabalha com duas médias, PIB per capita e longevidade, e parte do pressuposto que a educação per se gera igualdade, o capital humano...heheh
Maia, vale olhar o indice de Gini do Chile, indice ainda limitado pois não pegas ilhas cayman et caterva. Depois comentamos o desenvolvimento chileno.
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