Nesta
quarta-feira (28), cerca de 800 jovens de diversas regiões do estado
(Erechim, Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas, São Borja, Alegrete,
Cachoeira do Sul, Caxias do Sul) estarão mobilizados em Porto Alegre
em defesa da educação.
A mobilização ocorre concomitantemente em doze estados (Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Minas
Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará,
Paraíba, Distrito Federal, Pará) do país e visa denunciar as
precárias condições da educação brasileira e apontar
alternativas para a sua transformação.
Em
Porto Alegre, a mobilização inicia com concentração em frente à
Prefeitura às 8h. Logo após, haverá a entrega das pautas da
mobilização à administração municipal, principalmente referente
à Educação Infantil. O ato segue com marcha até o Palácio
Piratini, que culminará com audiência junto ao Governo do Estado,
no qual a juventude apresentará a proposta de tornar o estado
território livre de analfabetismo.
Após, os jovens realizarão uma
caminhada até a Universidade Federal do RS (UFRGS), onde serão
recebidos na Reitoria para realização de audiência. A principal
reivindicação é a implementação imediata da Lei Federal que
assegura 50% das vagas do vestibular para alunos negros e de baixa
condição sócio-econômica. No período da tarde, oficinas e
intervenções serão realizadas.
A
mobilização em Porto Alegre integra a campanha nacional por um
Projeto Popular para a Educação, promovida desde o início de
novembro pelo Levante Popular da Juventude. A campanha busca apontar
respostas para a educação, que atendam as demandas históricas da
população brasileira. Tornar o Brasil um território livre do
analfabetismo é uma das pautas da Campanha, visto que, atualmente,
9,6% dos brasileiros acima dos 15 anos não sabe ler e escrever,
segundo o IBGE. A criação de creches para mães estudantes, o
acesso pleno à Universidade, a oferta de cursinhos pré-vestibulares
e pré-ENEM à população, a educação do e para o campo, o acesso
ao transporte e à cultura e a regulamentação das Universidades e
faculdades particulares são também pontos de reivindicação.
O
Levante Popular da Juventude é um movimento social organizado por
jovens que visa contribuir para a criação de um Projeto Popular
para o Brasil. Não é ligado a partidos políticos.
Com caráter nacional, tem atuação em 17 estados do país. Sobre a mesma identidade se propõe a organizar a juventude seja ela do campo ou da cidade, estudantes ou moradores das periferias urbanas, para defender os seus direitos.
Além
disso, o Levante organiza a juventude para fazer denúncias à
sociedade, por meio de ações de Agitação e Propaganda. Em 2012,
organizou manifestos pela responsabilização dos militares acusados
de tortura durante o período da ditadura civil-militar. O Levante
Contra a Tortura foi realizado em vários estados do país, através
de ações de escrachos em frente à casa e locais de trabalho dos
militares.
3 comentários:
Quero ver se a RBS vai noticiar... Afinal a educação é a nova bandeira do Partido...
Muito bom, só que dizer que o Levante não é ligado a partido é olhar apenas pela perspectiva institucional. O Levante vota (e elege) muitos candidatos do PT.
Como fico feliz em ver movimento "não ligado a Partido Político".
É disso que precisamos. Meu Sindicato, o SINTAE, o qual participei ativamente nas décadas de 80 e 90, depois disso, se filiou a CUT e se encostou no PT e desapareceu em relação as prioridades da classe. Seus membros são ativos e muito ativos, na época de eleições distribuindo santinhos de candidatos petistas nas escolas. É lamentável que uma Entidade representativa de classe (pretos, brancos, gremistas e colorados, católicos e umbandistas, Arena e MDB) tenha lado.
Mas não se iludam muito. Se esse movimento se tornar popular, lá estarão os urubus políticos tentando tirar suas casquinhas para depois colher os frutos da glória via corrupção, nepotismo e outras tantas falcatruas.
Vamos esperar
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