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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?
domingo, 28 de dezembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
"Escolarizando o Mundo", o filme-documentário
O documentário de 64 minutos examina o pressuposto escondido da superioridade cultural por trás dos projetos de ajuda educacionais, que, no discurso, procuram auxiliar crianças a "escapar" para uma vida "melhor".
Aponta a falha da educação institucional em cumprir a promessa de retirar as pessoas da pobreza - tanto nos Estados Unidos, quanto no chamado mundo "em desenvolvimento".
E questiona nossas definições de riqueza e pobreza - e de conhecimento e ignorância -enquanto ajuda a desmascarar o papel das escolas na destruição do conhecimento tradicional, sustentável, agroecológico, no rompimento das famílias e comunidades, e na desvalorização das tradições espirituais ancestrais.
Finalmente, o filme "Escolarizando o Mundo" faz um chamado por um "diálogo profundo" entre as culturas, sugerindo que nós temos, ao menos, tanto a aprender quanto a ensinar, e que essas sociedades sustentáveis ancestrais podem ser portadoras do conhecimento que é vital para nossa própria sobrevivência neste presente crítico.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
sábado, 9 de agosto de 2014
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
É preciso quebrar a narrativa sionista sobre o conflito genocida no Oriente Médio
Veja o documentário "O filho do general", de 28 minutos, aqui, na íntegra.
Existe uma tendência muito forte entre a intelectualidade ocidental a negar validade a qualquer narrativa que provenha dos palestinos. Quase nenhuma credibilidade é atribuída a um relato se sua fonte for exclusivamente de origem palestina. É devido a este tipo de preconceitos que este vídeo de Miko Peled adquire maior significância.
Miko Peled é um judeu israelense, nascido e criado em Jerusalém, cujo pai era um jovem oficial do exército em 1948 e um importante general da IDF em 1967. Ou seja, Miko Peled nasceu e cresceu em uma família e em um ambiente de profundas raízes sionistas. Não obstante isso, as contradições da vida e seu sentimento humanista foram abrindo-lhe os olhos para a realidade que o circundava. É esta realidade o que ele trata de transmitir em seu livro "O filho do general" (The general's son) e no relato do presente vídeo.
O que Miko Peled conta é de grande importância para todos, especialmente para aqueles que se identificam com o sionismo e com as posturas do Estado de Israel. Os fatos por ele relatados não são novidades para quem acompanha com certa proximidade o que vem sucedendo na Palestina nas últimas décadas. No entanto, em razão de suas origens nacional, cultural e étnica, as palavras expressadas em seu livro e neste documentário talvez sejam capazes de levar à reflexão a algumas pessoas que, até agora, aceitaram e assimilaram a narrativa sionista sobre o conflito na Palestina.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Revista Teorema - Crítica de Cinema
Livraria Palavraria: Av. Vasco da Gama, 165 - Bairro Bom Fim - Porto Alegre
Telefone: (51) 3268 4260 - Dia 31/7 - 19 horas.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
quarta-feira, 25 de junho de 2014
À unidade latinoamericana no futebol (e na política)
Jan Garbarek interpreta "Hasta Siempre". Um registro artístico pálido do que pode ser a unidade latinoamericana em favor de um mundo sustentável e harmônico, para todos.
Lembrando que a arte sempre aponta para o futuro. caso contrário, não é arte, pode ser (geralmente, é) entretenimento.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Desconhecer Foucault é estar exilado de nosso próprio tempo
A era da suspeita
Na quarta-feira (25/6), a morte de
Michel Foucault completará 30 anos. Um dos mais influentes filósofos
da segunda metade do século 20, Foucault produziu uma obra inovadora
por seu método e por seus objetos. Obra cuja influência só
aumentou desde sua morte, chegando hoje à condição de
incontornável.
Não há setor das ciências humanas,
da filosofia à história, da crítica literária aos estudos de
comunicação, do direito à sociologia no qual não encontraremos
problemas foucaultianos em operação. Na verdade, Foucault se
transformou em um desses autores cujo desconhecimento implica
divórcio profundo a respeito dos modos de pensamento que marcam
nossa época. Quer dizer, desconhecer Foucault é estar exilado de
nosso próprio tempo.
De fato, Michel Foucault conseguiu
produzir dois feitos notáveis: complexificar nossa compreensão a
respeito dos mecanismos de funcionamento do poder e injetar uma
desconfiança profunda a respeito do pretenso realismo de conceitos e
práticas científicas, em especial no campo das ciências humanas e
das práticas clínicas.
Como se não fosse o bastante, seus
últimos trabalhos compõem uma reflexão sistemática a respeito de
um modo de autonomia e governo de si que abre caminhos para a
reflexão ética distantes daqueles que a filosofia moderna conheceu,
com sua fixação pelas figuras jurídicas da lei, do tribunal e da
norma universalizável. Dessa forma, nasce uma experiência
filosófica na qual epistemologia, ética e teoria social caminham de
forma compacta.
Foi Foucault quem mostrou, de maneira
mais sistemática, que nada entenderemos do poder enquanto o
pensarmos a partir da temática da dominação das vontades, ou seja,
o exercício do poder como sobreposição de uma vontade à outra. A
verdadeira dimensão decisiva do poder se encontra nas disciplinas
que sujeitam a todos por meio de instituições como a família, as
prisões, as escolas, empresas, o Estado.
Tais disciplinas não são fruto da
vontade de uma classe ou de um grupo. Elas resultam, na verdade, de
uma vontade de saber que, ao mesmo tempo, nos sujeita e nos
constitui. Ela está presente em nossos discursos científicos e na
maneira por meio da qual eles moldam nossas vidas, organizam nossos
conceitos de saúde e de doença, de sexualidade, de normalidade e de
patologia, de regra e de desvio.
Dessa forma, Foucault deu instrumentos
para que nossa época desenvolvesse sua capacidade de suspeita e
desconfiança em relação a suas próprias ideias de progresso e de
esclarecimento. Por isso, ele será sempre um dos nossos mais claros
contemporâneos.
Artigo do professor Vladimir Safatle.
Fotografia: ao fundo, Sartre, com um olho em Foucault (calvo) e outro em Deleuze.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
quinta-feira, 19 de junho de 2014
sábado, 7 de junho de 2014
Entenda como e por que o Brasil quebrou três vezes com FHC
É preciso ver (ou lembrar) as explicações de FHC - o Farol de Alexandria - sobre o buraco econômico no qual eles meteram o País por três vezes consecutivas, em apenas oito anos.
É preciso ver (ou lembrar) um jornalista da BBC chamando às falas o ex-presidente Cardoso - o Farol de Alexandria - sobre os 600 processos criminais que o ex-Procurador Geraldo Brindeiro engavetou nos oito anos do tucano no Planalto.
É preciso ver (ou lembrar) o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, puxar as orelhas de FHC - o Farol de Alexandria - em um importante foro internacional sobre a forma irresponsável como FHC conduziu a economia do Brasil.
terça-feira, 3 de junho de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
Exumar: lembrar do que estava esquecido
A recente exumação dos restos mortais
do ex-presidente João Goulart, deposto por um golpe civil-militar no
dia primeiro de abril de 1964, remete-nos a diversas considerações
derivadas.
Estão envolvidos no caso, elementos de
disputa de classe pela memória histórica, pelo reconhecimento da
dignidade de um presidente que, morto no exílio, veio a ser
enterrado no Brasil, quase como um clandestino, e sobretudo, o papel
da chamada Comissão Nacional da Verdade, bem como o seu desempenho
no cumprimento de seu propósito original.
Assim como o frio habita o gelo, a luta
de classes habita a sociedade capitalista. A disputa de classes é
uma condição intrínseca, essencial, do modo de produção
capitalista. Essa disputa ocorre em todos os campos da vida social. A
memória do passado é um campo de disputa. A representação que
fazemos do passado é um espaço de intensa e renhida luta. Os
símbolos e o imaginário social do presente estão impregnados
daquilo que resulta deste embate por narrativas que expliquem os
fatos à luz da razão e das conveniências sociais, culturais,
políticas e econômicas. Com isso a desmemória e o esquecimento são
pontos a favor do status quo, para não dizer do conservadorismo,
reacionário e decadente, do qual o Brasil é tão exuberante, desde
sempre.
Lutar contra o esquecimento foi o
objetivo primordial da chamada Comissão da Verdade, do Brasil, a
exemplo do que foi realizado no Uruguai, Argentina e Chile, com
sucesso. Mas a nossa Comissão preferiu outro caminho. Até o momento
não se sabe qual. O seu desempenho é confuso e diversionista. Ao
invés de promover um debate nacional que encaminhe a anulação da
Lei de Anistia, preferiu o espetáculo mórbido de exumar o
presidente Jango, um fato de discutíveis resultados, a não ser o de
recebê-lo com honras de estadista em Brasília, o que é elogiável.
Enquanto nos países do Cone Sul os
militares foram julgados por seus crimes de lesa humanidade (o
ditador Videla morreu recentemente na cadeia), no Brasil, os
militares e policiais civis, agentes do Estado que cometeram graves
crimes, continuam absolutamente impunes e muitos – como o coronel
Brilhante Ustra – escrevem livros e fazem declarações atrevidas,
justificando seus atos genocidas (como se eles tivessem gerado e
obedecido a um Direito particular e provisório, portanto,
não-Republicano, durante o tempo em que estiveram no poder).
A responsabilização desses agentes
públicos deve ser feita com base no Código Penal, já que seus
crimes não podem ser considerados políticos. O crime político é
aquele praticado para atingir o Estado, e não pelo Estado, ou por
funcionários públicos (militares e policiais) em nome do Estado.
A Universidade de Minnesota, dos EUA,
realizou em 2008, um estudo onde analisou cem países que passaram
pela transição entre governos autoritários e democráticos.
Concluiu-se que nos países onde houve punição para os atos
cometidos contra os direitos humanos o grau de violência policial é
menor, ao contrário dos países onde isso não ocorreu, certamente
pela sensação de impunidade. Não vamos muito longe, pessoas presas
por ocasião das recentes manifestações de rua em Porto Alegre,
foram interrogadas com questionamentos muito semelhantes aos métodos
da repressão policial-militar da ditadura 1964/1985.
A todas essas já se vê que a exumação
de Jango é um caso absolutamente isolado. Falta exumar a ditadura e
resgatar o nosso direito republicano à memória. Enquanto isso não
acontecer, nossa democracia estará incompleta.
Artigo de Cristóvão
Feil, publicado originalmente no impresso “Jornalismo B”, em
dezembro de 2013.
sexta-feira, 21 de março de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
'A Tartaruga' do Neruda lembra tantas coisas que foram belas, mas que se fossilizaram
A tartaruga que
andou
tanto tempo
e tanto viu
com
seus
antigos
olhos,
a tartaruga
que comeu
azeitonas
do mais profundo
mar,
a tartaruga que nadou
sete séculos
e conheceu
sete
mil
primaveras,
a tartaruga
blindada
contra
o calor
e o frio,
contra
os raios e as ondas,
a tartaruga
amarela
e prateada
com severos
lunares
ambarinos
e pés de rapina,
a tartaruga
ficou
aqui
dormindo
e não sabe
De tão velha
se foi
pondo dura,
deixou
de amar as ondas
e foi rígida
como o ferro de passar
Fechou
os olhos que
tanto
mar, céu, tempo e terra
desafiaram,
e dormiu
entre as outras
pedras.
Pablo Neruda, (1904/1973)
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Sintam a qualidade musical deste venezuelano
O nome do cara é Devendra Banhart, nascido no Texas (EUA), mas criado musicalmente na Venezuela.
Me encanta!
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
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