O relativismo da originalidade na criação artística
O blogueiro e cartunista Kayser é que lembrou, a propósito de termos publicado a foto promocional da WWF, ontem. A idéia de representar o Tarzan caindo no vazio é genial. O mito do homem criado por animais é muito antigo e já foi contado em diversas narrativas, sendo a mais conhecida a dos irmãos Rômulo e Remo, amamentados e criados por uma loba, e depois foram fundadores de Roma. A história de Tarzan é do início do século 20 e atravessou o século sendo contada pela literatura, pelo cinema e pelos quadrinhos.
Neste cartum de 1978, Santiago achou o ponto certo entre o humor nonsense e a reflexão aguda sobre o limite da destruição dos sistemas naturais. O cartunista, premiado naquele ano com o primeiro lugar no falecido Salão de Humor de Piracicaba (que cidade agradável!), foi tão genial que está sendo copiado até hoje. O Veríssimo diz que o plágio é uma forma de homenagem. Pode ser, mas também é uma forma de usurpação, uma esperteza da razão. Caso o esperto seja pego no saque à idéia alheia ele apenas dirá “desculpa, foi mal, eu estava querendo te homenagear”, essas coisas.
Acima, nós reproduzimos a fotografia (ótima) veiculada em 2007 pela ong WWF que incorpora o argumento do Santiago, mas sonegando o crédito ao criador.
Mas também tem coisas que fica difícil creditar a toda hora, o Tarzan, por exemplo, é criação imortal do escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs, e ficaria muito aborrecido sempre lembrar disso em qualquer referência que se faça ao seu mais famoso personagem literário.
Neste caso, também na Cultura vale o que consagra a lei de Lavoisier para a Natureza: nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
No atual relativismo da geléia geral cultural, afinal, quem é mesmo original?
Em Tempo: Lavoisier foi guilhotinado pelos jacobinos da Revolução Francesa por crime de apropriação ilegal de dinheiro público.
O blogueiro e cartunista Kayser é que lembrou, a propósito de termos publicado a foto promocional da WWF, ontem. A idéia de representar o Tarzan caindo no vazio é genial. O mito do homem criado por animais é muito antigo e já foi contado em diversas narrativas, sendo a mais conhecida a dos irmãos Rômulo e Remo, amamentados e criados por uma loba, e depois foram fundadores de Roma. A história de Tarzan é do início do século 20 e atravessou o século sendo contada pela literatura, pelo cinema e pelos quadrinhos.
Neste cartum de 1978, Santiago achou o ponto certo entre o humor nonsense e a reflexão aguda sobre o limite da destruição dos sistemas naturais. O cartunista, premiado naquele ano com o primeiro lugar no falecido Salão de Humor de Piracicaba (que cidade agradável!), foi tão genial que está sendo copiado até hoje. O Veríssimo diz que o plágio é uma forma de homenagem. Pode ser, mas também é uma forma de usurpação, uma esperteza da razão. Caso o esperto seja pego no saque à idéia alheia ele apenas dirá “desculpa, foi mal, eu estava querendo te homenagear”, essas coisas.
Acima, nós reproduzimos a fotografia (ótima) veiculada em 2007 pela ong WWF que incorpora o argumento do Santiago, mas sonegando o crédito ao criador.
Mas também tem coisas que fica difícil creditar a toda hora, o Tarzan, por exemplo, é criação imortal do escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs, e ficaria muito aborrecido sempre lembrar disso em qualquer referência que se faça ao seu mais famoso personagem literário.
Neste caso, também na Cultura vale o que consagra a lei de Lavoisier para a Natureza: nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
No atual relativismo da geléia geral cultural, afinal, quem é mesmo original?
Em Tempo: Lavoisier foi guilhotinado pelos jacobinos da Revolução Francesa por crime de apropriação ilegal de dinheiro público.