Você está entrando no Diário Gauche, um blog com as janelas abertas para o mar de incertezas do século 21.
Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Agora, a RBS até ousa lançar candidaturas ao Piratini
A coluna "Página 10", edição de hoje, está lançando a candidatura de uma possível aliança entre PMDB e PDT à sucessão do governador Tarso Genro (PT). Como se o Rio Grande fosse uma Grande Caxias do Sul.
A ousadia atrevida de Zero Hora ratifica a noção segundo a qual a RBS se constitui em um partido político não-consentido - mas real - no estado do Rio Grande do Sul. A candidatura preferencial e privilegiada do partido da família Sirotsky é a senadora Ana Amélia (PP) para o Executivo estadual. Ao Senado, talvez indiquem o celetista Lasier Martins, de tantos serviços prestados à causa inglória da direita sul-rio-grandense.
Assim, estimular a aliança entre PMDB-PDT visa desconstituir a atual coligação que governa o RS, no momento. Subtrai o PDT da aliança tarsista e o realoca junto ao PMDB, fragilizando a reeleição do governador petista. Desta forma, Ana Amélia fica com a vida menos atribulada, uma vez que pode encontrar seus contendores mais divididos e em franca disputa entre si.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Direita apostou quase tudo no tal “mensalão”
A evidência maior da forte e decisiva
aposta da direita brasileira no escândalo do chamado “mensalão”
foi dado ontem pelo Jornal Nacional da TV Globo.
Cerca de vinte dos trinta minutos do
principal noticiário (ideológico) do programa jornalístico da
emissora da família Marinho foi dedicado ao julgamento do STF,
exaltando - sempre de forma didático-moralista - os altos feitos da
maior corte do Poder Judiciário brasileiro.
Já se viu que a massa brasileira não
presta a atenção nos resultados do julgamento do STF. Os resultados
ainda parciais das presentes eleições municipais indicam que o tema
“mensalão” passou longe da consciência dos eleitores
brasileiros. E não foi por falta de insistência no assunto, haja
vista o discurso do candidato tucano José Serra em São Paulo,
tentando direcionar o debate para questões extra-políticas, de
natureza moral, de sexualidade da vida privada, e sobretudo da
religiosidade como o último refúgio do pensamento canalha.
Arrisco dizer que o pífio resultado do
mensalão no imaginário popular face o contraste com que a direita
apostou no tema moral pode trazer maiores e melhores dividendos ao
lulismo-dilmismo no poder.
Me explico: o governo Dilma pode, agora, afirmar que passou por uma prova de fogo e que saiu mais forte, mais limpo e menos comprometido com os malfeitos de qualquer quadrante do seu vasto espectro de alianças, tanto as permanentes, quantos as de ocasião. Reforça o fato de que a quase totalidade dos ministros da alta corte tenham sido nomeados tanto por Lula quanto por Dilma.
[A nomeação do “valente” ministro Joaquim Barbosa foi trazida - e insistida - por Frei Betto.]
Ora, quem poderá acusar Lula e Dilma de não serem republicanos? De não respeitarem a divisão de poderes? De pressionarem o Poder Judiciário? Quem?
Mesmo sabendo que o STF se outorgou o direito de tribunal de exceção (vedado pela Constituição brasileira de 1988) ao fazer uso corriqueiro da “teoria do domínio do fato”, cujas origens remontam o forjado Direito hitlerista como forma de consolidação do poder nazifascista na primeira metade do século 20.
Me explico: o governo Dilma pode, agora, afirmar que passou por uma prova de fogo e que saiu mais forte, mais limpo e menos comprometido com os malfeitos de qualquer quadrante do seu vasto espectro de alianças, tanto as permanentes, quantos as de ocasião. Reforça o fato de que a quase totalidade dos ministros da alta corte tenham sido nomeados tanto por Lula quanto por Dilma.
[A nomeação do “valente” ministro Joaquim Barbosa foi trazida - e insistida - por Frei Betto.]
Ora, quem poderá acusar Lula e Dilma de não serem republicanos? De não respeitarem a divisão de poderes? De pressionarem o Poder Judiciário? Quem?
Mesmo sabendo que o STF se outorgou o direito de tribunal de exceção (vedado pela Constituição brasileira de 1988) ao fazer uso corriqueiro da “teoria do domínio do fato”, cujas origens remontam o forjado Direito hitlerista como forma de consolidação do poder nazifascista na primeira metade do século 20.
Como alguém lembrou, hoje, vivemos no
País uma situação de “insegurança jurídica” (tão alegado
pelos bedeis do neoliberalismo, em outro contexto), no que diz
respeito aos direitos e garantias individuais. Se na sua rua há um
intenso (e conhecido) tráfico de drogas, você pode ser julgado e
condenado pelo fato de ser conhecedor de crime continuado e não ter
dado parte às autoridades policiais e judiciais do País. A teoria
do domínio de fato inexige provas. Todos sabiam que naquela rua
havia comércio criminoso de drogas, como você, pacato cidadão,
desconhecia esse fato e o omitiu das autoridades? Pelo tribunal de
exceção dos doutos ministros do STF você será condenado,
inapelavelmente, mesmo que nos autos não conste nenhuma prova contra
você.
Pois bem, mesmo com um
auto-consentimento (inconstitucional, diga-se de passagem) do STF,
mesmo com um tribunal de exceção ad hoc, ou seja, para o
fim específico de criminalizar a chamada “cúpula do PT”, mesmo
calculando a data exata dos julgamentos de modo a coincidir com o
calendário eleitoral de 2012, mesmo assim, a população brasileira
não tomou conhecimento da armação preparada pela direita e exposta
como espetáculo na bisonha mídia brasileira.
Lula e Dilma seguem firmes, leves e
fortes. E a direita está desnorteada (sem Norte) e desorientada (sem
Oriente).
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Islândia cria as bases de uma democracia direta
Um
país estranho
Por uma razão não totalmente clara, esse país que fora um dos primeiros a quebrar com a crise financeira de 2008 sumiu em larga medida das páginas da imprensa mundial. Coisas estranhas, no entanto, aconteceram por lá.
Primeiro, o presidente da República submeteu a plebiscito propostas de ajuda estatal a bancos falidos. O ex-primeiro-ministro grego George Papandreou foi posto para fora do governo quando aventou uma ideia semelhante. O povo islandês, todavia, não se fez de rogado e disse claramente que não pagaria nenhuma dívida de bancos.
Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado.
Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso "stock options" vindos diretamente das ajudas estatais.
Como se não bastasse, a Islândia resolveu escrever uma nova Constituição. Submetida a sufrágio universal, ela foi aprovada no último fim de semana. A Constituição não foi redigida por membros do Parlamento ou por juristas, mas por 25 "pessoas comuns" escolhidas de maneira direta.
Durante sua redação, qualquer um podia utilizar as redes sociais para enviar sugestões de leis e questionar o projeto. Todas as discussões entre os membros do Conselho Constitucional podiam ser acompanhadas do computador de qualquer cidadão.
O resultado é uma Constituição que estatiza todos os recursos naturais, impede o Estado de ter documentos secretos sobre seus cidadãos e cria as bases de uma democracia direta, onde basta o pedido de 10% da população para que uma lei aprovada pelo Parlamento seja objeto de plebiscito.
Seu preâmbulo não poderia ser mais claro a respeito do espírito de todo o documento: "Nós, o povo da Islândia, queremos criar uma sociedade justa que ofereça as mesmas oportunidades a todos. Nossas diferentes origens são uma riqueza comum e, juntos, somos responsáveis pela herança de gerações".
Em uma época na qual a Europa afunda na xenofobia e esquece o igualitarismo como valor republicano fundamental, a Constituição islandesa soa estranha. Esse estranho país, contudo, já não está mais em crise econômica.
Cresceu 2,1% no ano passado e deve crescer 2,7% neste ano. Eles fizeram tudo o que Portugal, Espanha, Grécia, Itália e outros não fizeram. Ou seja, eles confiaram na força da soberania popular e resolveram guiar seu destino com as próprias mãos. Algo atualmente muito estranho.
Artigo
do professor Vladimir Safatle, da Filosofia da USP.
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
Da série "O analfabetismo dos celetistas da RBS"
Por favor, me ajudem a traduzir o que o redator do ClicRBS quer dizer com isso (cercado em vermelho).
Esta série de flagrantes que revelam o grau de instrução dos empregados da RBS também pode-se chamar "Café pra louco não precisa açúcar", já que evidencia o respeito e a consideração com que a RBS homenageia os seus leitores ("consumidores", no jargão interno).
Fac-símile parcial do portal ClicRBS flagrado hoje às 18h45.
Japonês sabe compor ska?
A
banda Tokio Ska Paradise Orchestra
O ska -
segundo a Wikipédia - é um gênero musical que teve a sua origem na
Jamaica, no final da década de 1950. Combina elementos caribenhos, como o mento e o calipso, com o jazz, jump blues e rhythm and blues.
Foi o
precursor do rocksteady e do reggae. As suas letras trazem sinais de
insatisfação, abordando temas como marginalidade, discriminação,
a vida dura da classe trabalhadora, e acima de tudo a diversão em
harmonia.
Pois, os
japoneses também fazem ska. Aliás, os japoneses, depois da derrota
na guerra contra os Estados Unidos, adotaram um sistema de
mimetização da vida ocidental. Começaram copiando (mal) os gadgets
(ou gizmos, como vocês querem) do ocidente, mais ou menos, como
fazem os chineses hoje. Pois, pelo jeito, a moda segue em frente e
faz o mesmo com a música e o demais cultural.
Não
somos afinal uma “aldeia global”, como já dizia em 1960 o
canadense Herbert
Marshall McLuhan?
As meninas parece que estão numa comemoração do dias das mães na escola, mas simulam um ska caribenho, vá lá...
As meninas parece que estão numa comemoração do dias das mães na escola, mas simulam um ska caribenho, vá lá...
Coisas da vida.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
A banda Bersuit Vergarabat
Do rock à murga (como esta, acima). Da cumbia à chacarera, ao candombe e ao rock novamente. Ou, se quiserem, uma mescla de tudo, numa só composição: Bersuit Vergarabat
Ministro Pimentel matou a aula de Geografia
Tudo o que o RS não tem é fronteira seca com a Argentina. Talvez Sua Excelência tenha confundido a Argentina com o Uruguai.
De qualquer forma, já se vê que o petista mineiro não tem a disciplina Geografia como um ponto forte na sua formação escolar.
Agora entrando no mérito da questão levantada por Zero Hora: em primeiro lugar, não é a oposição que está preocupada com o tratamento arbitrário das autoridades argentinas face à importação de máquinas agrícolas do Brasil. O governo Tarso Genro, através da Secretaria do Desenvolvimento, está mais que preocupado, está insistindo com o governo federal para dar uma solução ao impasse das exportações das máquinas agrícolas brasileiras para a Argentina.
Ocorre que as autoridades argentinas, de fato, fazem uma seleção arbitrária e acriteriosa para admitir a importação de lotes de máquinas agrícolas brasileiras naquele País. Ora, aceitam, ora, não aceitam, trazendo prejuízos para os exportadores do setor.
O ministro Pimentel, com a sua resposta evasiva, mostrou que ignora o problema (tanto quanto a geografia do Cone Sul), justamente um tema que o governo estadual tem pautado em Brasília, em especial, no Ministério do próprio senhor Fernando Pimentel. O RS é o mais prejudicado com essas negativas das autoridades argentinas, porque é responsável por cerca de 60% da produção de máquinas agrícolas do Brasil. Mas isso é outro tema que Pimentel também ignora.
Isto posto, o que influi se a fronteira entre Brasil e Argentina é seca (como garante Pimentel) ou fluvial?
O fac-símile acima é parte da página 6 do jornal Zero Hora, edição de hoje (19/out).
Tem o rio Uruguai no meio do caminho do desconhecimento do ministro Fernando Pimentel.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Especulador exige explicações do Banco Central sobre queda nos juros
Veja
só: os postes estão mesmo mijando nos cachorros
Ex-assessor
de George Soros, o mega especulador planetário, ex-presidente do
Banco Central, ao tempo do presidente Cardoso, atual especulador
credenciado com um banco de investimento, Arminio Fraga dá
entrevista hoje ao jornal Folha de S. Paulo, onde exige
explicações do Bacen sobre a queda gradual das taxas de juros no
Brasil.
A
bronca do especulador é uma garantia de que a política monetária
do governo Dilma está no caminho certo. O jus esperneandi do
banqueiro mostra duas coisas:
1) os banqueiros já não estão mais no poder, pelo menos no Brasil;
2) depois de trinta anos de política monetária com permanente desestímulo às atividades produtivas, temos uma política econômica orientada desde o Palácio do Planalto, e não desde a Febraban e os centros financeiros do mundo, como Londres e Nova York.
1) os banqueiros já não estão mais no poder, pelo menos no Brasil;
2) depois de trinta anos de política monetária com permanente desestímulo às atividades produtivas, temos uma política econômica orientada desde o Palácio do Planalto, e não desde a Febraban e os centros financeiros do mundo, como Londres e Nova York.
Nós
podemos discordar pontualmente de aspectos e sobretudo dos ritmos da política
econômica dilmista, mas a direção e o sentido, bem como o comando
hegemônico, estão em processo de correção permanente, haja vista a chiadeira do especulador símbolo dos quatrocentos mil brasileiros
que viveram à tripa forra nas três últimas décadas graças à
política de financeiração da vida e dos indivíduos.
Enquanto
os banqueiros chiam, o Brasil, aos poucos, recupera a sua soberania. Falta muito para andar, mas estamos no caminho certo.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
O documentário "La ciudad de los fotografos"
Durante a ditadura pinochetista no Chile, um grupo de fotógrafos chilenos registrou os protestos da sociedade chilena em suas distintas facetas. Na rua, ao ritmo dos protestos, estes fotógrafos se formaram e criaram uma linguagem política através da imagem. Para eles, fotografar foi uma forma de liberdade mas, sobretudo, de memória (que tanto é rarefeita, para nós, brasileiros).
O documentário acima está na íntegra - 80 minutos. O autor chama-se Sebastián Moreno.
Observe (e aprecie) que belas fotografias também são uma forma de expressão política contra a opressão e o esquecimento.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
A capa de ZH e o “homem forte” de Fortunati
A
pieguice über
açucarada
da capa de Zero
Hora,
edição de terça passada (9/out), é algo. José Fortunati (PDT)
sai vitorioso em Porto Alegre. Divide a vitória com o grupo
RBS/Maiojama e o guloso interesse imobiliário pelos 72 quilômetros
de orla fluvial urbanizável do lago do Guaíba.
Não
por acaso, o coordenador da campanha eleitoral de Fortunati chama-se
Edemar Tutikian, o mago da dialética do concreto (mas não no
sentido kosikiano), o David Copperfield das revitalizações urbanas,
o Tio Toni do cais-mauá-dos-grandes-investimentos, e outras
feitiçarias imobiliárias e afins.
Hoje,
o jornal Zero Hora (coluna Página
10)
estampa uma pequena nota onde admite que Edemar Tutikian será um dos
“homens fortes” do re-prefeito Fortunati e o responsável pelos
“grandes projetos”.
Já
se vê que experimentaremos grandes emoções no próximo quadriênio
administrativo de Porto Alegre.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
E o FHC, comprador de votos, quando será julgado?
Não é um blog sujo (como diz o Serra), que aponta o tucano ex-presidente Cardoso como "comprador de votos com a finalidade de se reeleger presidente". Pois bem, quando FHC será julgado pelo douto STF, por esses e por muitos outros crimes (como os da privataria tucana) que cometeu?
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Inacreditável, o Lula guasca de Uruguaiana
Depois ficam "podridos y enojados" que o Rio Grande do Sul é motivo de deboche no resto do País...
Em Tempo: Esse sujeito modesto, Sanchotene Felice, pertence aos altaneiros quadros do PSDB/RS.
Acima, fac-símile parcial da página 5 do jornal Zero Hora, edição de hoje, 09 de outubro de 2012.
O significado da capa de Zero Hora
A
capa do jornal Zero Hora, edição de ontem (8/10), diz muito das
relações entre o grupo midiático-imobiliário RBS/Maiojama e o
re-prefeito José Fortunati (PDT). Houve uma intervenção forte no
tradicional leiaute da capa do jornal, modificando-o.
“Note”
- nos escreve o leitor Ernesto C. Marques - “que a barra de
informações que sempre fica logo abaixo do logo do jornal foi
colocada abaixo da foto e da manchete. O POA com a cabeça do
Fortunati no meio e a manchete aparecem incorporados à própria
logomarca do jornal, estão quase fundidos. Parece ou não parece um
editorial da firma assumindo a sua Fortunatice?”
Concordo
com o Marques: é, sim, um editorial sem palavras, mas denso de
conteúdo e significados. É como dizer o seguinte:
“Prefeito,
a RBS fez a sua parte. Ao senhor cabe agora nos demandar mais e mais
anúncios nos nossos veículos de comunicação. Sem esquecer o mais
importante: o de apresentar um completo programa de revitalização
dos 72 km da orla do Guaíba, já que o nosso braço imobiliário - a
Maiojama - não pode ficar circunscrita aos impedimentos mesquinhos e
as restrições absurdas do obsoleto Plano Diretor de Porto Alegre.
Temos inúmeros exemplos de áreas da Capital que ainda restringem os
investimentos de incorporadoras imobiliárias que aspiram a livre
iniciativa no que diz respeito ao avanço ilimitado da indústria da
construção civil no município de Porto Alegre”.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
A Brigada Militar RS está defendendo o quê mesmo?
Ah! Sim! Defendendo um boneco inflável gigante patrocinado pela Coca-Cola!
Tudo como dantes no quartel do Coronel Mendes! A Brigada (polícia militar estadual) agiu como braço armado da Coca-Cola.
A repressão policial (vídeo acima) aconteceu ontem à noite (04/out/2012) no Largo Glênio Peres, centro de Porto Alegre (RS).
O sangue cobriu o chão.
A repressão policial para preservar o patrimônio privado da Coca-Cola foi desproporcional à ação cidadã de alguns jovens manifestantes, cujo movimento se chama "Defesa Pública da Alegria".
Enquanto o espaço público se encolhe, a repressão brigadiana se agiganta.
A mera circulação do dinheiro não gera emprego, nem riqueza
A rotação do capital se divide em dois tempos: o tempo da produção e o
da circulação.
O fator
impulsionador da circulação do dinheiro, segundo Marx, é a
circulação de capital, expresso na fórmula D-M-D’, em que a
diferença D’ e D se torna o objetivo de qualquer produtor
capitalista quando joga o seu capital em circulação. A repetição
sucessiva desta fase de movimentação do capital exige a existência
dum estoque de dinheiro funcionando como meio de circulação e de
tesouro. Não se alterando a velocidade de circulação da moeda,
este estoque aumenta na razão direta da acumulação de capital. As
exigências resultantes deste estoque de dinheiro criam as condições
para o desenvolvimento do comércio do dinheiro, associado ao
desenvolvimento das relações de crédito - o sistema bancário (que
não cria riqueza).
O vídeo acima (10 minutos) mostra a circulação da moeda que satisfaz a todos, mesmo sem gerar
emprego nem riqueza. O velhinho “emprestou” dinheiro sem saber,
por isso não pode exigir juro, que é a remuneração do dinheiro.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
ZH: o analfabetismo que abunda e grassa
Essa frase eu não entendi. Quem me ajuda a traduzí-la? Do analfabetês rebessiano para o português.
Acima, fac-símile parcial da capa do portal ClicRBS, de hoje, por volta de 13h18.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Quando um jornal vira panfleto da especulação imobiliária da cidade
O grupo RBS/Zero Hora perdeu todo o pundonor. Agora reivindica diretamente pelos desentraves à livre especulação imobiliária selvagem em Porto Alegre. Zero Hora virou - descaradamente, despudoradamente - porta-voz panfletário do interesse imobiliário na Capital, há muito tempo.
Ninguém desconhece que o grupo RBS/Família Sirotsky tem um ativo chamado Maiojama - incorporadora de imóveis com grande presença no mercado portoalegrense. Pois, ZH, menos que uma mídia jornal, é um braço comercial-mercadológico de Maiojama, com intervenção agressiva e tonitruante no pregão imobiliário local. A prova disso é a manchete acima no portal ClicRBS.
Este é um tema - o da especulação imobiliária - dos mais candentes em Porto Alegre (de resto, em todo o País). No entanto, os candidatos (e candidatas) à Prefeitura e à Câmara Municipal fizeram um solene olho-branco para o caos imobiliário-urbano na cidade. Só por esse motivo, já se vê o quanto a atual corrida eleitoral está sendo despolitizada e fútil.
O
Grupo RBS têm ainda outros interesses e ativos: a ViaLOG (transportes),
Planejar (empresa de agronegócios), Orbeat Music (gravadora), HSM
Educação Corporativa e Management, RBS Eventos (shows), e.Bricks Digital (negócios digitais).
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Cría cuervos
Será que o candidato à prefeitura de Porto Alegre, o petista Adão Villaverde desconhece que Marina Silva (sem partido) é candidatíssima à sucessão presidencial de 2014?
A presidenta Dilma deve estar "amando" a iniciativa de Adão Villaverde, cujos dividendos eleitorais, são discutíveis. Marina, que não tem nada a perder, aporta pela segunda vez, nesta campanha, à Porto Alegre, para apoiar o candidato petista.
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