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quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Vejam só, Coreia do Norte lança tablet
O tablet Achhim (Manhã), criado para fins educacionais pela empresa estatal norte-coreana de desenvolvimento da eletrônica, goza de grande popularidade entre os estudantes locais, informa a Agência de Notícias Central Coreana.
O tablet de sete polegadas pesa 300 gramas. O sistema operacional e os sofwares são em várias línguas: coreano, chinês, inglês e russo. A carga da bateria dura cinco horas.
O usuário deste tablet multifuncional, segundo a agência noticiosa, adquire acesso a materiais educativos, dicionários e dados científicos.
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Comparando com o Brasil, causa grave inquietação essa conquista tecnológica da Coreia do Norte.
Convenhamos, a Coreia do Norte é uma nação modestíssima: para uma população de cerca de 24,5 milhões de pessoas, tem um PIB de apenas 40 bilhões de dólares. A criação de riqueza é pífia, se compararmos - não com o Brasil -, mas com o Uruguai, que para uma população de 3,4 milhões, possui um PIB de 52 bilhões de dólares.
No entanto, a Coreia do Norte está produzindo tablets num esforço de pesquisa e desenvolvimento tecnológico elogiável, sem olharmos para o cerrado regime stalinista-kimilsonguista imperante na dinastia Kim, que recentemente empossou o terceiro mandatário em um formato de escolha por hereditariedade (incrível!), como nos regimes monárquicos do velho colonialismo dos séculos 18 e 19.
Assim, o Brasil precisa repensar a sua atual (não) política de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
A greve das Universidades federais dá uma amostra do descaso do Estado para com o ensino superior público.
O ufanismo basbaque e despolitizado pelas conquistas sociais do lulismo de resultados não pode congelar o pensamento na busca de lograr mais e ampliados êxitos no campo da soberania tecnológica e da inclusão cultural.
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6 comentários:
Muito bonita a idéia do post, mas se eu tivesse de escolher entre um tablet norte coreano ou brasileiro e um IPAD eu -- e 99% da população brasileira -- não teríamos dúvida nenhuma.
Sua anta, não vê que o tablet coreano não é para o mercado. É um produto que não vai fazer disputa de mercado, é outra história, anta.
Sim, claro é um tablet com conteúdo restrito, bem ao gosto dos regimes "democráticos".
Viva o povo coreano que sobrevive a uma trégua ditada pelos EUA!
armando do prado
Parece evidente que nosso amigo Maia não suporta constatar que, apesar do "cerrado regime stalinista-kimilsonguista", a Coreia do Norte não virou somente aquela bosta total como nos quer convencer, insistente e exaustivamente, a mídia hegemônica ocidental.
Anos atrás, ainda no governo FHC, uma reportagem exibida na Globo nos mostrava que 99% da pesquisa feita no Brasil tinha origem nas universidades públicas federais.
E, se mudou alguma mudança nesse número, ela deve ter sido insignificante.
Assim, com o seu enorme desdém para com os professores dessas universidades, deixando-os em greve há dezenas de dias, o governo Dilma mostra que não tem projeto realmente viável para o país.
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