Belluzzo diz que não se justifica manter a política de juros altos
Ninguém deve dizer ao Banco Central o que ele tem de fazer para baixar a taxa básica de juros (Selic), porque “isso é uma questão de avaliação” da instituição. A afirmação foi feita ontem pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre o aumento da autonomia do BC. A informação é da Agência Brasil.
“Às vezes, sinto que há uma espécie de teologia no BC; não é uma discussão racional”, destacou Belluzzo. Segundo ele, tal situação até se justifica em parte, porque “tudo que lida com moeda é um pouco complicado e leva a esse tipo de comportamento, mas é preciso submeter isso a uma discussão racional”.
O economista disse que não se pode subtrair ao debate público uma questão que é importante para o futuro da economia brasileira: “Às vezes, acho que há uma certa suposição de que é pecado falar sobre reduzir juros; mas não é bem assim; é uma questão prática, pragmática, e não podemos tratar isso de forma religiosa, teológica.”
Favorável aos dois projetos de lei do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) que versam sobre autonomia e reestruturação do BC, Belluzzo, que é professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), defende maior transparência nas decisões da instituição e acha que os votos individuais no Conselho de Política Monetária (Copom) “devem ser revelados e identificados”. Para o economista, os dirigentes do BC, formadores do colegiado, “têm que apresentar as razões dos votos à sociedade”.
De acordo com ele, “rapidez é fundamental nas decisões de governo”. Por isso é que está em discussão hoje em todo o país a questão da política monetária, na expectativa da decisão que o Copom vai anunciar no início da noite de hoje.
Embora tenha dito que ninguém pode determinar o que o BC deve fazer, Belluzzo comentou que, se o Copom entender que a economia desacelerou fortemente e que o investimento e o consumo caíram, “não seria justificável manter a taxa de juros” no patamar atual, de 13,75% ao ano.
Ninguém deve dizer ao Banco Central o que ele tem de fazer para baixar a taxa básica de juros (Selic), porque “isso é uma questão de avaliação” da instituição. A afirmação foi feita ontem pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre o aumento da autonomia do BC. A informação é da Agência Brasil.
“Às vezes, sinto que há uma espécie de teologia no BC; não é uma discussão racional”, destacou Belluzzo. Segundo ele, tal situação até se justifica em parte, porque “tudo que lida com moeda é um pouco complicado e leva a esse tipo de comportamento, mas é preciso submeter isso a uma discussão racional”.
O economista disse que não se pode subtrair ao debate público uma questão que é importante para o futuro da economia brasileira: “Às vezes, acho que há uma certa suposição de que é pecado falar sobre reduzir juros; mas não é bem assim; é uma questão prática, pragmática, e não podemos tratar isso de forma religiosa, teológica.”
Favorável aos dois projetos de lei do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) que versam sobre autonomia e reestruturação do BC, Belluzzo, que é professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), defende maior transparência nas decisões da instituição e acha que os votos individuais no Conselho de Política Monetária (Copom) “devem ser revelados e identificados”. Para o economista, os dirigentes do BC, formadores do colegiado, “têm que apresentar as razões dos votos à sociedade”.
De acordo com ele, “rapidez é fundamental nas decisões de governo”. Por isso é que está em discussão hoje em todo o país a questão da política monetária, na expectativa da decisão que o Copom vai anunciar no início da noite de hoje.
Embora tenha dito que ninguém pode determinar o que o BC deve fazer, Belluzzo comentou que, se o Copom entender que a economia desacelerou fortemente e que o investimento e o consumo caíram, “não seria justificável manter a taxa de juros” no patamar atual, de 13,75% ao ano.
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O insight do respeitado Belluzzo é perfeito. O capital financeiro (do Brasil) criou uma teologia em torno dos dogmas fixos do monetarismo de resultados. O Banco Central é uma espécie de Vaticano, com soberania própria e bulas papais portadoras de orientações aos gentios.
Aos brasileiros pagãos resta crer e seguir as orientações do presidente Meirelles neste enclave religioso fincado no território brasuca.
O presidente Lula é apenas o dirigente secular, mundano, profano do País.
Como se vê o neoliberalismo teve também a propriedade de anular o preceito constitucional de separação entre Igreja e Estado.
A teologia monetarista é o inferno dos brasileiros.
O insight do respeitado Belluzzo é perfeito. O capital financeiro (do Brasil) criou uma teologia em torno dos dogmas fixos do monetarismo de resultados. O Banco Central é uma espécie de Vaticano, com soberania própria e bulas papais portadoras de orientações aos gentios.
Aos brasileiros pagãos resta crer e seguir as orientações do presidente Meirelles neste enclave religioso fincado no território brasuca.
O presidente Lula é apenas o dirigente secular, mundano, profano do País.
Como se vê o neoliberalismo teve também a propriedade de anular o preceito constitucional de separação entre Igreja e Estado.
A teologia monetarista é o inferno dos brasileiros.
5 comentários:
Será que o Ricardo Giuliani não irá defender a manutenção ou até elevação da taxa de juros? Só falta isso. A resposta a essa indagação passa por saber se ele também têm como clientes os banqueiros. Assim, como o Henrique Meirelles.
ESSES PODERIAM SEREM DESTITUÍDOS DO CARGO : YEDA, MEIRELES, SERRACARD, PREFEITOS DO RS(PMDB, PSDB) E SECRETÁRIOS CONTAMINADOS PELAS FALCATRUAS QUE ESTÃO ACONTECENDO NO RS! Exemplo: SECRETÁRIO DA EMATER FICOU 27 dIAS EM ROMA QUEIMANDO DINHEIRO PÚBLICO(NOSSO)! UMA VERGONHA DESLAVADA !!
A minha opinião:
1- O BC não vai baixar os juros. Meirelles sabe o poder que tem e não vai abrir mão.
2- Lula blefou e vai ter que engolir o blefe, vai recuar mais uma vez. Na verdade ele está nessa posição porque aceitou abrir mão da condução da economia. Mesmo com 70% de aprovação. Isso se chama medo.
2- Não vem boa coisa por aí. Os contratos juros futuros estão abaixo da Selic. Essa distorção da curva precifica desaquecimento pesado da economia. O PIB que veio é um olhar no retrovisor. Vamos ver mais empresas em férias coletivas e algumas férias já virando demissão.
3- Os papeis do tesouro americano fecharam ontem com juro zero. É a preferencia pela liquidez na sua forma exacerbada, sem remuneração alguma. Aqui ela é de 13,75% e +ou- 8% reais. Com as vendas em queda e investimentos sendo adiados, pra onde vai o caixa das empresas? É por isso que a Selic não vai baixar. Ela é o último peru de natal para o grande capital, não só o financeiro. Depois, pode vir a recessão.
4- Lula não quer contrariar o mercado financeiro. Mas sabe que, se a crise pegar a economia real no final do seu mandato, 2014 já era. Entrou na luta com medo. Agora está no corner.
Excelente tua análise manolo.
Vejam que Beluzzo é favorável à autonomia do Banco Central, mas essa liberdade (como qualquer liberdade) nunca deve ser absoluta ou "religiosa". Por fim, concordo com a análise do Manolo.
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