A cidade de Tacuarembó
Sábado, por compromisso assumido, fui à simpática Tacuarembó, no Uruguai. A cidade de 50 mil habitantes fica a cerca de 110 quilômetros de Rivera (60 mil habitantes), fonteira com o Brasil, para quem entra por Livramento (RS) e segue pela Ruta 5. Assim que, de Porto Alegre, Tacuarembó fica a 600 quilômetros.
O pequeno grande Uruguai, hoje, tem dois oceanos verdes. O oceano do eucalipto e o oceano do pinus. Celulose para alimentar as papeleiras lá instaladas, já em número de oito ou nove. A devastação ambiental agora se chama “silvicultura”.
Aqui no Rio Grande do Sul essas monoculturas extensivas – e monótonas – são menos adensadas. No Uruguai, as árvores estão plantadas a menos de um metro uma da outra, dando uma sensação de sufocamento e opressão, onde só proliferam as ruidosas caturritas e alguns ovinos nos corredores dos maciços verdes.
Tacuarembó é a terra de dois ilustres uruguaios, gigantes da cultura latino-americana: o escritor e poeta Mario Benedetti, e o cantor e compositor Carlos Gardel. O privilégio de ser a terra de Gardel é disputado também pela Argentina e pela França, mas os uruguaios fincam pé e juram que o tanguero nasceu foi em Tacuarembó ou em “la patria gaucha”, como eles dizem.
O Uruguai já foi o mais próspero, rico e educado país da América do Sul, hoje, quase se inviabiliza como economia nacional sustentável. Como um organismo tomado de uma doença severa, é vítima de outras enfermidades oportunistas que devastam suas forças e minam a sua soberania.
A Frente Ampla – coligação de partidos de esquerda e social-democratas – sucumbiu à conciliação mais paralisante e não oferece nenhuma alternativa estratégica de longo prazo para superar o secular mandonismo dos partidos tradicionais, Blancos e Colorados.
Por impotência e desânimo no presente, o futuro do Uruguai fica cada vez mais parecido com o seu passado recente.
Sábado, por compromisso assumido, fui à simpática Tacuarembó, no Uruguai. A cidade de 50 mil habitantes fica a cerca de 110 quilômetros de Rivera (60 mil habitantes), fonteira com o Brasil, para quem entra por Livramento (RS) e segue pela Ruta 5. Assim que, de Porto Alegre, Tacuarembó fica a 600 quilômetros.
O pequeno grande Uruguai, hoje, tem dois oceanos verdes. O oceano do eucalipto e o oceano do pinus. Celulose para alimentar as papeleiras lá instaladas, já em número de oito ou nove. A devastação ambiental agora se chama “silvicultura”.
Aqui no Rio Grande do Sul essas monoculturas extensivas – e monótonas – são menos adensadas. No Uruguai, as árvores estão plantadas a menos de um metro uma da outra, dando uma sensação de sufocamento e opressão, onde só proliferam as ruidosas caturritas e alguns ovinos nos corredores dos maciços verdes.
Tacuarembó é a terra de dois ilustres uruguaios, gigantes da cultura latino-americana: o escritor e poeta Mario Benedetti, e o cantor e compositor Carlos Gardel. O privilégio de ser a terra de Gardel é disputado também pela Argentina e pela França, mas os uruguaios fincam pé e juram que o tanguero nasceu foi em Tacuarembó ou em “la patria gaucha”, como eles dizem.
O Uruguai já foi o mais próspero, rico e educado país da América do Sul, hoje, quase se inviabiliza como economia nacional sustentável. Como um organismo tomado de uma doença severa, é vítima de outras enfermidades oportunistas que devastam suas forças e minam a sua soberania.
A Frente Ampla – coligação de partidos de esquerda e social-democratas – sucumbiu à conciliação mais paralisante e não oferece nenhuma alternativa estratégica de longo prazo para superar o secular mandonismo dos partidos tradicionais, Blancos e Colorados.
Por impotência e desânimo no presente, o futuro do Uruguai fica cada vez mais parecido com o seu passado recente.
Fotos: a cidade uruguaia surpreende pelos seus inúmeros espaços públicos de convivência, todos muito agradáveis e bem freqüentados pela população de todas as idades. Sábado passado, imagino que toda a população estava nestes locais, tamanho era o número de pessoas que circulavam, tomando mate e/ou fazendo um assado de cordeiro, no entardecer, sob os bosques públicos.
10 comentários:
Feil,
O Políbio Braga publicou informações de que ONG que funciona num assentamento de Viamão recebe verbas federais e que, com dinheiro público, mantem a agencia Chasque, onde você é colaborador. Seria importante esclarecer se você também recebe dinheiro público para escrever e falar para a Chasque.
Antonio
Chegou a me dar dar vontade de chorar durante a leitura deste post. Sério.
Prezado Antonio,
Não, não recebo dinheiro público para fazer o comentário político semanal da Agência Chasque.
Saudações!
CF
Se existe um pais que eu gosto é o Uruguai. Povo gentil, educado, gente muito boa e legal. Torci pela Frente Ampla e torço por Tabaré Vasques, que é um médico sem ranços com o passado e que faz sim um bom governo. Arriba Uruguay....
Quem sobe a serra gaúcha com destino a Cambará do Sul vai dar de cara com plantações de pinus e eucalipto a perder de vista. É o tal deserto verde.
Olha o Políbio falando que alguém recebe dinheiro público. Esse lixo náo se enxerga? Basta ver os banners que ele tem no blog. É só empresa pública do RS e de Poa.
Mário, entrei agora no Blog do Políbio. Existe hoje apenas o Banrisul como patrocinador. O resto são empresas privadas. Entrei também no site da Agência Chasque. Cliquei no "Quem Somos": são a agência acompanha as principais notícias que interessam à vida dos trabalhadores urbanos e rurais gaúchos. Apenas isso e ponto final. A denúncia que se faz é que a Agência Chasque recebe verbas federais que deveriam ir para assentamento para outros fins... Complicado...
Em agosto estive na Argentina e me encantei com as cidades. Muito espaco público, com pracas centrais grandes e ruas largas. Muitas criancas na rua na hora do recreio... É uma série de coisas que nao se ve no brasil. Eu imagino que o Uruguay seja parecido.
Pro meu espanto, descobri que Foz do Iguacu é pior do que Ciudad del Este... sem brincadeira.
Assim como confessou o Busatto, o Banrisul sempre ajudando os governos fascistas de plantão, e lógico os sabujos pestilentos como o Políbio e outros menos recompensados como o cretino do Maia.
Se um canalha como o Maia faz alguma denuncia, deve pelo menos mostrar alguma prova. Como não tem fica como mais uma mentira que é a especilização do canalha.
Claudio Dode
Canalha, canalha, canalha!!!!!
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