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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

CUT critica presidente da Vale do Rio Doce


Roger Agnelli quer precarizar emprego no Brasil

A Central Única dos Trabalhadores divulgou nota pública em que critica as declarações do diretor-presidente da mineradora Vale do Rio Doce, Roger Agnelli. A nota assinada pelo presidente da central sindical Arthur Henrique, classifica como oportunista a proposta de Agnelli de reduzir os direitos dos trabalhadores para que as empresas saiam da crise financeira.

Segundo Henrique, é indecente que empresas como a ex-estatal Vale, que sempre receberam dinheiro público, agora queiram que os trabalhadores paguem por seus prejuízos. A Central reafirma que irá realizar mobilizações em defesa dos empregos e contra demissões. A informação é da Agência Chasque.

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Falta a CUT denunciar e se mobilizar contra a intenção da Vale do Rio Doce – a segunda maior mineradora do mundo – de encomendar a compra de doze navios de grande porte para transporte de minério de ferro na China.

Roger Agnelli (foto), a quem o presidente Lula chama de “querido companheiro”, quer precarizar o emprego no Brasil e dar emprego na China.

Impressiona o fato de que os neoliberais - como Agnelli - ainda não se deram conta de que o modelo por eles consagrado acabou.

Kaputt!

12 comentários:

Anônimo disse...

Até o último momento não vão se dobrar pois são princípios pétreos de administradores MADE IN USA. Já os navios:
"Por que não produzir no Brasil? Essa é a pergunta que vem a cabeça de todo mundo quando lê essa informção né não? No comunidado, a Vale diz que não há capacidade no Brasil para construir esse tipo de navio. Ela ressalta, no entanto, que está sempre avaliando novos investimentos no país..."
Miriam Leitão, o globo
http://tinyurl.com/5ahz3a

Anônimo disse...

É sempre a mesma coisa, quando o capitalista ganha, somente ele ganha. Mas quando o capitalista perde, todos perdem... menos o capitalista, é claro...

Anônimo disse...

Sapatada nesse oportunista e desumano.

armando

Anônimo disse...

Grande sapatada!O jornalista Muntader al Zaidi mostrou ao mundo toda a indignação daquele povo que vem sendo sistematicamente assassinado em nome de interesses econômicos!

Carlos Eduardo da Maia disse...

"Precarização" é um eufemismo tal como a palavra "ocupação". A Vale poderia muito bem demitir, mas vai flexibilizar para ver até que ponto a crise vai sem demitir. Para quem não sabe, fique sabendo que os "capitalistas" da Vale são os mesmos "capitalistas" da Petrobrás.

Anônimo disse...

Construir navios na asia! Tinha esquecido que o governo FHC também mandava construir plataformas petroliferas naquele continente sob o mesmo argumento (não há capacidade no Brasil para construir esse tipo de navio), inclusive aquela de U$ 1 bilhão de dolares que afundou, e Lula provou que é possivel construir aqui pertinho de nós, inclusive ajudando o rio grande do sul!

Anônimo disse...

Se o RS da Yeda pode, o Brasil não pode?

Conta outra, Agnelli.

Anônimo disse...

A Vale do Rio Doce foi doada pelo Governo FHC, possivelmente, o mais deletério e corrupto da história desse nosso Brasil.
Foram arrecadados pouco mais de R$ 3 bilhões quando, segundo alguns especialistas, a quantidade de riquezas controladas pela empresa seria mil vezes maior, montando a R$ 3 trilhões.
Uma privatização que, não fosse a covardia do governo Lula e de seu partido, estaria, no mínimo, sendo alvo de rígida auditoria. A auditoria colocaria a nú aquilo que a mídia hegemônica, que sempre se autocongratula como defensora dos interesses do povo, insiste em não divulgar. Aquilo que foi, entre tantos outros, talvez o maior roubo a que foi submetido o povo brasileiro.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Nelson, já deu uma olhada quem são os grandes acionistas da Vale??? São os mesmos que controlam a Petrobrás...
A Vale é praticamente uma estatal e paga muito mais imposto hoje do que na época em que ela era estatal. E os jurássicos do conservadorismo querem que ela seja estatizada. Isso é muita burrice.

Anônimo disse...

Será que o neoliberalismo "kaputt"?
Aqui no Brasil com certeza não, pois o "presidente" meirelles continua dando as cartas e mantendo a taxa Selic em incríveis 13,75%! E as medidas adotadas pelo governo (?)lula cada vez mais socorrem os que mais se beneficiaram com a política econômica neoliberal.
É interessante ler o artigo do economista Carlos Eduardo Carvalho, publicado no jornal "Valor Econômico":

A intervenção estatal na crise e o chamado neoliberalismo

Carlos Edurardo Carvalho
11/12/2008

A vigorosa intervenção estatal no enfrentamento da crise financeira nos países centrais deu lugar a avaliações de que o chamado neoliberalismo estaria derrotado. Não é assim. O que se convencionou chamar de neoliberalismo nunca pressupôs Estado fraco nos países centrais e nunca o enfraqueceu. A receita era para as periferias do mundo, onde encontrou adeptos fervorosos, com resultados quase sempre muito negativos.

Nos países centrais, a onda neoliberal desencadeada 30 anos atrás buscou e conseguiu ampliar a capacidade de intervenção discricionária do Estado, e não o oposto. Tratava-se de liberar o Estado de compromissos com a democracia e com os direitos sociais e econômicos da maioria dos cidadãos. Nada de Estado fraco! Ao contrário, Estado ainda mais forte e mais ágil para cuidar dos interesses da grande finança, do grande capital.
É exatamente o que ocorre agora. Diante de grave crise financeira, a principal forma de intervenção estatal é a emissão de grandes quantidades de moeda, para inflacionar mercados ameaçados pela forte desvalorização de ativos e para impedir a quebra de setores produtivos inteiros. A “injeção de liquidez”, eufemismo para ocultar a emissão monetária, demonstra a força do Estado nas economias centrais, e por mais de um motivo relevante.
Um deles é a capacidade de colocar dinheiro público em circulação em quantidades inusitadas e de forma discricionária, sem ter dúvidas de que essa moeda será aceita pelo sistema econômico e pelos cidadãos. Nos países centrais, os governos contam com demanda garantida pelo seu dinheiro quando decidem ampliar a oferta. Nesses momentos, simplesmente ignoram teses e dogmas sobre a necessidade de regras e de evitar a discricionariedade na conduta do setor público. Estas teses e dogmas ocupam intermináveis preleções e modelagens matemáticas nas universidades que seguem os cânones do mainstream econômico, mas de nada servem em momentos de crise. Nos países centrais, as elites intelectuais, políticas e financeiras sabem que esta produção acadêmica de suas universidades não serve para nada nos momentos em que é necessário tomar decisões com grande grau de incerteza.
Outro motivo, igualmente relevante, é a capacidade de ocultar a natureza do que está sendo feito. O debate público sobre a crise e o noticiário da imprensa evitam sistematicamente a palavra “emissão”. Fala-se de “injeção de liquidez”, como se houvesse dinheiro em um cofrinho nos Bancos Centrais, pronto para ser inoculado na economia. A palavra emissão não pode ser pronunciada. Aceitar que se trata de emissão enfraqueceria o dogma da “austeridade monetária e fiscal”, tão importante para disciplinar as elites políticas e intelectuais dos países da periferia.
A capacidade de disciplinar a semântica, de selecionar as palavras utilizadas para discutir a crise, delimita o campo de discussão e as alternativas que entram em disputa. Afinal, por que não se poderia emitir dinheiro à farta para garantir seguro-desemprego para todos os cidadãos atingidos pela crise? Ou para socorrer os que perderam suas casas? Ora, isso seria emitir dinheiro e provocar desequilíbrio fiscal e inflação, ou risco moral. Fazê-lo para bancos e mercados é outra coisa, é “injeção de liquidez”.
Essa força do Estado, contudo, não significa que o neoliberalismo tenha sido uma fantasia, uma figura de retórica. Ao contrário, trata-se de um ideário muito forte e poderoso, gestado, como se sabe, em reação aos avanços da democracia e dos direitos sociais e econômicos depois da Segunda Guerra.
O neoliberalismo realmente existente, contudo, não foi uma volta ao passado liberal. O prefixo “neo” se justifica inteiramente por se tratar de liberalização com Estado forte e intervencionista, capaz de atuar na área econômica de forma ampla, discricionária e seletiva, como agora, e capaz também de abandonar áreas em que intervinha fortemente, como os direitos sociais e econômicos, apontados como impossíveis de manter por conta da chamada “globalização”. Trata-se de uma obra de engenharia social e política impressionante, em que a ação do Estado é ocultada e é designada pelo que não é.
O neoliberalismo é forte por ser um paradigma amplo e poderoso, mas também muito flexível. Muitas vezes se afirmou que o ideário neoliberal significava caminho único e sem alternativas. Essa afirmação é caso típico de meia verdade: o neoliberalismo é ideologia única, sim, mas capaz de abrigar políticas econômicas as mais variadas. Basta lembrar o que fez o governo dos EUA e seu Banco Central nos últimos oito anos, políticas agora criticadas pelo que tiveram de original e de polêmico, em meio à adoção de novas políticas originais e polêmicas.
O paradigma neoliberal continua pautando os debates sobre o enfrentamento da crise e sobre as mudanças nas instituições e nas políticas econômicas. Não se cogita rever a precarização do trabalho, por exemplo, ou o direito dos Bancos Centrais de emitir dinheiro e comprar ativos desvalorizados sem prestar contas a ninguém, ou a responsabilização dos governos centrais pelos danos que os capitais especulativos trazem aos países periféricos com a desregulamentação financeira.
A crise atual é provavelmente a maior e mais grave desde a depressão dos anos 1929-1933, mas felizmente ainda está muito distante daquela em termos de efeitos econômicos e sociais. As semelhanças são fracas e há a solidez do dólar como reserva mundial. Pode ser este um motivos para ainda não ter dado lugar a questionamentos fortes sobre os paradigmas de política econômica dominantes. Para tanto, talvez seja necessário um agravamento ainda maior dos problemas, a ponto de tornar insuficiente a aplicação desordenada de receitas aprendidas décadas atrás.
Ou talvez as idéias novas não surjam porque a crise ainda não despertou conflitos políticos graves. Até agora as reações das vítimas são tímidas e localizadas. A força do paradigma neoliberal continua ajudando a manter a ordem, enquanto as elites políticas centrais e a grande finança mundial definem políticas para conter os problemas e preservar seus interesses.
Carlos Eduardo Carvalho, economista, é professor da PUC/SP - cecarv@pucsp.br

Anônimo disse...

Mau informado? Não.

Os grandes acionistas da Petrobras não são os mesmo da Vale.

Até porque a Petrobras conseguiu resistir a barbárie da equipe do FHC que se encarregou da privataria.

Lembrando 8 diretores do Banco do Brasil do Governo FHC, assim como quatro diretores do Banco Central já foram condenados!

Agora ir para cadeia já é outra conversa para o Daniel Dantas explicar.

Claudio Dode

Anônimo disse...

Para o Maia, até o esgoto da Casa do FHC é cheiroso....põe facista nisto.....

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