Presidente adota concepção de soberania da risível dupla Jobim-Mangabeira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que o Brasil precisa montar uma estratégia de defesa pensando não em guerra, mas “em se defender”. Segundo ele, esse é o motivo do lançamento, na última semana, do Plano de Defesa Nacional. Para Lula, a indústria de defesa no Brasil está desmontada e precisa ser reorganizada.
“Um país que acaba de descobrir reservas imensas de petróleo em águas profundas, que tem a Amazônia para defender, precisa montar uma estratégia de defesa não pensando em guerra, mas pensando em se defender mesmo. Em garantir o seu patrimônio, em garantir a tranqüilidade da sociedade brasileira”, disse.
Segundo Lula, o país precisa de um Ministério da Defesa “que realmente seja um Ministério da Defesa. “É um projeto a longo prazo, não é uma coisa que vai acontecer em dois dias ou em dois anos. O Brasil precisa estar efetivamente preparado”, avaliou. A informação é da Agência Brasil.
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O tema acima já foi tratado aqui no blog, embora o personagem fosse o ministro Nelson Jobim e não o presidente Lula. Mas não importa, nota-se que o lulismo de resultados está monolítico na concepção de uma soberania puramente militarista-comercial (a fim de entrar com mais agressividade no circuito internacional do comércio de armas e munições). A garantia do patrimônio do pré-sal, por exemplo, deve resultar de um plano de defesa de viés belicista e militarista, e não de uma concepção política que leve em conta os múltiplos aspectos da soberania cidadã.
Semana passada, ainda, a ANP – aquele reduto de entreguistas – promoveu leilão de jazidas pretrolíferas que são lesivos ao interesse nacional. A Petrobras, hoje, é apenas 50% estatal.
Portanto, de nada vai adiantar um Plano de Defesa Nacional dito moderno e atualizado tecnologicamente se as riquezas naturais brasileiras continuarem sendo objeto de valor de troca por parte dos grandes players internacionais de energia espertamente associados a discretos operadores nacionais.
O governo Lula, a rigor, não busca a soberania tout court, mas adota o discurso da soberania como mera justificação patrioteira para dar incentivos ao complexo industrial-militar do Brasil associado e tecnologicamente dependente dos grandes expoentes norte-americanos do setor. Mais: a concepção de defesa da dupla Jobim-Mangabeira Unger é uma concepção subalterna aos interesses geopolíticos norte-americanos.
É de lamentar que o presidente Lula arrisque manchar a sua biografia embarcando na aventura ao mesmo tempo belicista e negocial da dupla Bolão e Azeitona, Nelson Jobim/Mangabeira Unger.
Ademais, quem é o presidente Lula para falar em soberania? Ele, que abriu mão de sua soberania no que diz respeito aos assuntos da política monetária e fiscal, perde totalmente a autoridade para vir falar em soberania, muito menos por esse viés obsoleto de um militarismo pré-Guerra Fria, fuleiro e risível.
Quer falar em soberania e defesa dos interesses nacionais? Muito bem. Então, trate de verificar o que anda fazendo a Agência Nacional de Petróleo, presidente Lula. Trate de chamar o presidente Meirelles e peça a ele que explique o fato de o Brasil exibir as mais altas taxas de juros do planeta, especialmente agora que o mundo se prepara para uma recessão profunda e prolongada.
Faça com que o presidente Meirelles se explique, ato contínuo, demita-o, senhor presidente dos justos e merecidos 80% de popularidade!
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que o Brasil precisa montar uma estratégia de defesa pensando não em guerra, mas “em se defender”. Segundo ele, esse é o motivo do lançamento, na última semana, do Plano de Defesa Nacional. Para Lula, a indústria de defesa no Brasil está desmontada e precisa ser reorganizada.
“Um país que acaba de descobrir reservas imensas de petróleo em águas profundas, que tem a Amazônia para defender, precisa montar uma estratégia de defesa não pensando em guerra, mas pensando em se defender mesmo. Em garantir o seu patrimônio, em garantir a tranqüilidade da sociedade brasileira”, disse.
Segundo Lula, o país precisa de um Ministério da Defesa “que realmente seja um Ministério da Defesa. “É um projeto a longo prazo, não é uma coisa que vai acontecer em dois dias ou em dois anos. O Brasil precisa estar efetivamente preparado”, avaliou. A informação é da Agência Brasil.
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O tema acima já foi tratado aqui no blog, embora o personagem fosse o ministro Nelson Jobim e não o presidente Lula. Mas não importa, nota-se que o lulismo de resultados está monolítico na concepção de uma soberania puramente militarista-comercial (a fim de entrar com mais agressividade no circuito internacional do comércio de armas e munições). A garantia do patrimônio do pré-sal, por exemplo, deve resultar de um plano de defesa de viés belicista e militarista, e não de uma concepção política que leve em conta os múltiplos aspectos da soberania cidadã.
Semana passada, ainda, a ANP – aquele reduto de entreguistas – promoveu leilão de jazidas pretrolíferas que são lesivos ao interesse nacional. A Petrobras, hoje, é apenas 50% estatal.
Portanto, de nada vai adiantar um Plano de Defesa Nacional dito moderno e atualizado tecnologicamente se as riquezas naturais brasileiras continuarem sendo objeto de valor de troca por parte dos grandes players internacionais de energia espertamente associados a discretos operadores nacionais.
O governo Lula, a rigor, não busca a soberania tout court, mas adota o discurso da soberania como mera justificação patrioteira para dar incentivos ao complexo industrial-militar do Brasil associado e tecnologicamente dependente dos grandes expoentes norte-americanos do setor. Mais: a concepção de defesa da dupla Jobim-Mangabeira Unger é uma concepção subalterna aos interesses geopolíticos norte-americanos.
É de lamentar que o presidente Lula arrisque manchar a sua biografia embarcando na aventura ao mesmo tempo belicista e negocial da dupla Bolão e Azeitona, Nelson Jobim/Mangabeira Unger.
Ademais, quem é o presidente Lula para falar em soberania? Ele, que abriu mão de sua soberania no que diz respeito aos assuntos da política monetária e fiscal, perde totalmente a autoridade para vir falar em soberania, muito menos por esse viés obsoleto de um militarismo pré-Guerra Fria, fuleiro e risível.
Quer falar em soberania e defesa dos interesses nacionais? Muito bem. Então, trate de verificar o que anda fazendo a Agência Nacional de Petróleo, presidente Lula. Trate de chamar o presidente Meirelles e peça a ele que explique o fato de o Brasil exibir as mais altas taxas de juros do planeta, especialmente agora que o mundo se prepara para uma recessão profunda e prolongada.
Faça com que o presidente Meirelles se explique, ato contínuo, demita-o, senhor presidente dos justos e merecidos 80% de popularidade!
14 comentários:
Uma dos aspectos mais retrógados que existe no mundo de hoje é o conceito marxista e marxiano de soberania. Ele se confunde inteiramente com os interesses corporativos que tomaram conta do ineficiente Estado brasileiro. São os defensores do status quo. Esses são os verdadeiros conservadores.
Tá certo, sabichão. Então pergunta ao seu Bush ou ao seu Obama o que eles acham de soberania nos States. A ferida narcísica dos States é a agressão do 11 de Setembro e isso embala a indústria de guerra do país, sempre tudo envolto na ideologia da pátria, do amor imorredouro pelos pais fundadores, pela democracia, o escambau.
A dupla caipira Jobim/Unger, muito bem apanhado pelo blogueiro, quer repetir um pouco isso por aqui, mas com propósitos de comer muuuuiiito queijo. Se vc estiver se referindo a soberania como ideologia canalha dos vendedores de armas, muito bem, vc pelo menos uma vez está certo, pseudônimo.
Ah, e isso não tem nada de marxista.
Feil vem se superando dia-a-dia.
Esta leitura da conjuntura sobre o conceito de soberania lulo/jobinista/tucanista é de deixar qualquer petista - desde que bem intencionado, claro - rubro e desconfiado. Pelo mínimo.
Realmente seu Maia... O que importa mesmo é o triunfante e progressiata pensamento capitalista neo-liberal de soberania. Que está impondo ao mundo um período obscuro, uma porta sem saída. Onde o que importa mesmo, nem que isto afete inocentes, é o lucro (muito lucro). O resto, que se foda.
Meu inestimável Maia (não saberia o que seria minha vida sem seus pensamentos). Me explica, como tu pode provar que o Estado brasileiro é "ineficiente"? Foi na Zero Hora que tu viu isso? ou foi tu mesmo que "pensou"?
Existe uma imposição do lado bom da força (o capitalismo, de resultados), e é preciso perceverar, espero que o Maia ajude a repassar este pensamento de "soberania marxista".
Demitir o Meirelles do Banco Central do Brazil (escrevi com z? então escrevi bem) é o mesmo que renunciar. O Lulla É o Meirelles. No outro dia o governo acaba.
Sonhar não custa nada ... é bonito como samba enredo.
Flics
O sr. luís inácio perpetrou, hoje, outro de seus discursos comovedores/patéticos, em rede nacional de televisão, afirmando que a nossa crise não é como a dos outros, e solicitou ao povo que compre, continue comprando, apesar da crise.
Ao invés destes discursos para engambelar trouxas, seria melhor que o sr. luís inácio ordenasse ao "seu" presidente do bacen a imediata baixa dos juros mais altos do planeta, e promovesse um aumento real do salário mínimo e dos benefícios dos aposentados e de lambuja acabasse com a política de ajuda ás empresas que mais lucraram nestes 30 anos de política econômica neoliberal.
sim, vamos comprar, comprar, comprar, consumir até o planeta nos despejar. onde é que vende cd dessa dupla porreta,
bolão & azeitona? quero ad na minha listinha de presentinhos a serem postos no meu sapatinho. uau! também quero mandar pra eles um torpedinho.
Sr. Feil,
estranho este seu posicionamento sobre uma nova política de defesa para o Brasil.
Nâo sejamos ingênuos e inconsequentes. O país tem riquezas que são cobiçadas por outras nações. A própia Amazônia e as reservas do pré-sal, por exemplo.
Não podemos nos dar ao luxo irresponsável de ficarmos totalmente despreparados para uma eventual agressão externa.
Na sua filosofia ultra-esquerdista, ingênua e sonhadora onde se encaixa a atual política de reaparelhamento e fortalecimento vigoroso das forças armadas venezuelanas ? Chavez não é bobo e sabe do que as "nações civilizadas", quando em dificuldades, são capazes de fazer para defender os interesses de seus povos e usando as desculpas mais descabidas.
Como pode um país, como o Brasil atual, que está em grande ascenção econômica e social, rumando rápidamente para uma posição de destaque mundial, deixar de ter o mínimo de força militar, para pelo menos impor um pouco de respeito e temor às "aves de rapina de plantão".
E deixe de ser defensor infantil da filosofia de exclusão simples em ações governamentais: por que faz isto e não aquilo?
Ora meu caro, governar bem, como nosso Lula, significa sim administrar prioridades, como está fazendo e muito bem, mas também ter visão abrangente e de longo prazo, pensar também no planejamento estratégico do país e não na próxima eleição.
Esta é a diferença entre um Estadista, como Lula, de outros "politiqueiros" personalistas e carreristas que aparecem por aí.
Não seja preconceituoso contra o "militarismo" brasileiro. É rancor da Didatura? Hoje provavelmente os novos oficiais tem uma visão mais progressista, democrática e de esquerda que há 30/40 anos.
Também tem preconceitos contra as forças armadas venezuelanas, cubanas, chinesas ou russas? Ou lá é diferente? Eles tem o direito de se defender dos capitalistas selvagens? E nós, não temos este direito? Ou melhor, esta obrigação?
Ainda bem que temos Lula para nos proteger da direita xenófoba e rancorosa, mas também da esquerda radical e infantil.
Se Lula fôsse seguir este esquerdismo doentio e patológico o Brasil não estaria na posição que está hoje.Já teria quebrado há muito, e a direita já o teria derrubado, com o grande auxílio da mídia e da esquerda "xiita", que nestas horas sempre serve de "inocente útil", ou isto não é verdade histórica?
Talvez aí estivesse satisfeito, pois poderia ficar apregoando eternamente seus sonhos, sem nenhum compromisso de fazê-los acontecer. Sonhar e praguejar contra é muito mais fácil do que lutar e construir, não é mesmo?
Não desperdiçe sua boas intenções e ideais em ações dispersivas, que acabam jogando contra o sucesso do objetivo prioritário.
Um abraço,
Prezado Márcio Costa, muito obrigado pelos conselhos morais que está me dando.
Vc certamente está embebido do espírito do bom velhinho.
Agora falemos de soberania, por que o presidente Lula abriu mão da soberania no Banco Central e na política macroeconômica?
Estou aguardando, Márcio Costa.
Saudações!
CF
Márcio, diga uma unica vez que os milicos brasileiros defenderam o país de um agressor externo. De agressores internos tem exemplos de sobra, vide a repressão à luta armada. Mas cite uma única ocasião que a gorilagem de esquerda como voce diz lutou para livrar o Brasil de infiltração ou invasão ou rapinagem externa.
Só uma, Márcio.
Umazinha.
E o cultuado do Pochmann fez um concurso ideológico no IPEA. Quem acha que globalização é sempre danosa e que o neoliberalismo é o grande mal do século tem todas as condições de passar no concurso da corporação estatal. A resposta certa é a mais medíocre. São os mesmos que querem que Lula mude uma política econômica que é a grande responsável pela sua popularidade de mais de 70%.
"Haroldo Lima e a privatização do petróleo brasileiro"
Feil. Se o nosso presidente Lula quer mesmo resguardar a soberania brasileira poderia tomar algumas medidas como:
1 - Auditoria da privatização da Vale do Rio Doce. Na verdade, Lula deveria é anular o leilão da empresa;
2 - Auditoria da privatização do setor elétrico, da telefonia, do siderúrgico.
O resultado destas auditorias, certamente mostraria que o povo brasileiro foi altamente lesado com as privatizações. Isto iria requerer do governo uma medida de reparação de toda a roubalheira.
Ou as privatizações não hipotecaram em muito a soberania brasileira?
O problema é que o governo Lula não quer fazer nada disso. Lula continua privatizando e, assim, entregando a soberania do país. Vide os leilões das reservas de gás e petróleo e a privatização de aeroportos.
- SE A TUCANAGEM/PRIVATISTA CALABARENTA, FOSSE MILITAR, SOMENTE A QUESTÃO DA VALE QUE JULGO O MAIOR CRIME DE LESA-PÁTRIA OCORRIDO EM PINDORAMA,NUM PAÍS SÉRIO TERIA ENFRENTADO CORTE MARCIAL. A REVERSÃO DA PRIVATIZAÇÃO ERA E É UMA QUESTÃO DE HONRA QUE O GOVERNO LULA COVARDEMENTE DEIXOU COMO FAVAS CONTADAS.
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