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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Com a metade da popularidade de Lula, Cristina abre os arquivos da ditadura


E aqui? Nada?

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ordenou a abertura dos arquivos da ditadura militar no país com a retirada da classificação de “segurança” de toda a documentação e informação relacionada às Forças Armadas no período entre 1976 e 1983. As informações são da agência Telam.

O decreto, publicado ontem (6) no Boletim Oficial, determina a abertura das informações e dos documentos ligados à atuação das Forças Armadas, com exceção das que tratam do conflito do Atlântico Sul (Guerra das Malvinas), de “qualquer outro conflito de interesse interestatal” e informações de estratégia militar.

A medida está relacionada com a abertura de processos por violações de direitos humanos durante o período militar, que, segundo o decreto, vão demandar uma grande quantidade de informação e documentação relacionada à atuação das Forças Armadas. A ditadura argentina deixou mais de 30 mil desaparecidos políticos.

Com o decreto, o governo argentino pretende evitar as diferenças de interpretação na análise de pedidos judiciais de acesso aos arquivos da ditadura. De acordo com o texto, a manutenção do critério de “informação de segurança” para os documentos relacionados às Forças Armadas “contraria a política de Memória, Verdade e Justiça que o Estado argentino vem adotando desde 2003”.

Além da presidente Kirchner, o decreto foi assinado pelos ministros argentinos da Justiça e da Defesa.

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A presidente argentina, Cristina Kirchner, bem menos popular que o presidente Lula teve suficiente soberania, ou algo do gênero, para tomar essa decisão histórica na Argentina.

Abrir arquivos da ditadura, rever a Anistia para os crimes comuns perpetrados pelos agentes a serviço do Estado, punir criminosos do Estado, tudo isso ainda é tabu no Brasil.

O pior, no nosso caso brasileiro, é que os militares mais jovens, que não tiveram participação alguma nos atos golpistas, discricionários e mesmo sanguinários dos seus colegas mais antigos, ainda assim ou se omitem ou apoiam a impunidade dos que cometeram crime comum no exercício de sua profissão.

A corporação militar brasileira prefere assumir por inteiro o crime de alguns poucos do que submetê-los ao processo judicial que o republicanismo exige. A História está registrando e um dia virá a devida cobrança.

4 comentários:

Noiram disse...

Além dessa musa inspiradora o Lula tem a OAB ao lado seu lado e nada:

http://www.oab.org.br/noticia.asp?id=18814

Anônimo disse...

Lulinha neoliberal não vai abrir arquivo nenhum.

Anônimo disse...

Achei preciso esse título do post. É basicamente o que eu sempre esperei deste governo, que usasse sua popularidade para fazer as reformas que o país espera e precisa há anos. Note-se: sem golpear a constituição, como faz Chavez. Mas simplesmente aproveitando o apoio popular para mandar reformas profundas para serem votadas democraticamente no Congresso. Analisando friamente, o governo FHC, com uma oposição muito mais feroz e atenta, foi mais ousado em reformas do que o governo Lula! Fez mudanças estruturais mais profundas que o atual governo, que poderia ter feito, por exemplo uma grande e defintivia reforma agrádia no campo, com o apoio popular que tem. Coisas da vida, como diz o blogueiro.

Diego Novaes disse...

Olá Cristóvam,

Sobre o topo do seu blog, fiz algumas charges interessantes sobre esse canalha que é o Boris Casoy.

Está convidado a visitar meu blog, comentar se quiser e publicar as charges onde se interessar.

Abraço!

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