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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Políticas sociais para a juventude chegaram muito tarde ao Brasil
A constatação é de uma pesquisa do Ipea
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, disse que o Brasil “chegou tarde” do ponto de vista das políticas públicas para a juventude. Hoje (19), o instituto lançou a pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil, que analisa a situação dessa população em relação ao acesso a diversos direitos, como educação, saúde, cultura e segurança. A informação é da Agência Brasil.
“Mesmo com a Constituição de 1988, ganhou mais importância o tema da criança e do adolescente. Há uma série de êxitos nas políticas para esse segmento, no entanto a inserção dos jovens nas políticas públicas é algo muito recente ”, apontou.O Brasil possui hoje uma população de 50 milhões de jovens (entre 15 e 29 anos), o que representa 26% do total de 190 milhões de brasileiros. O estudo do Ipea aponta, poe exemplo, que 31% podem ser considerado pobres e apenas 13% têm acesso ao ensino superior na faixa etária dos 18 aos 24 anos.
Na avaliação do diretor de estudos e políticas sociais do instituto, Jorge Abrahão, a juventude entrou na agenda de políticas públicas somente no final dos anos 90. Segundo ele, nos últimos anos a “institucionalização” dessas políticas resultaram em melhoria para o jovem. Ele cita como pontos importantes a criação da Secretaria Nacional da Juventude e do Conselho Nacional da Juventude, em 2005.
“Avançamos muito mais nos últimos cinco anos do que se fez em décadas no Brasil. O país entrou tarde na atenção ao jovem, mas entrou forte. Temos uma longa trajetória pela frente”, defendeu o secretário nacional da juventude, Beto Cury.
Mas Pochmann acredita que falta coordenação e articulação entre as diversas políticas públicas voltadas para a juventude. “Elas padecem de um problema que é a baixa coordenação. Temos programas em diferentes ministérios no governo federal e diversas políticas em âmbito estadual e municipal. Sem uma coordenação, a capacidade ser eficiente e reduzir custos fica comprometida”, afirma
O relatório da pesquisa do Ipea - na íntegra - está aqui, com 320 páginas.
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4 comentários:
Cristóvão,
Bem-vindo de volta! ;)
Minha esposa foi mãe adolescente e não pôde fazer uma faculdade porque ela e o ex precisavam trabalhar e moravam em uma zona humilde, porém não violenta e não favelizada.
O filho dela (hoje com 22 anos) se criou com outros meninos sem vícios na mesma zona (Partenon, perto do Carrefour da Bento). Embora sejam gente boníssima, não tiveram nenhum exemplo de superação ou nenhuma convivência com pessoas de classe AB (nem mesmo com os mais guerreiros e estruturados da C). É muito difícil ter iniciativa se não existe influência em um ambiente de visão de mundo muito estreita.
De maneira geral, ONGs e políticas públicas (quando existem, se são minimamente decentes) privilegiam apenas mulheres, idosos, crianças e a classe E. Aquela zona de interstício entre as classes C- e D+ está totalmente desassistida.
Hoje, aos 22 anos, concluiu o 2º grau com supletivo e estudou a vida inteira em péssimas escolas públicas (não que as particulares sejam muito melhores). Ele escreve e fala muito mal. Aliás, ela perdeu os pais cedo, aos 20 e poucos anos. Hoje, se vê desestimulado intelectualmente para algo mais do que um curso técnico e não possui condições de pagar por uma faculdade de baixa barreira de entrada, pois trabalha como garçon em Gravataí.
Nesse ponto, o Governo Lula só está gerando consumo interno para a classe C a partir da exportação de commodities. Essa falta de assistência ao jovem (apesar de arrotarem as escolas técnicas cujo teste pra entrar é mais concorrido do que muitos vestibulares de universidades federais) e a transformação do Brasil em um fazendão fazem do crescimento do país algo infelizmente temporário.
[]'s,
Hélio
MADAME MIDIA VIVE ATAQUE DE NERVOS
A mídia à beira de um ataque de nervos
Do Observatório da Imprensa
OS ESPELHOS, O HORROR
Mídia à beira de um ataque de nervos
Por Alberto Dines em 19/1/2010
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/01/20/a-midia-a-beira-de-um-ataque-de-nervos/#more-45434
A mídia brasileira está sendo vítima de um surto da síndrome do pânico: está com horror ao espelho. Berra e esperneia quando alguém menciona a organização de conferências ou debates públicos sobre meios de comunicação, imprensa, jornalismo. Apavora-se ao menor sinal de controvérsias a seu respeito, por mais úteis ou inócuas que sejam. Parece ter esquecido que o direito de ser informado é um dos direitos inalienáveis do cidadão contemporâneo. O Estado Democrático de Direito garante a liberdade de expressão e o acesso universal à informação.
A instituição criada para impedir unanimidades, o poder instituído para promover o pluralismo, o bastião do Estado Democrático de Direito, agora se sobressalta e entra em transe quando pressente outros holofotes tentando focalizá-lo.
(apenas alguns trechos ...)
A síndrome do pânico voltou a manifestar-se intensamente no último fim de semana – e não por causa da catástrofe do Haiti –, quando o Estadão descobriu que em março começará uma nova conferência nacional, desta vez para discutir cultura. Deus nos acuda, horror. Cultura? Chamem o Goering! Na pauta menciona-se a necessidade de promover a regionalização da produção televisiva e aparece a expressão maldita “monopólio de comunicação”.
Tremendo de medo, lívida, cheirando seus sais, Madame Mídia convocou o seu zorro preferido: o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ, ex-ministro das Comunicações do atual governo, o mesmo que pediu a impugnação integral da Lei de Imprensa, esquecido de que algumas de suas cláusulas eram indispensáveis para evitar o vácuo legal). O herdeiro de Chagas Freitas, ex-colunista especializado em pedir votos aos funcionários públicos, desinteressado como sempre, investiu imediatamente em defesa da aterrorizada mídia negando a existência de qualquer monopólio nos meios de comunicação.
Qualé, seu Miro – já esteve em Santos? Sabe o que se passa na maioria das capitais do Norte-Nordeste? Já examinou a situação das nossas cidades médias onde a principal emissora de TV é também a principal acionista do maior diário? Conhece os regulamentos da Federal Communications Commission (FCC) americana que impedem a propriedade cruzada de veículos na mesma região?
A síndrome do medo tem várias causas e várias terapias. Fármacos resolvem. O divã, porém, é mais eficaz.
Palanque de Dilma, por estados, em 2010:
Tarso Genro, Guilherme Cassel, João Pedro Stedile e Miguel Rossetto no Rio Grande do Sul. Ideli Salvatti e Altemir Gregolin em Santa Catarina. Paulo Bernardo e Dr. Rosinha no Paraná. Paulo Maluf, José Dirceu, José Genoíno, Antônio Palocci, Romeu Tuma, Aloízio Mercadante, Eduardo Suplicy, Paulinho da Força, Marco Aurélio Garcia e Paulo Vannuchi em São Paulo. Sérgio Cabral, Anthony Garotinho, Carlos Lupi, Eduardo Cunha, Marcelo Crivella, Paulo Duque, Benedita da Silva, Roberto Jefferson e Franklin Martins no Rio de Janeiro. Wellington Salgado, Hélio Costa, Newton Cardoso, Anderson Adauto, Fernando Pimentel, Edmar Moreira e Walfrido Mares Guia em Minas Gerais. Blairo Maggi em Mato Grosso. Zeca do PT em Mato Grosso do Sul. Delúbio Soares e Iris Rezende em Goiás. Marcelo Miranda no Tocantins. Almeida Lima em Sergipe. Fernando Collor e Renan Calheiros em Alagoas. José Maranhão na Paraíba. Severino Cavalcanti e Humberto Costa em Pernambuco. José Sérgio Gabrielli, Geddel Vieira Lima e Jacques Wagner na Bahia. Henrique Eduardo Alves no Rio Grande do Norte. Cid Gomes, Inácio Arruda e Luizianne Lins no Ceará. Alfredo Nascimento no Amazonas. Romero Jucá em Roraima. Valdir Raupp em Rondônia. Sibá Machado no Acre. Gilvam Borges no Amapá. Joaquim Roriz, Gim Argello e, daqui a pouco, José Roberto Arruda no Distrito Federal. Ana Júlia Carepa e Jáder Barbalho no Pará. Edison Lobão, Roseana Sarney e Epitácio Cafeteira no Maranhão. José Sarney no Maranhão e no Amapá.
E por falar em políticas públicas para a juventude é impressionante a o contorcionismo que faz o PRBS para apoiar as atividade$ do desgoverno da Yeda.
Hoje sob o titulo de "Complexo da Fase com os dias contados" eles defendem a insensatez de um negócio gerado nas entranhas do governo de resultado$, a da negociação dos terrenos da FASE.
Distorcendo a realidade da aparente negociata em curso diz: "A primeira vista, o principal benefício é a redução do sofrimento dos familiares e internos". e arremata como ornamento principal: "Trata-se do sepultamento simbólico da antiga Febem."
Desde quando o cumprimento do ECA está vinculado aos interesses dos especuladores?
Claudio Dode
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