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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

sábado, 19 de setembro de 2009

A República de Bagé



Uma fresta de oxigênio no ar enfumaçado de Setembro

Quero recomendar a leitura do artigo do professor Mário Maestri publicado hoje no suplemento Cultura, do jornal Zero Hora. É um exercício de ficção que imagina como seria a tal república farroupilha idealizada pelos fazendeiros que promoveram a guerra civil de 1835 a 1845, no RS. Se é que se poderia chamar de república a um Estado que fosse tolerante com o regime escravagista.

O divertido texto do professor Maestri é uma fresta de oxigênio puro neste mês de Setembro consagrado pelo pensamento hegemônio guasca a churrascadas, galponadas, bostejadas, gaitadas, bombachadas, carreteiradas, linguiçadas, setembrinadas, alaridos festeiros, cantorias primárias (no ar denso da fumaça do atraso) e manifestações impositivas (autoritárias) da unidimensionalidade do homem pampeano - o gaúcho.

Leia o artigo do professor Maestri aqui.

O curioso é que os editores de ZH/Cultura (a cultura na RBS é sabatista, e só) fazem questão de classificar o artigo como "Ficção". Parece que eles temem que algum boi-corneta, leitor contumaz de ZH, vá supor que trata-se de uma crônica do Rio Grande atual.

10 comentários:

Anônimo disse...

Se vivo fosse, Bento Gonçalves seria o presidente da Farsul....

Garibaldi disse...

Tsk, tsk, Bento seria presidente do Detran, como bom ladrão de cavalos que foi.

K.T.E. disse...

Sério, por que o PT tem tanta birra com o gauchismo?

Anônimo disse...

Bento faria parte do desgoverno da Yeda, seria o Chefe de Gabinete ou da Casa Civil. . . como bom abigeatário que foi, seria um bom angariador de fundos pra campanhas, compra de casas, tal e coisa e coisa e tal. . . ou até mesmo relator da CPI. . . cambada. .

giovani montanher madruga disse...

não resisti, fui ler. realmente muito bom.
é pura lógica e ironia o texto. não há o que dizer, seria o retrato exato da grande república do pampa.

Anônimo disse...

acho que é o único povo no mundo que comemora ter levado uma sumanta humilhante...
bah!!!
por isso votam nas yrc, nos simon, nos zé do detran, nos padilha e em sujeitos como os picaretas da base aliada.
ê povinho bunda!!!

Nelson Antônio Fazenda disse...

Bostejada e boi-corneta. Você "foi no rim", Feil.
Excelente.
Quanto ao texto do Maestri, ainda não li, mas lerei. Ele costuma escrever muito bem.
Em tempo. Não sou um seguidor fiel, mas gosto muito da cultura gaúcha, da música.
O que enche o saco é essa mania que temos, muitos de nós, de achar que estamos um degrau acima dos outros, que somos mais politizados, mais honestos e coisa e tal. Os nordestinos, por exemplo, seriam todos vagabundos.
Na realidade, na média, somos iguais aos demais; em alguns quesitos somos um pouco melhores, em outros somos um pouco piores.

Anônimo disse...

não esqueçam:
amanhã é dia de vaiar a governadora-ré, quem puder se apresente prá tarefa!

Luciano Reis disse...

Saudações.
Vamos considerar este trecho do hino rio-grandense:"Mas não basta para ser livre / Ser forte, aguerrido e bravo / Povo que não tem virtude / Acaba por ser escravo".
De nada adianta enfiar a cabeça na areia e achar que (da mesma forma que os alienados estadounidenses) somos o melhor povo que existe (a última bolachinha do pacote!), sem nem chegar perto de merecermos tal distinção. Enquanto formos omissos e coniventes com esta horda autoelitizada(leia-se ruralistas, empresários e seus respectivos lacaios na política, entidades e mídia) não teremos alcançado as virtudes que nos possibilitem sermos realmente livres. O orgulho de ser gaúcho não deve cegar o vivente, ao ponte dele virar capacho de qualquer patrãozinho de merda!
Um abraço.

Anônimo disse...

O Artigo é excelente e hilário. Bela dica, Feil.

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