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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pavan pede impeachment porque analisou as provas


Tudo aconteceu no dia 3 de setembro de 2009

O presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), foi a Santa Maria no última dia 3 de setembro, uma quinta-feira. Foi direito para o prédio da 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria. Lá, analisou os documentos da ação de improbidade administrativa contra a governadora Yeda Crusius e mais oito réus.

Pavan estava acompanhado do corregedor da Comissão de Ética da Assembleia, deputado Miki Breier (PSB), e de uma equipe técnica. Integravam o grupo, o superintendente da Casa, João Motta, e o procurador Fernando Ferreira, além de uma consultora técnica e um assessor da presidência do legislativo estadual.

Os deputados e a equipe foram a Santa Maria para analisar os 18 volumes de documentos anexos à ação de improbidade, que têm 1.239 páginas iniciais.

A equipe técnica não precisou analisar no próprio local as pilhas de documentos, uma vez que voltaram para Porto Alegre com todos os 18 volumes de anexos, onde estão as provas da ação de improbidade, gravações de áudio, vídeos, provas testemunhais e documentais.

As provas - tão reclamadas pelos aliados da governadora - foram liberadas pela própria juíza Simone Barbisan Fortes. São cópias digitalizadas das informações bancárias, fiscais e financeiras dos réus, entre outras, que estão sob sigilo, nos anexos.

Perante a juíza Barbisan Fortes, os deputados se comprometeram a não divulgar o conteúdo da documentação. Essa é a primeira vez que o conteúdo das provas (os famosos anexos) saiu do recinto da Justiça Federal. Alguns advogados dos réus já haviam tido acesso às informações na 3ª Vara, mas nunca foram liberados para levá-las.

Hoje pela manhã, o presidente Ivar Pavan disse o seguinte, ao dar tramitação à denúncia por crime de responsabilidade contra a governadora:

- Analisando os autos, não há dúvida de que um grande esquema criminoso se organizou no Rio Grande do Sul para desviar recursos públicos. Diante do pedido de impeachment, da minha parte cabe analisar unicamente se há indícios da relação entre a governadora e este esquema criminoso. Analisando os autos, selecionamos, entre muitas citações, 26 situações que revelam fortes indícios da relação da governadora com o esquema. (...) Diante da análise dos autos não resta dúvida de que as condições prévias e mínimas estão presentes no pedido. Assim, admito e dou tramitação à presente denúncia por crime de responsabilidade contra a governadora do Estado por infringência à Lei 1.079 de 1950 - declarou o presidente Ivar Pavan.

Foto: Agência de Notícias da AL/RS, autor não identificado pela agência.

3 comentários:

dejavu disse...

O mais importante é o fato de que técnicos da AL, teoricamente não ligados a partidos, estiveram juntos! Acredito que Pavan jamais botaria a mão em uma cumbuca destas sem ver o que tem dentro! Porém...ah, porém, os deputados yedistas cujos mandatos estão praticamente acabados e com possibilidade de reeleição nula, podem transformar tudo em nada, afinal de contas "são apenas indícios e fatos requentados"!

VICENTINO disse...

PIOR, ESSA DESGOVERNADORA CONTINUA APRONTANDO E A JUSTIÇA NÃO TOMA DECISÕES RÁPIDA PARA APEAR DO PIRATINI ESSA VIGARISTA !!

Anônimo disse...

Yeda só cai se ZH decidir convocar a bovinagem.
Se ZH mandar, no outro dia os velhos conhecidos do site vão aparecer no site achando que a Yeda tem de ir para a cadeia.
Não tem MP, não tem AL, não tem TCE, não tem TJ, nada.
Tudo isso é titica, precisou de uma Dilma encaminhar para a auditoria para se oficiaizar a descoberta do caso do Lindomar Rigotto na CEEE.
O meu ponto é: a cúpula dos três poderes, a casta superior e bem paga do estado, que ganha mais de 20 mil ao mes; essa gente sabe bem o que se passa, sempre teve noção de tudo, mas só se move segundo o que lhe passa escrito e formalizado em processos.
São os mais caros e inúteis eunucos que podíamos ter aos nossos serviços.
Se a ZH decidir que é bom, vai ter impedimento.

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