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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Universidade pública só admite software proprietário


Inacreditável! Inacreditável! Inacreditável!

Dando uma volta pelo portal web da Editora/Livraria/Biblioteca da UFRGS me deparei com isso, um selo com uma logomarca comercial da Microsoft e uma advertência, quase uma ameaça: Compatível somente com Internet Explorer (Windows).

Faltou o alerta: Fora! Não se atreva!

A UFRGS é uma Universidade pública federal, por que só admite software proprietário e navegador do senhor Bill Gates? Qual o problema de admitir o sistema Linux e o navegador Firefox? Por acaso a Microsoft exige essa postura antipática com o usuário/estudante? A Universidade pública oferece alguma contrapartida em troca de vantagens na adoção do sistema proprietário? O MEC já tomou conhecimento dessa situação excludente e intolerante na UFRGS?

São questões para as quais eu gostaria de obter respostas, eu e os 24 mil estudantes da Universidade.

11 comentários:

Anônimo disse...

deve ter instruções que não funcionam adequadamente (ou nem funcionam) com o firefox ou outros navegadores...

Anônimo disse...

Não me lembro de nenhum site da própria Microsoft que não funcione com a dupla Linux+Firefox. Além disto existem padrões a serem seguidos na construção de um site para que ele funcione em qualquer navegador.

Este tipo de problema é pura incompetência do pessoal de TI da Universidade.

Anônimo disse...

Ou o webmaster só sabe programar para Internet Explorer!

Anônimo disse...

A UFRGS não é um buteco que o webmaster fala só uma linguagem e tem só um webmaster operando.
Acho isso o fim da picada. Os caras comem na mão do Bill.

Anônimo disse...

Cristóvão,

Muito provavelmente, não deve existir uma equipe de design de interface, arquitetura da informação e desenvolvimento web em linguagens que tornam o site muito mais bonito, funcional e rápido.

Como quase tudo na UFRGS, o site da editora pode ter sido feito por um guri que, por força do hábito ou para buscar obter algum endosso, colou o selo do IE ali e ninguém supervisionou.

Não existe política estratégica de comunicação, comércio eletrônico, banco de dados, matrícula online (mais ágil do que a que existe - que, aliás, chegou com pelo menos uma década de atraso) e, acima de tudo, um uso racional, inteligente, viral de redes sociais a custo baixo para a universidade.

Além disso, nem tanto ao mar, nem tanto à terra: há uma porção de aplicativos importantes destinados a muitos nichos significativos da sociedade sem versão em software livre.

Particularmente, se a Microsoft faz produtos de baixa qualidade e cobra caro pelas licenças como se fosse a última bolachinha do pacote; e se as distribuições de Linux, instalação de software e configurações fossem padronizadas (embora atualmente exista algo mais próximo daquilo que se deveria ter na plataforma, que é um padrão), eu prefiro anos-luz pagar mais caro por um Mac e usar o Mac OS X.

Nem sempre uma solução proprietária e mais cara é 'predatória'. A facilidade de uso e a menor chance de ter que pagar alguém pra instalar software ou da máquina apresentar defeito, dependendo do uso, podem fazer de uma solução Apple uma escolha até mais econômica.

Isso se chama TCO, ou custo total de propriedade. Em bom português, pagar pra não se incomdar e, ao mesmo tempo, sentir um estímulo a mais pra explorar a ferramenta ao invés de utilizá-la apenas burocraticamente.

Esse valor imponderável é muito importante.

[]'s,
Hélio

Unknown disse...

Paz e bem!

Uma pequena correção:

O site do Catálogo on-line
do Sistema de Bibliotecas da UFRGS
não exibe esta msg
de compatibliodade exclusiva.

Assim seria bom riscares a referência
à Biblioteca da UFRGS.

K. disse...

Talvez isto esteja relacionado com um convênio que a Microsoft tem com a universidade. Ela fornece os programas básicos e a Ufrgs divulga a marca.
Um aluno que quiser pode até tirar um ruindows na biblioteca pra instalar em casa...

Anônimo disse...

Prezado Eugenio Hansen,

Eu não disse que encontrei o selo no sistema de bibliotecas da Universidade. Leia. por favor, novamente o post. Eu afirmo que estava navegando por esses portais Editora/Livraria/Biblioteca e me deparei com o tal selo. Tanto que o fac-símile que colei acima é da Editora da UFRGS, e não da Biblioteca. Confere?
Mas não deste a tua opinião sobre o tema tratado no post. Gostaria do teu parecer.

Abraço e volte sempre!

CF

Anônimo disse...

- O(S) RESPOSÁVEL(EIS) SÓ DEVE(M) CONHECER O (R)WINDOWS. TENS RAZÃO HÉLIO. SE CONHECESSEM UM MAC SERIA OUTRO DEPARTAMENTO. ALTAMENTE ESPECIALIZADO.

Anônimo disse...

Eu particularmente considero um absurdo o uso de software proprietário em instituições públicas. Acho isso um roubo e uma irresponsabilidade dos governantes. E isso inclui também o MAC. Aliás, acho que nenhuma instituição, seja ela pública ou privada, tem o direito de escolher qual o software que eu devo usar. Os bancos são um exemplo onde a grande maioria dos sites não funciona em outro browser que não seja o IE. Mas isso eles não dizem nas propagandas, claro!!
Belo post!
Viva o software livre!!

Unknown disse...

Cristóvão Feil:

1 Em fev. mesmo repercuti tua denúncia em meu blog Trabalho na UFRGS -- cf. http://trabalhonaufrgs.blogspot.com/2009/02/universidade-publica-ufrgs-so-admite.html --.

2 Registro que a situação continua a mesma hoje, 27 maio 2009.

3 Fica a pergunta:O que podemos fazer para que pelo menos esta situação específica mude?

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