TV Globo envolveu o País num imbróglio internacional
O governo brasileiro não cogita pedir desculpas à Suíça por ter levantado suspeitas de xenofobia no suposto ataque à brasileira Paula Oliveira, no último dia 8, em Zurique. “Não há razão para pedir nenhuma desculpa. O que dissemos é que queremos que haja uma investigação e que, se houver culpados, que sejam eventualmente punidos”, afirmou ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. A informação é da Agência Brasil.
Paula alega ter sido agredida por neonazistas que teriam tatuado em sua pele, com estilete, a sigla SVP, Partido do Povo Suíço. A versão gerou reação imediata do governo brasileiro. Amorim chegou a dizer que todos os indícios apontavam para “motivações xenofóbicas”.
A polícia suíça, no entanto, contestou a tese e alegou auto-mutilação da brasileira. No último sábado (14), o vice-presidente do SVP, Yvan Perrin, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve um pedido de desculpas à Suíça.
“Nossa principal preocupação é proteger uma cidadã brasileira no exterior e é o que estamos tratando de fazer com todos os meios de que dispomos”, justificou Amorim.
Amorim foi questionado sobre a hipótese de a polícia suíça estar correta e a advogada brasileira ter forjado o ataque por problemas psicológicos. Nesse caso, segundo ele, o Brasil fará um “apelo no sentido humanitário” ao governo suíço. “Há uma diferença muito grande em quem faz algo por um objetivo qualquer de escandalizar ou de criar um problema ou quem faz isso porque teve um problema psicológico, um desequilíbrio”, afirmou.
O ministro também demonstrou preocupação quando ao aumento do preconceito contra imigrantes num momento de recessão internacional. “Naturalmente, quando há uma situação ruim, sempre se busca um bode expiatório e o bode expiatório muitas vezes pode ser o imigrante”, alertou.
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O ministro Celso Amorim não refere quem levantou a ponta deste novelo indigesto, a TV Globo, obedecendo apenas o apetite comercial e fabulatório de seu jornalismo de resultados, tendo optado por seguir o rastro de um alarme falso, originado de uma pessoa com perturbações que não nos compete examinar.
Está aí, como comentamos ontem, a emissora da família Marinho conseguiu envolver o País num imbróglio internacional motivado por uma barriga irresponsável e perigosa.
Os fenômenos da intolerância étnica e o chauvinismo ideologizado são fortes e crescentes na Europa, mas não é divulgando notícias falsas que a Globo ficará atualizada com os problemas sociais do mundo contemporâneo. Existem centenas de milhares de brasileiros na Europa, EUA e Japão que certamente passam por dramas sociais, políticos e psicológicos muito mais efetivos e severos do que a advogada pernambucana em Zurique.
Eu diria que a Globo acertou o objeto mas errou o sujeito da história. Talvez um problema derivado da pouca prática no trato das questões sociais. Acontece. Se compreende, mas não se admite.
O governo brasileiro não cogita pedir desculpas à Suíça por ter levantado suspeitas de xenofobia no suposto ataque à brasileira Paula Oliveira, no último dia 8, em Zurique. “Não há razão para pedir nenhuma desculpa. O que dissemos é que queremos que haja uma investigação e que, se houver culpados, que sejam eventualmente punidos”, afirmou ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. A informação é da Agência Brasil.
Paula alega ter sido agredida por neonazistas que teriam tatuado em sua pele, com estilete, a sigla SVP, Partido do Povo Suíço. A versão gerou reação imediata do governo brasileiro. Amorim chegou a dizer que todos os indícios apontavam para “motivações xenofóbicas”.
A polícia suíça, no entanto, contestou a tese e alegou auto-mutilação da brasileira. No último sábado (14), o vice-presidente do SVP, Yvan Perrin, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve um pedido de desculpas à Suíça.
“Nossa principal preocupação é proteger uma cidadã brasileira no exterior e é o que estamos tratando de fazer com todos os meios de que dispomos”, justificou Amorim.
Amorim foi questionado sobre a hipótese de a polícia suíça estar correta e a advogada brasileira ter forjado o ataque por problemas psicológicos. Nesse caso, segundo ele, o Brasil fará um “apelo no sentido humanitário” ao governo suíço. “Há uma diferença muito grande em quem faz algo por um objetivo qualquer de escandalizar ou de criar um problema ou quem faz isso porque teve um problema psicológico, um desequilíbrio”, afirmou.
O ministro também demonstrou preocupação quando ao aumento do preconceito contra imigrantes num momento de recessão internacional. “Naturalmente, quando há uma situação ruim, sempre se busca um bode expiatório e o bode expiatório muitas vezes pode ser o imigrante”, alertou.
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O ministro Celso Amorim não refere quem levantou a ponta deste novelo indigesto, a TV Globo, obedecendo apenas o apetite comercial e fabulatório de seu jornalismo de resultados, tendo optado por seguir o rastro de um alarme falso, originado de uma pessoa com perturbações que não nos compete examinar.
Está aí, como comentamos ontem, a emissora da família Marinho conseguiu envolver o País num imbróglio internacional motivado por uma barriga irresponsável e perigosa.
Os fenômenos da intolerância étnica e o chauvinismo ideologizado são fortes e crescentes na Europa, mas não é divulgando notícias falsas que a Globo ficará atualizada com os problemas sociais do mundo contemporâneo. Existem centenas de milhares de brasileiros na Europa, EUA e Japão que certamente passam por dramas sociais, políticos e psicológicos muito mais efetivos e severos do que a advogada pernambucana em Zurique.
Eu diria que a Globo acertou o objeto mas errou o sujeito da história. Talvez um problema derivado da pouca prática no trato das questões sociais. Acontece. Se compreende, mas não se admite.
2 comentários:
não podemos pular para o outro extremo...ou seja, transformar a suposta vítima em acusada sem que a investigação seja concluída. até onde sei, não apareceram documentos(exames que comprovem que ela não estava grávida. ontem foi noticiado que um psiquiatra teria avaliado a brasileira e considerado que ela estava em perfeito estado de saúde psíquica e que seu relato não apresentava indícios de fraude. acho correto que o governo brasileiro acompanhe o caso de perto, através da sua embaixada na Suíça. o erro ocorre quando brasileiros são barrados no exterior,sofrem arbitrariedades das autoridades locais e ficam sem assistência alguma da embaixada brasileira no respectivo país.
sobre a suposta precipitação do governo brasileiro: http://verbeat.org/blogs/sergioleo/2009/02/o-caso-da-brasileira-na-suica---sobrou-pro-amorim.html#more
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