O Estado (fascistizante) italiano contra Cesare Battisti
Para bem além do mero caso judicial que representa, o caso Cesare Battisti acabou provocando duas reações latentes e que surpreendem pelo arcaísmo de ambas: a) desafios insolentes do governo de direita da Itália à própria soberania brasileira, como que revivendo as relações subalternas e coloniais havidas no século 19 da Europa com a África e a própria América do Sul; b) o novo frescor das velhas consignas anticomunistas da Guerra Fria, agora com linguagem aggiornata a um jurisprudencialismo de ocasião.
O senhor Cesare Battisti é ou foi, sabidamente, um esquerdista, categoria pré-política muito bem definida por Lênin, e sobre a qual pesam débitos de muitos erros e infantilidades da militância voluntarista no mundo todo. Não quero tratar do indivíduo Cesare Battisti, em especial, mas do que ele representa como sujeito político - vá lá - de esquerda, hoje.
Para tanto, vou me valer das lições de Michel Foucault, em aula no Collège de France em 8 de janeiro de 1975, sobre a relação entre Verdade-Justiça e os mecanismos de poder. O pensador francês estuda e apresenta com muita originalidade o que chama de tecnologias de poder que utilizam discursos de verdade para definir as motivações da prática delituosa e a matéria punível. Um dos pressupostos mais imediatos e mais radicais do discurso judiciário é o de que existe uma pertinência, diz Foucault, essencial entre o enunciado da verdade e a prática da justiça.
Neste ponto, então, se cruzam duas ordens institucionais que reforçam de forma combinada os seus estatutos de discursos verdadeiros. Tanto o judiciário, quanto os saberes médicos, psi, e científico em geral criam padrões de normalidade que acabam pautando comportamentos existenciais de todos (ou quase todos) os indivíduos numa dada sociedade. Estão excluídos da "normalidade" atribuída os indivíduos que apresentarem traços como: imaturidade psicológica, personalidade pouco estruturada, má apreciação do real, compensação, produção imaginária, profundo desequilíbrio afetivo, jogo perverso, donjuanismo, bovarismo (representar o que não se é), etc. E claro, não poderiam faltar, as “anormalidades” desviantes do homossexualismo e do comunismo.
Assim, o Estado burguês, a partir desses atributos considerados “cientificamente” como anormais, cria personagens em busca de um autor. No caso, o autor Cesare Battisti, por estar representando papéis de personagens desviantes - comunista, desajuizado em face ao real, praticante de pequenos furtos na juventude, militante de organização proscrita, bovarismo, imaginação profícua, indisciplinado recalcitrante - enquadra-se como uma luva no rol das motivações da prática delituosa. Mas ainda falta a prática delituosa em si, o fato criminoso passível de castigo, porque de per si nenhum desses elementos motivadores do espírito criminoso é crime. Ninguém pode ser acusado e condenado por imaginação copiosa ou por desequilíbrio afetivo, por exemplo. Mas um suspeito de crime de morte, se se ajustar de forma concomitante ao figurino (imoral) dos personagens desviantes, logo é um suspeito que não pode passar impune. Assim, “ninguém é suspeito impunemente” - diz Foucault - especialmente se for duramente acusado por testemunha que tenha sido seu ex-companheiro de organização proscrita (mesmo que este tenha obtido os benefícios da delação premiada).
No final das contas, o condenado pela Justiça já não é mais aquele objeto que obedece ao princípio da convicção íntima do juiz, mas o personagem anômalo que acaba de se confundir com o autor-suspeito - um certo comunista, que gosta de transgressão, que já foi capaz de pequenos delitos na juventude, que ama confusão e que não gosta da sociedade cristã, fraterna, democrática que escolhemos para viver. Foi um personagem que foi condenado, não Cesare Battisti.
Casos como esse - de um obscuro esquerdista italiano de quinta categoria - servem para desnudar o simulacro de Direito/Justiça que temos como componente primordial do sistema de poder, assim como os chamados discursos de verdade - a rigor, um vasto rol de empulhações justificadoras das piores injustiças.
Ficam igualmente nus aqueles adventícios da esquerda, como um certo magistrado, colunista de respeitada revista semanal, que, obsessivo, expõe a cada frase seu reacionarismo mais careta, bem como o venerável patrão desta mesma publicação que envereda pelos becos escuros de uma alma ressentida contra o ministro da Justiça do Brasil - que apenas está cumprindo seu dever cívico de dar refúgio a um injustiçado e perseguido pelo protofascismo de Silvio Berlusconi e seus aliados – inclusive os pós-comunistas.
Para bem além do mero caso judicial que representa, o caso Cesare Battisti acabou provocando duas reações latentes e que surpreendem pelo arcaísmo de ambas: a) desafios insolentes do governo de direita da Itália à própria soberania brasileira, como que revivendo as relações subalternas e coloniais havidas no século 19 da Europa com a África e a própria América do Sul; b) o novo frescor das velhas consignas anticomunistas da Guerra Fria, agora com linguagem aggiornata a um jurisprudencialismo de ocasião.
O senhor Cesare Battisti é ou foi, sabidamente, um esquerdista, categoria pré-política muito bem definida por Lênin, e sobre a qual pesam débitos de muitos erros e infantilidades da militância voluntarista no mundo todo. Não quero tratar do indivíduo Cesare Battisti, em especial, mas do que ele representa como sujeito político - vá lá - de esquerda, hoje.
Para tanto, vou me valer das lições de Michel Foucault, em aula no Collège de France em 8 de janeiro de 1975, sobre a relação entre Verdade-Justiça e os mecanismos de poder. O pensador francês estuda e apresenta com muita originalidade o que chama de tecnologias de poder que utilizam discursos de verdade para definir as motivações da prática delituosa e a matéria punível. Um dos pressupostos mais imediatos e mais radicais do discurso judiciário é o de que existe uma pertinência, diz Foucault, essencial entre o enunciado da verdade e a prática da justiça.
Neste ponto, então, se cruzam duas ordens institucionais que reforçam de forma combinada os seus estatutos de discursos verdadeiros. Tanto o judiciário, quanto os saberes médicos, psi, e científico em geral criam padrões de normalidade que acabam pautando comportamentos existenciais de todos (ou quase todos) os indivíduos numa dada sociedade. Estão excluídos da "normalidade" atribuída os indivíduos que apresentarem traços como: imaturidade psicológica, personalidade pouco estruturada, má apreciação do real, compensação, produção imaginária, profundo desequilíbrio afetivo, jogo perverso, donjuanismo, bovarismo (representar o que não se é), etc. E claro, não poderiam faltar, as “anormalidades” desviantes do homossexualismo e do comunismo.
Assim, o Estado burguês, a partir desses atributos considerados “cientificamente” como anormais, cria personagens em busca de um autor. No caso, o autor Cesare Battisti, por estar representando papéis de personagens desviantes - comunista, desajuizado em face ao real, praticante de pequenos furtos na juventude, militante de organização proscrita, bovarismo, imaginação profícua, indisciplinado recalcitrante - enquadra-se como uma luva no rol das motivações da prática delituosa. Mas ainda falta a prática delituosa em si, o fato criminoso passível de castigo, porque de per si nenhum desses elementos motivadores do espírito criminoso é crime. Ninguém pode ser acusado e condenado por imaginação copiosa ou por desequilíbrio afetivo, por exemplo. Mas um suspeito de crime de morte, se se ajustar de forma concomitante ao figurino (imoral) dos personagens desviantes, logo é um suspeito que não pode passar impune. Assim, “ninguém é suspeito impunemente” - diz Foucault - especialmente se for duramente acusado por testemunha que tenha sido seu ex-companheiro de organização proscrita (mesmo que este tenha obtido os benefícios da delação premiada).
No final das contas, o condenado pela Justiça já não é mais aquele objeto que obedece ao princípio da convicção íntima do juiz, mas o personagem anômalo que acaba de se confundir com o autor-suspeito - um certo comunista, que gosta de transgressão, que já foi capaz de pequenos delitos na juventude, que ama confusão e que não gosta da sociedade cristã, fraterna, democrática que escolhemos para viver. Foi um personagem que foi condenado, não Cesare Battisti.
Casos como esse - de um obscuro esquerdista italiano de quinta categoria - servem para desnudar o simulacro de Direito/Justiça que temos como componente primordial do sistema de poder, assim como os chamados discursos de verdade - a rigor, um vasto rol de empulhações justificadoras das piores injustiças.
Ficam igualmente nus aqueles adventícios da esquerda, como um certo magistrado, colunista de respeitada revista semanal, que, obsessivo, expõe a cada frase seu reacionarismo mais careta, bem como o venerável patrão desta mesma publicação que envereda pelos becos escuros de uma alma ressentida contra o ministro da Justiça do Brasil - que apenas está cumprindo seu dever cívico de dar refúgio a um injustiçado e perseguido pelo protofascismo de Silvio Berlusconi e seus aliados – inclusive os pós-comunistas.
Foto: Presidente Giorgio Napolitano, pós-comunista, e o primeiro-ministro protofascista Silvio Berlusconi. Aliança promíscua na Itália, onde quem manda mesmo é a tchurma fascista.
27 comentários:
"Ficam igualmente nus aqueles adventícios da esquerda, como um certo magistrado, colunista de respeitada revista semanal, que, obsessivo, expõe a cada frase seu reacionarismo mais careta, bem como o venerável patrão desta mesma publicação que envereda pelos becos escuros de uma alma ressentida contra o ministro da Justiça do Brasil"
Muito pobre essa estratégia... Não tenho opinião final sobre o caso, mas desqualificar a pessoa (venerável patrão?) em vez de debater o que al diz é uma atitude bem proto-facistinha. O Mino Carta tem apresentado opiniões e argumentos que, certos ou não, não são respondidos no texto acima.
Jordi
Faltou informar que além de "pequenos crimes" ele também cometeu assassinatos. Ou é mentira do cidadão que viu seu pai sendo morto por este "personagem"?
Os assassinados por Battistti, segundo seu ex-companheiro premiado com a delaçao premiada -sic -,(e ningue mais) tiveram alguma, mesmo que pequena, participação nos conflitos daqueles tempos. Não vejo problema algum em assassinar alguem que fora teu torturador, ou cárcere, numa prisão política.
A clássica de que o pedido de extradição foi feito pelo governo anterior, de centro-esquerda, mas dominado pelos comunistas, deixa muito claro que a obsessão pela captura de Battistti vem dos comunistas, que estão muito próximos, em alguns casos, dos fascistas. Battistti é perseguido por um comunismo italiano arranjador de conformismos desde os tempos que seu grupo não aceitou participar do "arranjismo" daquele governo "democratizante". E comunista fora da linha acaba indo pro paredão, seja ela do tipo que for.
...
Sobre o melhor jornalista do país, Mino Carta, ele não conseguiu se desprender do comunismo italiano como se desprendeu do governo Lula.
Abs.
Lízio
O discurso do post é simplório, porque dualista. De um lado o governo fascista italiano e de outro um tadinho de um esquerdista equivocado, como se a realidade fosse exatamente essa. Não é. A visão do post é a de querer impor uma realidade que não existe e nunca existiu. O Mino - pelo menos uma vez na vida - é que está com a razão e a eterna patrulha ideológica que não permite vacilos cai na mediocridade do antagonismo da falsa dialética. Ou seja, pouco importa se a maioria do povo italiano elegeu Berlusconi, o que importa é que ele é o legado do fascismo e tudo o que ele faz, pensa e age é lixo absoluto. Quando é que esse pessoal vai conseguir crescer e ir além na vida?
Mas dessa vez os gramscianos, Mino e Tarso, estão em lados opostos, porque no Brasil existe uma certa esquerda que se recusa a ver, a ler e a sentir além da simplorice do dualismo idiota. C´est la vie.
Brilhante, Feil!
O pior de tudo, é ver gente como Mino Carta embarcar nessa falácia que tem nome e sobrenome: fascismo oportunista.
armando
Armando, Mino Carta conhece bem a Itália e é um homem de convicções. Quem embarcou na falácia foi Tarso Genro, até mesmo porque a situação de Battisti não se enquadra em nenhum dos requisitos da lei do refúgio, da época de FHC.
Milton,
você está mal informado, o rapaz que ficou paraplégico garante que Batistti não é a pessoa que atirou nele, procure a entrevista. Mas que ele deve ter matado alguém mesmo eu acredito que deve, afinal aquela era uma guerra na qual ele se defendia, na minha opinião.
Jordi,
quem disse que blogueiro está afim de debater os argumentos conservadores e infundados do Mino? E dai que ele é um grande jornalista, se falar besteira a gente vai assinar em baixo por conta disto? Não se trata de apoiar o Lula ou proteger os comunistas, trata-se da nossa soberania em questão jurídica.
Feil, na frase "Casos como esse - de um obscuro esquerdista italiano de quinta categoria", esse personagem de "quinta categoria" também é válvula de escape para sua necessidade de criar um tipo inferior, ou não, você o conhece para saber a categoria dele?
Enfim, quero registrar que não conheço o indivíduo Cesare Battisti, nem ninguém relacionado a ele. No entanto sou solidária a sua causa, e principalmente sou contra o governo fascista do Sr. Berlusconi.
Abs.
Bom, se o blogueiro não está a fim de debater argumentos por considerá-os conservadores e infundados, aí fica difícil. Quais argumentos deveríamos debater, aqueles com os quais concordamos? Mas sabes que eu não acho que seja essa a postura do blogueiro, só da comentarista, graças aos deuses.
No Blog do Josias, aparece outro italiano preso por terrorismo. Ele está detido em Ilha Bela, no litoral paulista. Contra ele pesa uma condenação na Italia e um pedido de extradição. A diferença é que esse italiano era de um grupo de extrema direita e não matou ninguem. Para ele, o ministro Tarso Genro, nosso Rui Barbosa de mentirinha, não deu asilo.
Dois pesos e duas medidas para casos identicos?
Sinal de burrice estratosférica?
Evidencia de que o ministro está só agradando a uma corja de radicais para garantir seus votinhos na proxima eleição e não precisar pegar no batente para ganhar a vida, como nós?
Tem gente que não sabe interpretar texto.
Pierluigi Bragaglia cogita requerer refúgio político.
Não saber interpretar texto é o mesmo que ser analfabeto. É o analfabetismo funcional. Cerca de 50% dos brasileiros são AF.
O jornalista Marco Travaglio, na sua coluna na revista L´Espresso que acaba de chegar às bancas ( a L´espresso é do grupo do jornal La Repubblica), lembra que nas livrarias italianas qualquer pessoa pode entrar e adquirir os livros policiais do escritor Cesare Battisti.
Os livros de Battisti, conforme destaca Marco Travaglio, são editados pela Mondatori e Enaudi, ambas empresas cujo controle acionário está em mãos de Sílvio Berlusconi, atual primeiro ministro italiano.
Como a regra prevalente ensina que “negócios são negócios e ideologias não contam”, o grupo editorial de Berlusconi pode concluir que se trata apenas de uma isenta atuação empresarial.
Battisti, por seu turno e quanto aos seus livros serem editados por Berlusconi, deve achar que ainda é válido o velho princípio do Império Romano, ou seja, “pecunia non olet” ( o dinheiro não tem cheiro). Nem o que sai do bolso do Berlusconi, o homem mais rico da Itália, que está no cargo de premier (chefe de governo) apoiado por direitistas e neofascistas. No momento, ele litiga com o presidente Giorgio Napolitano (chefe de Estado), um comunista histórico e que goza de grande e merecido respeito na Europa.
PANO RÁPIDO. Battisti e Berlusconi são dois farsantes. Um com pendores mussolinianos. O outro, da gauche-caviar (esquerda-caviar).
--Wálter Fanganiello Maierovitch--
Está claro que o ministro Tarso não erra ao dizer que a mídia nativa está sempre a agredir o governo de Lula, e contra esta forma desvairada de preconceito CartaCapital tem se manifestado com frequência. Ocorre que, ao referir-se à extradição negada, a mídia está certa, antes de mais nada em função dos motivos alegados, a exibir ao mundo ignorância, falta de sensibilidade diplomática e irresponsabilidade política, na afronta a um Estado democrático e amigo.
De todo modo, Battisti transcende sua personalidade de “assassino em estado puro”, segundo um grande magistrado como o italiano Armando Spataro, para se prestar a uma operação que visa compactar o PT e empolgar um certo gênero de canarinhos patriotas. Isto tudo me leva a uma conclusão desoladora, embora saiba de muitíssimos leitores generosos e fiéis: minha crença no jornalismo faliu. Em matéria de furo n’água, produzi a Fossa de Mindanao. Iludi-me em demasia, mea-culpa
Mino Carta
Muito bom Feil, só não concordo em chamar o Battisti de militante de quinta categoria da forma como vc fez, tão rápida e facilmente; de onde vem essa "avaliação"? De qualquer forma, o Mino Carta pisou na bola e o Maierovitch fez um imbróglio e ficou repetindo bobagens sobre o caso, colaborando com a "construção do personagem" como nos ensina tão bem o Foucault.
Que democracia é essa do Sr.Berlusconi? Aliás, vc poderia escrever sobre tudo o que cabe no amplo conceito (ou mito)de democracia hoje em dia... Tipo: Guantanamo, massacre em Gaza, concentração dos meios de comunicação etc.
Ainda sobre o Maierovitch: escrevi um comentário sobre o caso Battisti lá no blog dele no Terra e ele apagou 1 h depois... e olha que não usei palavrão ou ofensa, que ele diz que são motivos para apagar comentários, o detalhe é que era um post em que ele chamava o Tarso de onanista e vários outros comentários de leitores chamavam o ministro (e xingavam outras figuras do governo Lula) de punheteito para baixo, mas estes comentários ele manteve.
O ex-ministro Pazzianotto chegou a chamar o Battisti de criminoso lombrosiano!!!! No fundo, é o que toda essa gente pensa, mesmo os que se negam a admitir que estão comprando um embrulho pronto, um constructo fragmentado cheio de "fatos" questionáveis + avaliações morais difusas + vereditos pouco confiáveis.
Mas o Maia, sempre se supera, vejamos: o Mino pela primeira vez na vida está com a razão porque concorda com ele e não é vítima da "falsa dialética", mas o resto de nós, assim como o Feil (e provavelmente Foucault)não conseguimos crescer e sair da "simplorice do dualismo idiota". Haja paciência.
"O Esquerdismo é a doença infantil do comunismo" - Lenin
E o nosso bloqueiro não largou a chupeta para ler Michel Foucault.
Pobre Brasil onde a "esquerda" defende assassinos mas não tem coragem para abrir os arquivos da ditaduta militar. Mas não abre mão de receber indenizações milionárias.
Flics
O cientista político Giuseppe Cocco, no texto mencionado abaixo, demoliu por completo as teses dos "esquerdistas" mino carta e maierovitch, e igualmente desnudou a decantada "democracia" italiana. Já havia mencionado o referido texto, juntamente com outro de Igor Fuser, em comentário ao post "AGU dá vivas e urras à ditadura e seus agentes", deste blog. Mas, como bem diz o Prieb, há muitos analfabetos funcionais, que leem mas não entendem ou que só procuram ler aquilo que lhe soa bem aos seus ouvidos e convicções ideológicas...
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=50593
O Pazzianotto já pulou o muro pra direita há mais de 20 anos. É um ignorante de pai e mãe, um fisiológico descarado, ele nem sabe o que é lombrosiano, confunde com lombriguento.
Aí, Flics, só pra especular, imaginar, fantasiar: se o Sr. Foucault estivesse vivo, que posição vc acha que ele defenderia sobre o caso Battisti tendo em vista sua obra filosófica e sua militância no Grupo de Estudos das Prisões? Ou será que Foucault era também um "esquerdista", um fruto doente e infantil do Verdadeiro Comunismo... Não concordo com essa conversa do Lenin de "verdadeiro comunista" versus "esquerdista"(muito datado...). Também daquela classificação que os "verdadeiros comunistas", "socialistas científicos" e "materialistas dialéticos" inventaram para colocar o rótulo único de "socialistas utópicos" em uma série de interessantes e variadas perspectivas. A tal verdadeira maionese do Lenin desandou faz tempo.
Maia, o Mino conhece bem a Itália ?! E daí? Mussolini conhecia bem mais. E o general de cavalaria Emilio Médici, mercê de sua "profissão" conhecia bem o Brasil. E daí?
A questão é que a soberania dos tupiniquins incomoda os doutorzinhos e a elite predadora. Basta o país tentar caminhar por conta própria e pronto: desaba o céu!
O refúgio é política humanitária e com ela refugiamos inclusive o assassino de centenas de pessoas, Alfredo Stroessner.
armando
O PIG é muito engraçado, quer que o Brasil dê tratamento forte e firme aos países vizinhos, Bolívia, Equador, Paraguai, Venezuela, etc. Mas também quer que o Brasil se rebaixe para a Itália das máfias e dos fascistas aliados com comunas desbundados. Estão dizendo que o Parlamento europeu aprovou a extradição de Battisti. Grande mierda!!!!
O Parlamento europeu é formado por quase 800 parlamentares. Sabem quantos aprovaram essa manobra da chancelaria fascista de Berlusca? Foram 46 votos a favor da extradição e 8 contra. De 800 parlamentares estavam presentes somente menos de 60 parlamentares num apagar de luzes do tal Parlamento europeu.
Vamos falar sério, gente!
O Foucault não foi atropelado pelo bonde do Capitão Nascimento?
Cazé, é bem isso... o mesmo pessoal que chega a ter vergonha de ver o Lula falando alto em reunioes internacionais, sao aqueles que querem espremer nossos paises vizinhos pra tirar-lhes aquilo que outros paises nos tiram. É uma lógica muito clara, em que o maior sempre deve tirar proveito do menor. E assim o PIG determina que a Itália é um pais que tem o direito de fazer o que bem entende, desde que em paises de terceiro-mundo como o nosso.
Quanto ao Mino, uma sugestão: vá para a Itália, compre uma camisa do Milan e torça pela "democracia" do Berlusconi.
armando
O Berlusconi é fascista , e o Maia também. o Flics é outro, que usa Foucauld como escudo para a sua iniciação.
Depois da vergonhosa derrota do neoliberalismo o ícone de certa direita passou a ser o Berlusconi, sucedânio do Ducci.
Claudio Dode
O Tarso deveria ter lavado as mãos como fez um certo italiano.
Fernando Paim
Marcelo,
essa idéia do Mino ir pra Itália pra trocer pelo futebol não vai dar não: Brasil 2 x 0 Itália....
Que peninha....
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