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Dezessete deputados federais do Rio Grande do Sul participaram da vergonhosa aprovação de mudanças irresponsáveis no Código Florestal. Todas as mudanças obedecem a uma mesma lógica: a primazia de interesses econômicos sobre princípios básicos de preservação ambiental. Com argumentos tacanhos que têm em comum uma abissal ignorância e desprezo sobre questões ambientais e uma concepção utilitarista da natureza, esses deputados deram sua contribuição para o agravamento de diversos problemas ambientais (e sociais) no Brasil. Saiba quais são algumas das mudanças aprovadas pelos deputados ligados à bancada do agronegócio, lembrando que a dívida dos proprietários rurais que descumpriram a legislação atual alcança hoje cerca de R$ 30 milhões:
- Anistia a produtores que desmataram florestas nas proximidades de rios. A medida beneficia os proprietários de terra que desmataram os 30 m das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens de rios de até 10 m de largura, segundo as normas estabelecidas em 1989. Eles ficam liberados da obrigação de recuperar totalmente a área degradada. Terão de replantar apenas 15 metros.
- Liberação das Áreas de Preservação Permanente em topos de morros para exploração.
- Fim da obrigação de divulgar na internet os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro dos imóveis rurais que facilita o monitoramento das produções agropecuárias e a fiscalização de desmatamentos.
- Os estados da Amazônia Legal com mais de 65% do território ocupado por unidades de conservação pública ou terras indígenas poderão diminuir a reserva legal em propriedades em até 50%.
- Áreas ilegalmente desmatadas há mais de uma década, mas hoje com florestas em recuperação serão automaticamente consideradas como produtivas e, assim, poderão ser legalmente desmatadas.
- Retirou-se o conceito de área abandonada, prejudicando a possibilidade de reforma agrária, pois já não haverá terras subutilizadas por especuladores, mas apenas áreas “em descanso”.
Os 17 parlamentares gaúchos que votaram a favor dessas aberrações são:
Onyx Lorenzoni (DEM)
Giovani Cherini (PDT)
Alceu Moreira (PMDB)
Darcísio Perondi (PMDB)
Eliseu Padilha (PMDB)
Osmar Terra (PMDB)
Afonso Hann (PP)
Jeronimo Goergen (PP)
Luiz Carlos Heinze (PP)
Renato Molling (PP)
Wilson Covatti (PP)
Alexandre Roso (PSB)
Danrlei de Deus (PSD)
Nelson Marchezan Jr. (PSDB)
Ronaldo Nogueira (PTB)
Sérgio Moraes (PTB)
Assis Melo (PCdoB)
Giovani Cherini (PDT)
Alceu Moreira (PMDB)
Darcísio Perondi (PMDB)
Eliseu Padilha (PMDB)
Osmar Terra (PMDB)
Afonso Hann (PP)
Jeronimo Goergen (PP)
Luiz Carlos Heinze (PP)
Renato Molling (PP)
Wilson Covatti (PP)
Alexandre Roso (PSB)
Danrlei de Deus (PSD)
Nelson Marchezan Jr. (PSDB)
Ronaldo Nogueira (PTB)
Sérgio Moraes (PTB)
Assis Melo (PCdoB)
Arte: Moa
4 comentários:
-Caro Cristóvão. Tu não pode te esquecer que o Relatório de Paulo Piau do PMDB de Minas é exatamente igual ao de Aldo Rebelo e que foi esta a senha que os ruralistas receberam do governo quando este liberou sua bancada, incluindo os petistas, para votar naquele que seria, no final das contas, o mesmo PL 1876 com características de flexibilização da legislação atual. Com as críticas recebidas pelo governo de toda parte do mundo, incluindo o Brasil onde os ambientalistas são discriminados, resolve o governo "dourar a pílula" no Senado mantendo o mesmo espírito liberalizante tão querido pelo agronegócio.O que mudou para que parlamentares do PT, por exemplo, resolvessem votar contra o Relatório Piau já que havia votado a favor no mesmo relatório quando elaborado por Aldo Rebelo?Claro. Prevaleceu a vontade de Dilma diante do que vai ter que dizer na Rio + 20, agora com a prevalência da vontade da Câmara ela vai dizer que esses deputados, principalmente os do PMDB, são os responsáveis por esse criminoso "novo" Código Florestal da qual Dilma poderá espernear para desenterrar os substitutivos do Senado, todos eles junto com possíveis Medidas provisórias serão derrubadas na CÂmara onde os desevolvimentistas e ruralistas são a imensa maioria.
Não, meu camarada. Você não está diante de uma notícia sobre fato ocorrido na Idade Média ou na época do Império. Ela é bem atual, de hoje, quando estamos vivendo já o 13º ano do século 21, do terceiro milênio. Quando a crise ambiental está aí, bem presente, e promete recrudescer ainda mais.
De outra parte, o que dizer da nossa bancada gaúcha? Mesmo com tanta nulidade que já ocupou cargo público em nosso Estado, a gauchada sempre se gaba de que nossos homens públicos são mais sérios e mais responsáveis que os das outras províncias.
O que faz o Assis Melo (who?) nessa lista? Esse PC do B ta se saindo melhor que a encomenda!
o eliseu quadrilha tá nessa, não precisa dizer mais nada.
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