Você está entrando no Diário Gauche, um blog com as janelas abertas para o mar de incertezas do século 21.

Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008


Milho transgênico só interessa às multis

Um dos principais dirigentes e pensadores do MST, João Pedro Stédile, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 21, ao abordar a questão dos transgênicos. "Já avisei ao Lula. Lula, cuidado com o milho transgênico. Só interessa à Monsanto e à Bayer. Lula, você vai entrar para a história como puxa-saco das multinacionais se aprovar os transgênicos", avisou. Stédile não poupou críticas ao presidente Lula, que o MST ajudou a eleger. Disse que a situação piorou no seu governo e que não houve avanços na reforma agrária nos últimos anos. As informações são das agências Estado e Reuters.

No último dia 12, o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) aprovou o plantio e a comercialização de duas variedades de milho transgênico no Brasil. As variedades aprovadas foram da Bayer CropScience e da Monsanto. O milho transgênico é o terceiro produto agrícola alterado geneticamente a receber autorização de plantio no Brasil, depois da soja e do algodão, ambos com patente da Monsanto.

Movimentos, como o MST e a Via Campesina, representados por Stédile, criticam a posição do governo sob o argumento de que não há estudos completos que garantam que as variedades de milho são seguras à saúde e ao meio ambiente.

"Faço parte da geração que se iludiu com o 'Lula lá'", disse Stédile. Ele disse ainda que "nos últimos seis anos, aumentou a concentração da propriedade da terra". E completou: "Está havendo no Brasil uma contra reforma agrária. Com um agravante, parte das grandes propriedades que estão se acumulando são do capital estrangeiro".

Ele afirmou ainda discordar dos que dizem que Lula "abriu as torneiras" para o movimento. Segundo ele, o dinheiro que os assentamentos recebem é usado na alfabetização de adultos no meio rural."Esse papel não é do MST. É do Estado. Mas como o Estado está debilitado e não chega às zonas mais pobres, faz convênio com o MST. Aí chega um deputado e diz que o MST recebe R$ 20 milhões, mas não diz que o movimento recebe para alfabetizar jovens e adultos", justifica. Ele negou que essa formação tenha viés ideológico.


4 comentários:

Anônimo disse...

"...não poupou críticas ao presidente Lula, que o MST ajudou a eleger".

Uma montanha de votos, certamente. Lula vai chorar de tristeza.

"Ele negou que essa formação tenha viés ideológico".

E eu acredito no coelhinho da Páscoa.

Anônimo disse...

Esse Stédile deveria estar no hospício ou na cadeia. É um marginal.

Omar disse...

Leia texto sobre soja transgênica:

http://doomar.blogspot.com/

Anônimo disse...

Puxa vida, em se tratando de educação, qual NÃO É ideológica???

Pobre do Stédile, que precisa sair com essa pérola sobre o ensino no MST para ser deixado em paz pelo "jornalismo isento e imparcial, portanto SEM IDEOLOGIA(claro!!!)".

Claudia Cardoso

Contato com o blog Diário Gauche:

cfeil@ymail.com

Arquivo do Diário Gauche

Perfil do blogueiro:

Porto Alegre, RS, Brazil
Sociólogo