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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008






As representações narrativas do Maio de 68

Nesta entrevista de 23 minutos a professora de marxismo, a norte-americana, Kristin Ross fala da desfiguração das narrativas sobre os eventos de maio de 68 na França. Ela diz que os acontecimentos revolucionários daquele ano febril são reduzidos e deformados na sua essência pela mídia e o establishment de tal forma que chegam a nós como uma mera mobilização de estudantes por liberdades sexuais, nada mais.

A entrevista foi conduzida (corretamente) pelo jornalista Jorge Pontual, da Globo News. (Este jornalista prova que, mesmo trabalhando na casa do diabo, não se precisa confraternizar e privar com ele todos os dias, e muito menos ser o seu porta-voz.)

Assista aqui (direto no seu player), ou aqui, (via portal da Globo).

9 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

A deslumbrada novaiorquina Kristin Ross força a barra e descasca os socialistas de 5 minutos, como Kourchner. Ela quer modificar a história que já passou e faz uma ginástica danada para colocar a culpa nos Raymond Aron da vida que "desvirtuaram" o movimento de maio de 68. A desculpa é sempre a mesma, a culpa é da mass mídia, do capitalismo, da PIG, dos intelectuais vendidos, sobretudo daqueles que recusaram o marxismo (aqueles que foram socialistas por 5 minutos), como ela diz. Muito ressentimento e pouco fundamento. Maio de 1968 não foi uma Comuna de Paris de 1871. Aliás, a própria Comuna também não foi lá uma comuna como alguns que interpretam a história sem olhar o contexto a sua volta interpretam por ai. No mais o programa Milenium é muito bom e o Pontual é excelente.

Anônimo disse...

Quem te pediu opinião, filhote de PIG?

Anônimo disse...

algumas semanas atrás o nosso josé agá publicou uma reportagem, no seu caderno cultura, falando dos acontecimentos de 68 e os classificando como individualistas. algo como "o ano em que o individualismo venceu".
nasci 14 anos após os episódios e nunca estudei os acontecimentos, mas pelo que ouço não é assim que o imagino.
para acalmar minha inquietação irei pesquisar sobre o assunto.

Anônimo disse...

Filhote do pig e da ditadura, essa desgraça.

Prof. Daniel disse...

Caro Madruga,
Nunca leia o jornaleco que tu citaste, mas por favor diga o dia em que saiu tal reportagem, preciso ler! Quero ver com que argumentos o autor classifica os eventos de 68 como "individualistas". É no mínimo engraçado, mas não quero dizer nada sem ver isso, por favor indique o dia que saiu, que talvez mais gente queira ler esse negócio.

Ah, pro Maia: o american way of life, tomou todo o ocidente e influenciou culturalmente essa e as outras gerações, contribuindo para a ascensão do capitalismo e do consumismo massivo.
Você e muitos outros ex-comunistas (que foram comunistas não por ideologia, mas por modismo), trocaram Marx pela Coca-Cola, pelos Chiclets e pelo fascínio do poder. Puro mimetismo, de quem no fundo, quedria ter nascido ruivinho, cheio de sardas e comer sucrilhos todos os dias. A novaiorquina não quis mudar a história, que não muda. O que muda é a interpretação da história, e isto, sempre vai mudar.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Daniel, a história não é maniqueista e não se troca Marx pelo american way of life. Nada é tão simplista assim. Leitura, conhecimento, experiência, sensibilidade são requisitos essencias que fazem mudar a cabeça e o cérebro do vivente. Não acredito nessa divisão de mundo entre bonzinhos e malvados. Acho que todo mundo tem sua faceta malvada e boazinha, inclusive o Chomsky.

Anônimo disse...

meu pai é assinante do jornal. eu acho engraçado ler sabendo o que esta distorcido ou depois vindo conferi-las na internet.
vou procurar e amanhã digo.

Prof. Daniel disse...

Obrigado Giovani, estarei aguardando.
Talvez com Leitura, conhecimento, experiência, sensibilidade eu começe a aceitar melhor o tucanato e sua corja, como o comentarista mor do blog...
Vou ler a matéria da zeagá, tomando coca-cola light, lá em Canasvieiras, hehe!
Abração!

Anônimo disse...

foi mais facil do que pensava.
a reportagem é do dia 05 de janeiro de 2008.
"O que restou de maio.
Indiscutíveis como fenômeno, as manifestações que agitaram o mundo no final dos anos 1960 fundaram as bases do individualismo moderno"

link abaixo:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1726592.xml&template=3898.dwt&edition=9069§ion=102

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