RBS faz um desagravo à ausência de Lula
O Jornal do Almoço, principal noticiário televisivo do grupo RBS (que apoiou o golpe gorila de 64) sequer fez menção hoje ao meio-dia sobre a presença e a fala da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ontem na exposição que assinalou o cinqüentenário do grupo midiático.
A ministra compareceu e falou, representando o presidente Lula, na abertura da exposição No Ar - 50 Anos de Vida, ontem, na Usina do Gasômetro,
O telejornal da RBS também não mostrou imagens e nem registrou as presenças de outros dois ministros do governo Lula, Franklin Martins, da Comunicação Social, e Carlos Lupi, do Trabalho.
O gesto de ignorar completamente os três ministros do governo Lula no principal telejornal do grupo pode ser interpretado como um desagravo à ausência do presidente da República ao evento comemorativo.
Lula foi formalmente convidado para o aniversário da RBS sessenta dias atrás, e teria confirmado a sua presença. Mas avaliações posteriores do Planalto concluiram que o presidente teria mais a perder do que a ganhar neste evento. Os atos festivos também não deixam de ter uma conotação política velada, já que a RBS significa, nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mais que uma simples empresa de comunicação social, representa e protagoniza uma linha político-ideológica que o presidente Lula derrotou nas eleições de 2002 e 2006. Os veículos da RBS são permanentes instrumentos de desconstituição do caráter popular e democrático do governo Lula, e de resto de qualquer administração petista, sempre visando confundir os leitores com notícias grosseiramente editorializadas segundo uma ótica excludente e conservadora. A RBS cumpre o papel de um verdadeiro partido político, orientando e liderando campanhas ideológicas e eleitorais em favor dos setores mais atrasados e conservadores da sociedade sul-rio-grandense.
Recentemente ainda, o jornal Zero Hora, ao informar sobre graves irregularidades do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) da Paraíba, estampou uma foto com o presidente Lula em primeiríssimo plano e o governador, objeto da notícia, estava em quinto plano, diluído e desfocado em meio a outros tantos personagens.
Esses dados da realidade foram analisados objetivamente pelo Planalto e serviram para aconselhar o presidente Lula a não comparecer à festa da família Sirotsky, ontem.
3 comentários:
Feil, acho que não foi desagravo a omissão da presença de 3 min. do Lula. Acho que nunca tiveram intenção alguma de mencionar este fato ao público. Só interessava a presença do Presidente para angariar frutos políticos entre a comunidade naquela "viram como somos democráticos"? Nesta circunstância, ministro e nada, para eles, é a mesma coisa, não lhes traz nenhum dividendo. Por outro lado, tal omissão nos livra de passar a vergonha de ver nomes do partido envolvidos com essa pantomima auto-promocional. Foi dose saber da presença da Dilma nesse troço! Quanto ao Lula ser orientado para não comparecer, isso teria de ser creditado à presença de vida inteligente na sua assessoria. A considerar o trato da comunicação neste país por parte do seu governo, duvido muito. Abr.!
A não ser que saibas mais coisas sobre a ausência do Lula que a gente não sabe. :-)
No terraço, acima da entrada principal da Usina, existe, junto a um imenso "banner" a logo do Governo Ferderal. Certamente, esta exposição do PRBS conseguiu um incentivozinho do Ministério da Cultura.
Postar um comentário