Para quê Reforma Agrária?
Novamente a questão agrária está na pauta das discussões da opinião pública brasileira. Reforma agrária, Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Via Campesina, agronegócios, marchas e ocupações ocupam espaço na mídia
a) Gera desenvolvimento
Enquanto os Estados capitalistas desenvolvidos efetivaram a reforma agrária diversas vezes no tempo e nos referidos espaços territoriais (pois entendiam que a distribuição da terra beneficiava o próprio sistema), o Estado brasileiro opta pelo atraso, trata a Reforma Agrária com desdém e até com coação e violência. Foi o caso da infeliz, retrógrada e inconseqüente afirmação do subcomandante-geral da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel Paulo Roberto Mendes (20/09-07), ao pedir o fim da marcha dos sem-terra à fazenda Guerra no município de Coqueiros do Sul (
b) Resolve o problema da concentração da terra
Existem mais de 371 milhões de hectares disponíveis para a agricultura no país. No entanto, o que é otimizado para a produção é coisa ínfima; além do mais, a metade desta área é disponível para a criação de gado. Ao mesmo tempo em que a vocação do Brasil é a agricultura, tem-se uma população faminta. Dados estatísticos mostram que, quase metade da terra cultivável está nas mãos de apenas 1% dos fazendeiros (poucos), enquanto uma pequena parcela, menos de 3% da terra, pertence a 3,1 milhões de produtores rurais (muitos). Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) comprovam igualmente, que dos 4,9 milhões de imóveis rurais cadastrados no Brasil, em torno de 10% deles correspondem à média e grande propriedade, e ocupam quase 80% da área total das terras cadastradas. Já os pequenos imóveis, que representam cerca de 90%, ocupam pouco mais de 20% dessa área total.
c) Os minifúndios são produtivos, o latifúndio não
Indicadores comprovam que os pequenos agricultores produzem mais. Boa parte dos alimentos vem dos proprietários que possuem até
d) Ajuda a resolver os problemas sociais
É importante que as pessoas possam viver no campo tendo condições dignas de plantar e colher. Se as nossas cidades já apresentam déficits habitacionais, saneamento, educação e emprego, imaginem se a população urbana aumentar drasticamente: não aumentaria o desemprego, a marginalidade, a violência? O que faremos se o êxodo rural acentuar-se ainda mais? Como serão nossas cidades?
Por estes e outros motivos acredita-se que a Reforma Agrária, junto com outras políticas mais audaciosas, possa contribuir para o desenvolvimento e o fortalecimento da democracia do Brasil; sem ela, estamos fadados ao atraso econômico, político e social.
Artigo do cientista político Dejalma Cremonese.
Pescado daqui.
Um comentário:
Reforma agrária é coisa de comunista, quem fala é um discípulo da Luciana Genro.
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