Ministro escalado volta a bater no MST
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocupou mais prédios públicos e bloqueou mais estradas para protestar contra o governo federal e em favor da reforma agrária. Os atos, que começaram na segunda-feira, passaram de 10 para 13 Estados, ontem.
Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário, declarou que o protesto é descabido porque o governo Lula tem ampliados os investimentos na desconcentração fundiária e na qualificação de assentamentos. Segundo ele, o orçamento do Incra triplicou entre 2003 e 2007.
Para Cassel, que sempre pretendeu pautar a luta do MST, "substituir a agenda da produção pela da violência, da ocupação de prédio público, atrapalha a reforma agrária". "Reconheço quem tem expectativas superiores, mas desde que aceite que o governo tem feito muito." Cerca de 150 mil famílias acampadas ainda esperam ser assentadas.
Este blog tem informações confiáveis de que o ministro Cassel está expressamente escalado pelo núcleo estratégico do Palácio do Planalto para “bater e rebater” nos movimentos sociais, especialmente no MST.
O ministro do Desenvolvimento Agrário filia-se a uma tendência interna do PT, a Democracia Socialista. A corrente DS é considerada nominalmente de esquerda, mas atualmente está inteiramente comprometida e instrumentalizada pelas políticas neoliberais do lulismo. O que para Cassel deve ser uma prova pessoal de fogo, já que a sua estrita fidelidade ao esquema de poder constitui condição indispensável (conditio sine qua non) para que a sua tendência permaneça no Ministério-ônibus do presidente Lula.
Para o Planalto, por sua vez, é taticamente relevante a presença da DS no buquê ministerial a fim de assegurar-lhe pelo menos um brando aroma de esquerda.
Coisas da vida.
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Em Tempo: Se desconhece a informação de que o núcleo estratégico do Palácio do Planalto tenha “escalado” algum ministro para “bater e rebater” na mídia corporativa e oligárquica do País, que desrespeita e enxovalha o próprio presidente Lula, diariamente, nos seus veículos.
O Estadão, hoje, atreve-se a associar a notícia da fala do presidente Lula na ONU com a “sutil e inocente” fotografia de um jegue.
22 comentários:
...ontem eram os subversivos que espalhavam a bagunça e violência, hoje, por ironia, o inimigo é o MST que ousa "substituir a agenda da produção pela da violência".
Então não leram a entrevista da Roussef no jornal O Valor. Os tempos são outros meus caros amigos. 'O negócio é incentivar o capitalismo nacional no seu fortalecimento e internacionalização'.
Cristóvão,
Dá uma olhada no meu último post. ;)
[]'s,
Hélio
Cristóvão,
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[]'s,
Hélio
Cristóvão,
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Hélio
Cristóvão,
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Hélio
Cristóvão,
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Hélio
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Hélio
O núcleo estratégico do MST é que deveria se atualizar. O próprio Stédile já admitiu que a reforma agrária que o MST luta não tem como ser implementada. O Brasil perdeu o trem da reforma agrária que deveria ter sido feita em outro momento histórico. Este tempo já passou. Não adianta assentar zilhões de pessoas em um determinado módulo de terra para plantar feijão e couve, porque os filhos dessas famílias vão mesmo assim migrar para a periferia da grande cidade. O núcleo estratégico do MST deveria lutar para que as pequenas e médias cidades do Brasil recebam mais investimentos públicos e privados para que seus habitantes ali permaneçam. Mas o MST não está preocupado com isso, pois suas cabeças pensantes são da antiga, são os reacionários que pensam que a solução para o Brasil é a revolução socialista.Mas os tempos de revolução já passaram.
Isso está parecendo nota da Rosane Oliveira atacando a esquerda do PT. Que tal prestar atenção no conteúdo da fala do ministro em vez de fofocar em torno de “informações confiáveis” de que ele estaria escalado para bater no MST? Primeiro, isto não faz jus à história da pessoa da qual estamos falando. Segundo, tudo que o MST diz e faz é dogma? Eles não podem ser contrariados? Quebram laboratórios e saqueiam empresas de alimentos e tudo bem? Fica tudo por isso mesmo, em nome da boa e velha luta pela terra? Qualquer análise lúcida das contas públicas federais vai mostrar que o orçamento da Reforma Agrária mais do que triplicou no governo Lula. É verdade; são números e são fatos. Já são mais de 420 mil famílias nos últimos quatro anos e meio. Para se ter uma idéia do que isso representa o Brasil tem 800 mil famílias assentadas. Conclusão óbvia: o governo Lula, em pouco mais de quatro anos, assentou mais da metade das famílias que foram assentadas em toda a história brasileira. É pouco? Claro que não. Mas é legítimo que alguém queira mais, espere mais do governo Lula. Cada um é responsável também pelas suas expectativas. A luta pela Reforma Agrária segue, com um governo que avança e um movimento que luta. Às vezes, um ou outro pode errar. Mas acima de tudo é bom que “ a gauche” não percamos a lucidez e a capacidade crítica.
Isso está parecendo nota da Rosane Oliveira atacando a esquerda do PT. Que tal prestar atenção no conteúdo da fala do ministro em vez de fofocar em torno de “informações confiáveis” de que ele estaria escalado para bater no MST? Primeiro, isto não faz jus à história da pessoa da qual estamos falando. Segundo, tudo que o MST diz e faz é dogma? Eles não podem ser contrariados? Quebram laboratórios e saqueiam empresas de alimentos e tudo bem? Fica tudo por isso mesmo, em nome da boa e velha luta pela terra? Qualquer análise lúcida das contas públicas federais vai mostrar que o orçamento da Reforma Agrária mais do que triplicou no governo Lula. É verdade; são números e são fatos. Já são mais de 420 mil famílias nos últimos quatro anos e meio. Para se ter uma idéia do que isso representa o Brasil tem 800 mil famílias assentadas. Conclusão óbvia: o governo Lula, em pouco mais de quatro anos, assentou mais da metade das famílias que foram assentadas em toda a história brasileira. É pouco? Claro que não. Mas é legítimo que alguém queira mais, espere mais do governo Lula. Cada um é responsável também pelas suas expectativas. A luta pela Reforma Agrária segue, com um governo que avança e um movimento que luta. Às vezes, um ou outro pode errar. Mas acima de tudo é bom que “ a gauche” não percamos a lucidez e a capacidade crítica.
"Quebram laboratórios e saqueiam empresas de alimentos e tudo bem?" - isso está parecendo editorial de O GLOBO.
Prezada Candice Berger!
Vamos manter a compostura. Aqui neste blog duas práticas são proibidas: fofoca e dogmatismo.
O resto tudo pode, inclusive comentários chapa-branca, planaltistas,lulistas e de petistas desbundados (mas que não tem sequer coragem de defender o seu presidente Lula de ataques furibundos da direita oligárquica).
Volte sempre, prezada leitora, mas deixe as pedras em casa! Este é apenas um local de debates, não de pugilato verbal.
Até agora o PT só era objeto de crítica da direita e de uma esquerda desqualificada, quando começa a receber crítica séria e responsável de uma esquerda consistente ou do movimento social organizado aí a coisa fica feia e eles mostram que não eram tão autenticos assim.
O negócio é chegar no poder, né moça?
O "Atualizado" Carlos Eermildo Maia disse:
"núcleo estratégico do MST deveria lutar para que as pequenas e médias cidades do Brasil recebam mais investimentos públicos e privados para que seus habitantes ali permaneçam."
Atenção Camponeses a solução é botar um anuncio nos classificados da midia, e esperar um empresário bonzinho, e alguem com um novo jeito de governar, e estão resolvidos os problemas que a mais de 500 anos lhes aflige.
Tenha dó...
Ô Cristovão, pega leve. A Candice tem razão, sectarismo é ruim de qualquer lado. Quando o fanatismo toma o lugar da reflexão, todos perdemos.
Tanto a Reforma Agrária de uma maneira geral, como o MST e o Governo Lula, merecem uma análise menos contaminada e..... mais séria, coisa que este blog tem feito. Não vamos nos igualar à mídia conservadora e maniqueísta.
O Anônimo,
Tens toda a razão e me desculpo, como deves ter notado antes normalmente só acompanho desde o inicio a discussão deste blog, que admiro muito por isso mesmo, e sem me manifestar. Mas convenhamos este Carlos Maia, chega ser irritante de tão reacionário e provocador.
Pois é, camarada novos tempos, novíssimos tempos estes que perdemos até os "camaradas" da DS para o triste propósito de bater nos movimentos sociais. ´Prá ficar melhor é bom dizer: tristes tempos, tristes tempos, camaradas!!!
O que é isso companheira Candice!!! Alarmada como a quebra de laboratórios e invasão de terra? Este é o novo discurso dos petistas de plantão nos cargos públicos (desde o 1º governo de POA). Tóia não dá prá aguentar o oficialismo petista-lulista.
Juarez Guimaraes um dos intelectuais da DS é um dos mais enfurecidos defensores do neoliberalismo lulista. Porque mesmo?
Ora, por um punhado de jujubas!
Olha gente, quando começamos a atacar aliados é porque está faltando consistência política. Sou defensor do MST e, de forma geral, de todos os movimentos sociais, mas, CONVENHAMOS, o MST não é nenhuma religião ou seita acima do bem e do mal. Um governo pode errar e um movimento social também. Atuar criticamente sobre a realidade é um dever de militantes de esquerda, mesmo quando isto possa causar algum constrangimento.
A matéria do blog sobre a execução da reforma agrária ESTAVA ERRADA. O MST se atrapalhou com os números. Tudo bem. Isso não é nenhuma tragédia. Acontece. Agora trazer a luta interna mesquinha do PT para dentro da discussão é pura baixaria.
Obrigado pela ação moral de me dizer o que é certo e o que é errado, prezado anônimo.
Me lembrarei sempre desta lição de moralidade anônima. Sempre.
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