O
prefeito de Porto Alegre, ex-sindicalista, ex-petista, ex-democrata,
José Fortunati (PDT), recém convertido a uma igreja fundamentalista
evangélica, está com Deus nos lábios a todo o instante. Pede
bençãos o tempo inteiro e abençoa - ele próprio - ao vivo, nas
ruas, e nos programas de propaganda eleitoral a que se dedica visando
a sua reeleição.
A nova
vida de virtudes edificantes e piedades de ocasião do
ex-muitas-coisas parece que borrou e substituiu a memória cívica e
republicana do neotrabalhista (aliás, tenho certeza que ele
desconhece quase tudo da história do trabalhismo brasileiro, bem
como as suas raízes castilhistas e positivistas). Está no PDT por
estrita conveniência eleitoral, uma vez que - quando petista - fora
preterido pela militância (então, muito participativa e intensa) a
concorrer a cargos ao poder Executivo. As uvas estavam verdes no PT, nada mais esperto que abrigar-se no velho trabalhismo guasca.
O abalo
às frágeis convicções cidadãs do atual alcaide - e brucutu - do
Paço Municipal de Porto Alegre foi tamanho que ele não hesitou em
lançar uma acusação falsa e caluniosa contra o jornalista e
blogueiro Marco Weissheimer, editor do RS Urgente.
Fica
aqui a nossa solidariedade blogueira e pessoal ao Weissheimer. Ele já
foi duramente atacado pela ex-governadora Yeda, e tirou de letra. Não
vai ser agora que um esbirro mirim irá intimidá-lo e fazê-lo
recuar do seu jornalismo corajoso e democrático.
Para
saber mais do fato, leia aqui.
6 comentários:
Não sei se Fortunati e sua esposta têm ou não têm razão, mas qualquer pessoa que se sentir ofendida por denúncias feitas na mídia tem todo o direito do mundo em fazer ocorrência policial, visando uma eventual ação penal.
O assunto se resolve exclusivamente no Judiciário. Ponto final.
Esse é a forma mais correta, democrática e republicana.
Muito melhor assim -- que esse assunto se discuta apenas na esfera judicial -- do que envolver o poder executivo, como defendem aqueles que querem instituir no Brasil a ridícula idéia brucutu de "controle social e político da mídia."; controle que só existe em republiquetas.
E não me digam, por favor, que EUA e Inglaterra têm controle social da mídia, eles criaram agências (FCC e Ofcom) que tratam exclusivamente da responsabilidade civil (e judicial e nunca política) dos órgãos de mídia.
-A lembrança mais emblemática que carrego de Fortunatti foi de eleições no sindicato dos bancários no´período pós intervenção na entidade fruto da greve de 1979 onde Olívio teve seus direitos políticos cassados, e restituídos após.Todos imaginavam aquela disputa entre duas chapas, a de oposição hegemonizada pelo MEP (tendência marxista leninista)e da situação Articulação, PRC, Convergência Socialista, que esta nominata de situação fosse encabeçada por Olívio a maior liderança da categoria, todavia, numa inédita articulação entre Tarso, Fortunatti e trotskistas da Convergência, puzaram o tapete de Olívio que teve de se contentar com a Secretaria Geral do sindicato, ficando o até então opaco dirigente , Miudinho, na presidência.Aí ele deslanchou na política tradicional.
o Bronquinha lemra bem, esse tipo já puxou o tapete de muita gente, antes de mergulhar de cabeça na política tradicional do qual hoje é um destaque regional. Pisando no pescoço dos outros, fica fácil, né?
Ex-stalinista integrante do PRC junto com o governador Tarso Genro, Fortunati apenas trocou de religião, mas a exemplo de Tarso, agora adepto do neoliberalismo ligth, manteve o mesmo modus operandi.
Pobre esquerda guasca, depois que Tarso rifou o pouco da essência que existia, restou um grande vazio. Aguardemos.
esbirro mirim é elogio prum sujeitinho desses, acho que não passa de um peta-esbirro (ou pet, lacaiozinho minúsculo que é), tamanha sua expressão política. pobre poa!!!
prezado blogueiro, favor corrigir meu comentário, onde diz "peta-esbirro" favor colocar "nano-esbirro". e eliminar o trecho entre parênteses. Falha nossa. Gracias.
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