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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ascensão aquisitiva dos trabalhadores está incomodando as classes finas do Brasil



Os consumidores das classes A e B se mostram incomodados com algumas consequências da ascensão econômica da classe C [classe trabalhadora, nota do blogueiro], que passou a comprar produtos e serviços aos quais apenas a elite tinha acesso. É o que apontam dados de uma pesquisa do instituto Data Popular feita durante o primeiro trimestre, com 15 mil pessoas das classes mais favorecidas, em todo o Brasil.

De acordo com o levantamento, 55,3% dos consumidores do topo da pirâmide acham que os produtos deveriam ter versões para rico e para pobre, 48,4% afirmam que a qualidade dos serviços piorou com o acesso da população, 49,7% preferem ambientes frequentados por pessoas do mesmo nível social, 16,5% acreditam que pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em certos lugares e 26% dizem que um metrô traria "gente indesejada" para a região onde mora.

"Durante anos, a elite comprava e vivia num 'mundinho' só dela", diz Renato Meirelles, diretor do Data Popular. "Nos últimos anos, a classe C 'invadiu' shoppings, aeroportos e outros lugares aos quais não tinha acesso. Como é uma coisa nova, a classe AB ainda está aprendendo a conviver com isso. Parte da elite se incomoda, sim", afirma Meirelles. A informação é do portal iG.

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A continuar assim - e vai continuar - logo logo teremos no Brasil uma espécie de tea party tupinambá. A Veja, a Folha, Zero Hora, TV Globo, etc., estão ficando impotentes para representarem e serem porta-vozes dessa gentalha endinheirada, egoísta e cuja raiz sociológica está enterrada em solo escravagista. 

No fundo (e no raso) eles são nostálgicos do regime escravocrata, onde os pobres e, sobretudo, os negros, conheciam o seu lugar - como diziam e apregoavam como dogma social inamovível. 

A propósito do tema, vale a pena ver (ou rever) o papo abaixo da professora Marilena Chaui.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Se alguém das classes A e B se sente incomodado com a inclusão social que mude de país. Não existe nada mais bonito do que ver pessoas que não tinham condições de adquirir bons produtos e serviços participarem desse mercado.

Isso deve ser aplaudido e de pé.

Os EUA são uma grande nação exatamente por que fizeram esse tipo de política, que o Brasil está a copiar.

zé bronquinha disse...

Os emergentes da classe "C" estão podendo.Podendo ser bem atendido pela saúde pública?Não!Acesso a planos de saúde?Não! Casa decente para morar? Não!Transporte coletivo bom e barato?Não! Salário mínimo que seja miseráveis 650,00?Não! Mas então o que é emergir socialmente?Ah sei! É pode comprar quinquilharias tecnológicas baratíssimas, consumir mais alimentos carregados de agrotóxicos e quem sabe se endividar adquirindo um automóvel com IPI reduzido para o bem das montadoras e para o sacrifício de quem fica trancado no trânsito. Aqui se trata de uma fotografia irreal, já desmistificada por Márcio Pochmann, agentre do governo, pois o que temos ñesses governos de PSDB/DEM e de PT/PMDB é o locuplamento dos já ricos ou muito ricos, com suas meses fartas e que de tanto receberem, deixam graciosamente cair migalhas para os de baixo.

Anônimo disse...

disse bem: gentalha endinheirada, nada de chamar essa rafuagem de "elite". ponto. qto. a foto de abertura do blog: um safado e sua cadelinha britânica. agora, levar velhotes nazistas decrépitos e ditadorzinhos vagabundos pra esse tribunal (encravado em um dos centros de poder
$$$ do mundo) é fácil, quero ver é levar canalhas como esses dois aí, que tb. pertencem ao mesmo círculo de poder. a ver.

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