Nem Borges poderia dar conta do atual cenário guasca
O governo Yeda Crusius pode ser (bem) comparado a uma cidade submersa pela corrupção. O estrago já está feito, apenas não sabemos o grau de comprometimento dos objetos, pessoas e instituições que estão abaixo da linha de lodo.
A situação está tão crítica no Palácio Piratini que de nada mais adiantam os conselheiros políticos (como o agropecuarista Paulo Brossard de Souza Pinto ou o ex-motorista de táxi, ex-portão de ouro e ex-vereador, o sempre douto Elói Guimarães). É a hora grave, dramática dos advogados criminalistas.
Dona Yeda Rorato e o ex-marido Carlos Augusto Crusius precisarão de muitos advogados, de bancas inteiras deles. Precisarão igualmente de negociadores plenipotenciários que terão o papel de diligenciar o tamanho e o alcance dos estragos para depois pactuarem limites de crime/castigo ao primeiro casal, sempre examinando a indesejável conveniência de negociar anéis para não entregar dedos – nem cabeças.
É um jogo pesado, minucioso e que exige estômago forte dos agentes responsáveis por essa tarefa. Os escritórios advocatícios que se dedicam a tais funções, o fazem em contextos comerciais cuja adversidade maior é o concorrente de mercado, mas não a Polícia ou o Judiciário, como é o caso presente.
As recentes revelações da viúva do “suicidado” Marcelo Cavalcante indicam um certo método por trás da simples fala ressentida. Não há explosão, há sim uma narrativa de fatos que se sucedem indicando todos os ingredientes de uma boa literatura policial: vilania, traição, chantagem, roubo, assassinato, formação de quadrilha, concussão, corrupção ativa, corrupção passiva, prevaricação, incúria administrativa, espionagem e fraude. Só que não é literatura de ficção, mas a crônica caprichosa e corrompida de um cotidiano de governo.
Nas entrelinhas das revelações da viúva há sinais de duas evidências: uma intenção – suspensiva, como diria um criminalista – de preservar a pessoa física de Yeda Rorato, e, caso não aconteçam os desdobramentos desejados pelos sujeitos denunciantes, fazer cancelar o efeito suspensivo, com as consequências que nem se pode imaginar.
Jorge Luis Borges (foto) será um contista vulgar para imaginar e contar a trama do que estamos por testemunhar no Rio Grande. Agora, toda a ficção é anêmica para dar conta da crueza da nossa atual realidade guasca.
O governo Yeda Crusius pode ser (bem) comparado a uma cidade submersa pela corrupção. O estrago já está feito, apenas não sabemos o grau de comprometimento dos objetos, pessoas e instituições que estão abaixo da linha de lodo.
A situação está tão crítica no Palácio Piratini que de nada mais adiantam os conselheiros políticos (como o agropecuarista Paulo Brossard de Souza Pinto ou o ex-motorista de táxi, ex-portão de ouro e ex-vereador, o sempre douto Elói Guimarães). É a hora grave, dramática dos advogados criminalistas.
Dona Yeda Rorato e o ex-marido Carlos Augusto Crusius precisarão de muitos advogados, de bancas inteiras deles. Precisarão igualmente de negociadores plenipotenciários que terão o papel de diligenciar o tamanho e o alcance dos estragos para depois pactuarem limites de crime/castigo ao primeiro casal, sempre examinando a indesejável conveniência de negociar anéis para não entregar dedos – nem cabeças.
É um jogo pesado, minucioso e que exige estômago forte dos agentes responsáveis por essa tarefa. Os escritórios advocatícios que se dedicam a tais funções, o fazem em contextos comerciais cuja adversidade maior é o concorrente de mercado, mas não a Polícia ou o Judiciário, como é o caso presente.
As recentes revelações da viúva do “suicidado” Marcelo Cavalcante indicam um certo método por trás da simples fala ressentida. Não há explosão, há sim uma narrativa de fatos que se sucedem indicando todos os ingredientes de uma boa literatura policial: vilania, traição, chantagem, roubo, assassinato, formação de quadrilha, concussão, corrupção ativa, corrupção passiva, prevaricação, incúria administrativa, espionagem e fraude. Só que não é literatura de ficção, mas a crônica caprichosa e corrompida de um cotidiano de governo.
Nas entrelinhas das revelações da viúva há sinais de duas evidências: uma intenção – suspensiva, como diria um criminalista – de preservar a pessoa física de Yeda Rorato, e, caso não aconteçam os desdobramentos desejados pelos sujeitos denunciantes, fazer cancelar o efeito suspensivo, com as consequências que nem se pode imaginar.
Jorge Luis Borges (foto) será um contista vulgar para imaginar e contar a trama do que estamos por testemunhar no Rio Grande. Agora, toda a ficção é anêmica para dar conta da crueza da nossa atual realidade guasca.
14 comentários:
Alguem sabe o que aconteceu com o site RSURGENTE? está com página de anúncios...
Obrigado
Adir Tavares
Adir, não é saite, é blog.
Deves procurar no endereço "blogspot" e não no endereço NET.
No NET aparece o comercio virtual.
Adir, deu problema no endereço do RS Urgente - blog que recomendamos sempre.
Aqui abaixo, na base do nosso blog DG tem um link para entrar corretamente no RS Urgente.
Abç.
CF
E ZH continua ainda hoje sua marcha em defesa da véia.
Desse jeito vão afundar junto...ou deixar para chutar o cachorro morto nos últimos, e ainda vai sair de heroína por ter investigado a fundo a crise no estado.
A entrevista com o primeiro marido é diversão pura!!!! É de rolar de rir.
sil
O dinheiro do Detran, que a delegada Stella tinha como nao devido, por acaso ja é entecipaçao de honorarios para o Lia Pires??
Lia Pires é um advogado contratado a peso de ouro, os casos publicos, de pessoas que contrataram o ilustre jurista sao de personagens que estavam com a corda no pescoço, no bico do corvo e na capa do carne...
Se nao é devido e pagam, com nosso dinheiro, por que seria??
Ao fundo o Bigode sereno só observa a cena.
Por trás de tudo isso encontra-se a figura de um gangster ressentido chamado Lair Ferst. Lair ganhou muita grana com o esquema de corrupção no Detran, na época do governo Rigotto. Ligado ao PSDB, Lair, o gangster, fez campanha para Yeda que o chamava de "festeiro". E, por incrível que pareça, após a vitória de Yeda, Lair, "o gângster e festeiro", foi afastado do esquema de corrupção do Detran, pelo próprio governo que ajudou a eleger. E ai começou o ressentimento e a gravação das fitas e toda a falcatrua e picaretagem veio a tona. Lair - o gângster festeiro e ressentido -- é casado com uma miss e gosta de viver bem a vida, mas para viver bem a vida é necessário grana e muita grana. Mas Lair está sem grana, não pode abrir conta corrente, não pode ter cartão de crédito, não pode ter nada em seu nome. E Lair, o gângster festeiro ressentido e sem grana, faz qualquer negócio por dinheiro.... Se o Brasil fosse um país sério e socialmente desenvolvido, Lair estaria atrás das grades, mas não está....E quem diria, Dona Yeda, aquele "festeiro" virou o grande inimigo de seu governo.... Bem feito, quem escolhe certas amizades colhe o que se plantou.
O Diógenes ao fundo sorri.
Certo. Mas o Bigode não pode virar "paisagem" por muito tempo. Ele como político tem que intervir na realidade, não pode ficar eternamente olhando a caravana política passar. As pessoas são líderes até o momento em que saem do palco e vão e permanecem na platéia para sempre. Acho que o Bigode já é quase um ex-líder.
O problema seria somente o Lair, mas tem o Marcelo, tem o barbicha, e tem a Secretária de Cultura (amissíssima), e tem o pessoal lá de Canoas, e tem o Martini, e antes do Lair tinha o Dorneu Maciel, tem o caso de Lajeado, tudo com gente finíssima.
E tem secretários e auxiliares demissionário às pampas (decerto todos traidores).
Então o problema não é o Lair, esse solitário gangster malvado, mas todo o entorno, e esse entorno tem um centro.
No centro de tudo está a Yeda, protegida sempre por um intermediário.
Tem sempre um dalit para a Yeda não encostar na merda mas lidar com ela e tirar proveito, nem que seja deixar tudo como está.
E tem sempre um MP e um TCE e uma AL para colocar panos quentes na merda tanto quanto possível.
Yeda caiu na arapuca que a RBS e a direita gaucha criaram e cevaram para quem sucedesse Rigotto. Quem sucedesse Rigotto iria colidir com esses trastes.
Só que Yeda entrou de cabeça no jogo como player, não tropeçou nem se enrascou acidentalmente nele.
Por de trás de tudo isto está a poderosa RBS. Aliás por de trás e pela frente...
Claudio Dode
Qual o remédio esta mulher usa? Parace estar sempre impecável! Será a demência que a deixa assim? Ou a maldade? Ou a arrogância?
A lista de crimes, elencada por ti, é de deixar um ser com sangue quente arrasado!!!
Que horror!!!
O pior, amiga,são as putarias elencadas pelo teu marido...
A Yeda vai governar até o final de seu mandato!
Não tem petralha ou pçolico para destituí-la!
As "novas provas" já se esfarelaram.
Coitados dos que pensam que o RS vá eleger governador o tarsinho punhet...!
E vejam a nova "aula" do noço profeçor prezidenti:
" Essa crise é uma crise em que nós temos de provar quem é ousado, quem tem coragem e quem vai fazer as coisas na hora certa. Não é uma crise para ficar chorando ou lamentando. Em qualquer atividade econômica tem momento de 'pico para cima' e momento de 'pico para baixo'.
E ainda faltam 598 dias para o mula picar a lula, ou melhor, para o Lula picar a mula.
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