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quarta-feira, 6 de maio de 2009

O governo das “questões pessoais”


O que ainda sustenta a desmoralizada governadora no cargo?

A governadora tucana – que praticamente não tem oposição – nem precisa de oposição, é traída semanalmente pelos conflitos que ela mesmo cria, acrescido das muitas confusões entre o que é público e privado, e que formam o caldo de cultura para a sua mais completa desmoralização como dirigente do Estado do Rio Grande do Sul.

O que ainda sustenta a governadora Yeda Crusius no cargo é a conjugação, não concertada, tácita, de alguns fenômenos políticos: o apoio irrestrito da mídia local, a sustentação institucional dos outros Poderes, em especial de franjas interessadas do MP, e a inapetência da oposição para pôr termo ao seu governicho (reforçada por um certo olho branco do governo federal).

Por muito menos, bem menos, bem menos, o governador Jackson Lago do Maranhão foi defenestrado do poder, mês passado.

9 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

O que sustenta a governadora no cargo é que ela ganhou do Olívio Dutra por uma diferença de 8%. E quem perdeu a eleição quer impor sua agenda, inclusive fazendo acusações sem provas, como fez o PSOL há mais de dois meses. E nada veio a tona. Comparar a situação de Yeda com Lago é absurdo. Lago foi denunciado e condenado por abuso do poder político. Segundo a Folha, "Em 2006, na condição de candidato ao governo, Lago teria contado com o auxílio do então governador do Maranhão, José Reinaldo, e, mediante uso da máquina, se beneficiado da assinatura irregular de convênios com 156 municípios do Estado no valor de R$ 280 milhões. Além disso, em pelo menos dois episódios, teria havido compra de votos relatada pelos próprios eleitores e por um líder. comunitário." Não existe nenhum processo eleitoral tramitando contra Yeda.

joselda disse...

Ah, bom! Que alívio vc me dá, seu Maia.

mariorangelgeografo.blogspot.com disse...

É mesmo, eu até estava preocupado. Ainda bem que não tem NADA contra a bruxa Yeda.

Graças a RBS... e ao Maia

Anônimo disse...

Pra mim, este comentário do Maia é o típico caso do do post de ontem, "A purgação de alguns poucos":
[...]Mas, aos que têm dificuldades com a leitura e a interpretação de textos. Aos que combatem, de forma aguerrida e convicta, fantasmas de sua própria imaginação. Deduzem argumentos que o texto não contempla.[...]

Esse é o eixo principal do post que tem que rebater, ao invés de ficar criando factóides da sua própria imaginação:

"O que ainda sustenta a governadora Yeda Crusius no cargo é a conjugação, não concertada, tácita, de alguns fenômenos políticos: o apoio irrestrito da mídia local, a sustentação institucional dos outros Poderes, em especial de franjas interessadas do MP, e a inapetência da oposição para pôr termo ao seu governicho..."

el barto disse...

pois é, pq. os outros "puder" (assembleia, mp, judiciário) ainda não deram um basta nesse governo desgraçado? rabo preso tb.? da rede bunda suja eu não espero nada, afinal de contas eles são os grandes responsáveis pela eleição dessa desgraçada.

Noiram disse...

Como obter provas, se todos estão do lado da bruxa? Ah, tem o empresariado e o latifúndio também.

Anônimo disse...

É realmente um absurdo a comparação do Lago com a Yeda, até porque o Lago foi condenado pelo abuso do poder economico de outro.

Já a Yeda é abuso direto ao erário público e nada. O MP parece que nem existe.

Claudio Dode

Anônimo disse...

A sociedade se compõem de muitas panelinhas que se arranjam e se compõem, e resulta nesse espetáculo a céu aberto, nesse desfile diário de indícios e suspeitas graves, que restam sem investigação.
Experimentem aplicar o teto no Executivo, no TJ, no MP e no TCE, vamos ver por quanto tempo essas instituições seguem tratando tudo com água morna.

Luís disse...

Eu poderia acrescentar: se estão faltando lideranças de esquerda, democráticas, mais decididas, também está faltando base para "empurrá-las".
Este é o momento do RGS, que resolveu andar para trás, mesmo que a maioria conscientemente não queira.

Mas a direita pode aguardar... a reação popular à (mais) esta crise capitalista está no começo do começo e muitas águas ainda vão rolar, e agora rapidamente, não mais num futuro distante.

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