Tarso Genro está tão rifado quanto Yeda Crusius
Como a grande política foi abolida no Rio Grande, predomina a pequena política, aquela que Gramsci dizia pertencer à esfera das realizações insignificantes, que sequer arranham o verniz do poder, como as feiras eleitorais periódicas, os negócios pedestres da moralidade pública, pequenos escândalos político-existenciais de personagens sombrios, o infindável braseiro das vaidades, as disputas partidárias de beleza e força eleitoral, os arranjos e acomodações das oligarquias, o cálculo oblíquo e aritmético dos chefetes locais, etc.
Esse buquê de flores minúsculas, mal cheirosas e que murcham a cada 24 horas – precisando ser renovadas cotidianamente – é o que adorna e representa o centro da cena pública guasca, hoje.
No reino da pequena política, por suposto, predominam os pequenos reis. Entre esses, se destaca a figura do senador Pedro Simon, padrinho de uma geração de nulidades da grande política ou especialidades da pequena política – como vocês quiserem.
Na crise de lideranças em que se encontra o Estado sulino, o senador Simon ainda se sobressai com vantagens sobre os demais. Percebendo isso, o lulismo de resultados confiou-lhe secretamente a tarefa de dirigir e organizar a sucessão estadual, desde que aceitasse e trabalhasse por uma dada contrapartida – que não se fazem negócios manetas, pelo menos na pequena política.
O senador chega a uma reunião ampliada do diretório estadual do seu PMDB, sábado passado, e praticamente lança o ex-governador Germano Rigotto à sucessão de Yeda Crusius. O ex-governador prontamente proclama que aceita a dura incumbência. Ato contínuo, o senador arremessa pedradas contundentes no pré-candidato petista ao Piratini, o ministro Tarso Genro, acusando-o de orientar politicamente a Polícia Federal na precipitação dos escândalos que envolvem o tucanato no Rio Grande do Sul.
Simon ficou tão inebriado com a sua performance de final de semana que depois disse que não se lembrava de nada. Chegou a negar que tivesse criticado o ministro da Justiça, tamanha a euforia com que desempenhou a missão de plenipotenciário eleitoral do lulismo de resultados.
Mas as tarefas planaltinas preparatórias para a agenda eleitoral de 2010 não estão integralmente confiadas ao senador peemedebista. Circula pela internet um texto assinado por conhecido militante petista (depois, fiquei sabendo que o artigo está publicado no portal web da revista CartaCapital) que, a pretexto de analisar a "política" e o quadro eleitoral do ano próximo, acaba concluindo que “os dois partidos [PT e PMDB] reúnem os melhores quadros da política gaúcha”. É a senha para a adesão passiva e acrítica à uma fórmula impensável, nos tempos que o PT honrava a condição de partido político combativo.
Vê-se, pois, que não é somente Yeda Crusius que foi jogada pelos seus companheiros de jornada aos tubarões, Tarso Genro, compartilha do mesmo cruel destino da governadora tucana. Bate-se avulsamente num mar de predadores "amigos".
O acerto pelo alto entre o PT nacional e Pedro Simon tem provocado verdadeiro pânico nas legendas parasitárias do Estado, aquelas que sempre encontram estufa quente para abrigar seus interesses fisiológicos, seja com Antonio Britto, Germano Rigotto ou Yeda Crusius. Tanto que já há um movimento para estudar a possibilidade de uma candidatura que seria de “terceira via”, como estão apelidando seus obesos protagonistas. Tudo simulação. O que eles querem com fervor profano e fé mundana é um pouco de ficha para procederem às suas apostas na corrida eleitoral que se avizinha. Nada mais que isso.
De resto, o senador Simon está colhendo, agora, no pântano guasca a flor malcheirosa que colocará para adornar o Piratini a partir de 2011. É o triunfo definitivo da pequena política no único Estado que fez a sua própria revolução burguesa, ainda no século 19.
Como a grande política foi abolida no Rio Grande, predomina a pequena política, aquela que Gramsci dizia pertencer à esfera das realizações insignificantes, que sequer arranham o verniz do poder, como as feiras eleitorais periódicas, os negócios pedestres da moralidade pública, pequenos escândalos político-existenciais de personagens sombrios, o infindável braseiro das vaidades, as disputas partidárias de beleza e força eleitoral, os arranjos e acomodações das oligarquias, o cálculo oblíquo e aritmético dos chefetes locais, etc.
Esse buquê de flores minúsculas, mal cheirosas e que murcham a cada 24 horas – precisando ser renovadas cotidianamente – é o que adorna e representa o centro da cena pública guasca, hoje.
No reino da pequena política, por suposto, predominam os pequenos reis. Entre esses, se destaca a figura do senador Pedro Simon, padrinho de uma geração de nulidades da grande política ou especialidades da pequena política – como vocês quiserem.
Na crise de lideranças em que se encontra o Estado sulino, o senador Simon ainda se sobressai com vantagens sobre os demais. Percebendo isso, o lulismo de resultados confiou-lhe secretamente a tarefa de dirigir e organizar a sucessão estadual, desde que aceitasse e trabalhasse por uma dada contrapartida – que não se fazem negócios manetas, pelo menos na pequena política.
O senador chega a uma reunião ampliada do diretório estadual do seu PMDB, sábado passado, e praticamente lança o ex-governador Germano Rigotto à sucessão de Yeda Crusius. O ex-governador prontamente proclama que aceita a dura incumbência. Ato contínuo, o senador arremessa pedradas contundentes no pré-candidato petista ao Piratini, o ministro Tarso Genro, acusando-o de orientar politicamente a Polícia Federal na precipitação dos escândalos que envolvem o tucanato no Rio Grande do Sul.
Simon ficou tão inebriado com a sua performance de final de semana que depois disse que não se lembrava de nada. Chegou a negar que tivesse criticado o ministro da Justiça, tamanha a euforia com que desempenhou a missão de plenipotenciário eleitoral do lulismo de resultados.
Mas as tarefas planaltinas preparatórias para a agenda eleitoral de 2010 não estão integralmente confiadas ao senador peemedebista. Circula pela internet um texto assinado por conhecido militante petista (depois, fiquei sabendo que o artigo está publicado no portal web da revista CartaCapital) que, a pretexto de analisar a "política" e o quadro eleitoral do ano próximo, acaba concluindo que “os dois partidos [PT e PMDB] reúnem os melhores quadros da política gaúcha”. É a senha para a adesão passiva e acrítica à uma fórmula impensável, nos tempos que o PT honrava a condição de partido político combativo.
Vê-se, pois, que não é somente Yeda Crusius que foi jogada pelos seus companheiros de jornada aos tubarões, Tarso Genro, compartilha do mesmo cruel destino da governadora tucana. Bate-se avulsamente num mar de predadores "amigos".
O acerto pelo alto entre o PT nacional e Pedro Simon tem provocado verdadeiro pânico nas legendas parasitárias do Estado, aquelas que sempre encontram estufa quente para abrigar seus interesses fisiológicos, seja com Antonio Britto, Germano Rigotto ou Yeda Crusius. Tanto que já há um movimento para estudar a possibilidade de uma candidatura que seria de “terceira via”, como estão apelidando seus obesos protagonistas. Tudo simulação. O que eles querem com fervor profano e fé mundana é um pouco de ficha para procederem às suas apostas na corrida eleitoral que se avizinha. Nada mais que isso.
De resto, o senador Simon está colhendo, agora, no pântano guasca a flor malcheirosa que colocará para adornar o Piratini a partir de 2011. É o triunfo definitivo da pequena política no único Estado que fez a sua própria revolução burguesa, ainda no século 19.
24 comentários:
"obesos protagonistas" é algo... não sei pq., lembrei do suíno beberrão da farsul.
Pobres suínos!Por quer insistimos e m comparações que desmerecem o chamado reino animal? Certas personagens pertencem ao reino do inominável.
A quem interessar: a alinça pt/pmdb já existe em vários município, principalmente do litoral norte onde os caciques Alceu Moreira e Eliseu Quadrilha (ops: Padilha) estão dando de relho, pois levaram o pt a armadilha do vice em chapas com eles na cabeça. Até o presente data, essas alianças tem sido um fracasso, pois não existe participação popular, ao contrário: são governos autoritários, que contemplam os interesses pessoais de ambos os partidos e o povo que se lixe, como diz o deputado guasca de santa cruz do sul.
Janufilho
As vezes o cavalo do comissário não ganha, viu ?
O ideal é Bigode e Dilma.
Eu li o artigo do Soneca que tu refere. Fica de quatro pro PMDB, uma coisa vexatória pra quem é petista, que não é mais o meu caso e de muitos que conheço. O articulista é da DS, que certamente sofreu um calor pra aceitar a cabeça de chapa do Rigotinho, caso contrário teriam que devolver o ministério MDA. Aposto que o TG vai aceitar tudo caladinho se não quiser ser expulso do ministério da Justa.
Eu acho que isso não vai acontecer, porque o velho PMDB vai continuar em cima do muro, navegando entre as candidaturas de Dilma e Serra. Mas seria muito engraçado -- se ocorrer realmente um pacto entre o PT e o PMDB -- ver a militância petista votando no Rigotto ou no Fogaça.... Vai ser muito engraçado.
a militância petista ou os CC's e os Sonecas da DS?
- Adivinhem que seria o Secretário dos transportes?? pago um "corneto"para quem acertar. Até o mala do Maia pode opinar.
Se levada adiante essa "conspiração", que consiste em entregar o sul aos predadores para ficar com o Planalto Central, penso que os petistas gaúchos deveriam responder com o boicote nas urnas, que se daria conforme as alternativas colocadas à disposição nas urnas. Mas, como prevenir é melhor que remediar, essa campanha deveria ser iniciada desde já.
Germano.
Tudo pode acontecer no caos da politica gaúcha. Os fisiológicos estão mesmo pensando em lançar um candidato (encomendaram pesquisa de sondagem). A RBS está perdida com a volta à cena do Rigotto. Vinham preparando o Fogaça (lembram da famigerada carta do Alabarse? e agora estão como barata tonta. Yeda já era. Se Rigotto vai ter apóio do PT? Parece complicado.
Ja se dizia aqui ano passado.
Esse modelo de Estado acabou, representatividade popular NULA.
Soluçao:
organizar-se em pequenos grupos a nivel de bairro e municipio, privadamente, e suprir a carencia de Estado. Ou isso ou a barbarie dentro de 20 anos.
Estabelecer um novo sistema de deposito de valor, que permita a circulaçao de mercadorias sem depender do "papel" inviado do planalto. Scambo? Pode até ser, funcionou por 2500 anos no Egito...
PT no RS nunca mais!
PT salva, PT purifica....Temos que exorcizar o estado!
PSDB, DEMO, PP, PMDB, PPS e PTB nunca mais!
Cara, eu não organizo nem minha casa direito, minha vida privada é uma bagunça com mestrado, trabalho, família, mil detalhes todos os dias, então vamos no organizar em bairros e combinar que varre as calçadas e quanto fica o rachid da desentupidora ?
Tá louco.
Já ouviste falar em especialização e divisão de tarefas ?
Gera muita riqueza, sabes ?
Cada um faz um pedacinho do que a sociedade precisa.
É isso ou uma vida medieva.
Parasitismo sempre vai existir.
É o maior e mais bem sucedido nicho da natureza, o parasitismo é parte do mundo.
A sociedade sem parasitismo não existe, até porque depende do conceito de cada um.
Enquanto existir parasitismo vai existir essa bovinagem procurando emprego sem querer pensar o novo, sem querer quebrar os seus ovos para fazer omeletes, que é PMDB, PSDB, PP, PDT, PTB, gente que vive para a fisiologia do dia-a-dia.
Feil, estas perdendo o controle dos posts.
Abs.
Jairo Fonseca
Texto impecável. Estou até pensando em copiar e dizer que é de minha autoria, já que o assunto é sobre parasitas.(brincadeira)
Gostaria apenas de um link para o texto mencionado que foi publicado na Carta Capital. Parabéns Feil!
Ainda perguntam por que CPI?
E tem gente que vai pra rua protestar contra a CPI!
Claro que a maioria daqueles 3000 faz parte das ONGs, é CCs nas Prefeituras envolvidas, é militante, é MST que também mama na Petrobras....
A Petrobras repassou R$ 609 milhões, sem licitação, para financiar 1.100 contratos com ONGs, patrocínios, festas e congressos nos últimos 12 meses. Só com organizações da sociedade civil, foram 230 convênios de R$ 83 milhões. É o que mostra reportagem de Dimmi Amora e Maiá Menezes, publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO. ( Leia mais: Dilma diz que governo não vai substituir diretor da Petrobras em troca de apoio do PMDB na CPI )
Análise de amostra destes convênios revela que falta controle dos recursos repassados: entre os beneficiados há desde entidades cujo endereço não existe até outras que pararam de funcionar ou são ligadas a políticos aliados do governo. A Associação Comunitária Carlos Pontes, beneficiada com R$ 317 mil, pertence a um suplente de vereador em Duque de Caxias que, na última eleição, foi autuado por distribuição de cestas básicas no local.
Nos repasses a estados e municípios, petistas são os principais beneficiados com verba de projetos para proteção da infância e da adolescência.: 35% do total previsto para este ano.
A Petrobras diz que os repasses obedecem a uma seleção e que não há critério partidário nos contratos com prefeituras. Segundo a estatal, a legislação não prevê sua atuação na prestação de contas nem na fiscalização das verbas.
Cara, para se ganhar uma briga, primeiro tem se escolher direito o adversário.
Esses infelizes escolheram a Petrobrás, orgulho nacional para brigar.
Megaempresa, organizada, só tem diretor do quadro funcional (profissionalizada) e que presta contas para meio mundo.
É dar soco em ponta de faca.
Tudo que apontam de irregular, ou é pífio, ou advém de coisas que eles fizeram quando estavam no poder.
Foi FHC quem editou lei para a Petrobrás contratar sem licitar, descobrimos o criminoso por causa desses infelizes que pediram a CPI.
Afinal são eles que acham tudo que o Estado faz uma perda de tempo, é coerente que FHC quisesse desembaraçar seus diretores.
A Siemens e a Dell licitam, o Zaffari faz concurso para contratar analista, mas não conta para o anônimo das 16:16, vai dar um nó na cabeça dele.
Tanta incompetência na escolha de alvos e facilitação na mobilização da militância só pode ser um complô da oposição para entregar a eleição de 2010 de bandeja.
Mais um complô contra a democracia.
O artigo do empresário do ramo gráfico Soneca, militante da DS do PT-RS, não está mais no site da revista Carta Capital.
Teria tomado doriu?
A comitiva da Yeda chegou para a missa em Caravaggio as 10:20. Às 10:30 a sacristia foi assaltada...
Que coincidência, hein?
Petrobrás gastou R$ 72 bi em contratos sem licitação, em oito anos
Desde 2001, durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até abril deste ano, a Petrobras gastou cerca de R$ 72 bilhões em contratos feitos sem licitação. Os gastos foram autorizados, em 1998, por um decreto presidencial assinado por FHC e, posteriormente, amparados por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre 2001 e 2002, a empresa, sob administração tucana, gastou R$ 25 bilhões em contratos do gênero, em valores não atualizados, uma média de R$ 12,5 bilhões por ano. No governo Lula, esses gastos chegaram a R$ 47 bilhões, entre 2003 e abril de 2009, uma média de R$ 7,8 bilhões anuais.
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Melhor os espertinhos seguidores do Arthur Virgílho-4%-de-votos, darem uma lida nesse texto do Leandro Fortes, aí, se lê não só bom jornalismo, como informações corretas de o porquê de certas práticas da Petrobrás e blá, blá, blá... ô gente mais chata!
Acessem:http://brasiliaeuvi.zip.net/
o link que o Sérgio pediu
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=4165
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