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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Desagravo a Olívio Dutra


Quem deve desculpas?

Ninguém desconhece que não nutro o menor apreço pelo ex-ministro José Dirceu, pelos motivos sabidos e consabidos, muito menos pelos que fazem parte do seu vasto círculo de cupinchas e apaniguados, como é o caso do burocrata Paulo Ferreira, dirigente nacional do PT.

Mas o senhor Ferreirinha tem sobradas razões - pontualmente - na resposta ao ministro Tarso Genro (acima). Um desagravo necessário – ainda que tardio – ao bravo ex-governador Olívio Dutra.

De resto, esse quiproquó todo é a prova provada que o PT só esquenta a chapa quando chega o período eleitoral. O resto é silêncio.

O fac-símile parcial é de ZH de hoje, coluna da abelhinha.

21 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

"Bravo governador Olívio Dutra" é dose para mamute. Bravo da onde? Bravo por que? Existem grandes semelhanças entre o governo Olívio e o governo Yeda: coleção de listas de brigas, incapacidade de gerenciar os conflitos e incompetência na comunicação. E se Olívio tivesse disputado a eleição, no lugar de Tarso, não teria nenhuma chance de ir ao segundo turno, tamanha sua impopularidade. O mesmo acontece com a Yeda.

caça aos doidos disse...

o cara aí de cima é doido? semelhança com a ieda? de onde..essa safada está envolvida na lama provada e comprovada de corrupção e vem falar do olivio?

outra, companheirada..também não nutro amores pelo josé dirceu, mas não é pelo que a midia direitosa tentou fazer com ele...ora , dirceu foi um grnade lutador que nunca foi engolido pela direita fascista desse país...

Suzie disse...

Pois é...
O Maia fala do sentimento que não possui.
Comparar o governo da D.Y com o de Olivio Dutra é para morrer, de tanto rir.
Não só o Tarso, como toda a mídia guasca ligadas ao PIG, devem DESCULPAS para o GRANDE OLIVIO DUTRA.
Incluiria o BISOL!
Outro resgate que devemos EXIGIR!

Anônimo disse...

Parem com essa bobagem. Deixar que o BURROcrata Paulo Ferreira paute a política do PT já é demais. Pedido de desculpas? Qual o motivo? Só para quem trabalhou no governo Olívio sabe que o então governador não chegaria ao segundo turno nem por decreto. foi o melhor governo da história guasca, sim, foi, mas a RBS fez o favor de não mostrar isso. Parem com esse achismo. O PT caiu nessa armadilha por personagens como esse PAULO FERREIRA. Quantos votos ele tem? Já teremos dificuldades imensas no ano que vem, não acham? Parem de ser pautados pela RBS, Paulo Ferreira ou outros ignorantes. Governo Olívio foi muito bom, mas já foi. Não adianta ficarmos aqui discutindo o ontem. Independente de quem for o candidato - Vanazzi, Villa ou Tarso - o PT precisa estar unido. do contrário perderemos as eleições para um poste que a direita guasca apoiar.

Fabrício Nunes disse...

Ferreira tem razão em parte do que disse - saliento, aliás, como você fez, Feil, que não nutro nenhum apreço pelas posições políticas de Tarso.
Todavia, revelando alguma coisa equivalente ao mau-caratismo intelectual (ou moral, mesmo), o tesoureiro sonega que apoiou integralmente a campanha de Tarso, já nas prévias.
O senso ético de Paulo Ferreira, como se vê, sofreu alterações por conta da conjuntura...

Elenara Castro Teixeira disse...

Quem é na História desse nosso País, Paulo Ferreira? Ninguém!

Quem é na história desse nosso Estado, Paulo Ferreira? Ninguém!

Quem é na História do nosso PT, Paulo Ferreira?
Um aproveitador de marca maior, que percorre e se alimenta das nossas mazelas.

Sou sempre e toda vida, Olívio e Tarso

Anônimo disse...

A onda é clássica: a ZH pautando o debate político do PT e da sociedade. Não é de hoje que tramam ajoelhar a DS e outras forças `a esquerda do PT. Porém, desde que o Zé Dirceu esteve em Porto Alegre que a campanha a favor de uma aliança de joelhos com o PMDB ganhou mais força e espaço principalmente da colonista Abelha Rainha. Alguem aí tá metendo mão na grana. Ou a Abelha, como o Mainardi, ou então o Dirceuzão, grande amigo do Dantas, por sinal, e mesmos 'modus operandi', quiças.
São bizarras as arrumaçòes para as proximas eleições.
As alas do PT sulista mais de esquerda não devem se pautar por esse debate eleitoreiro/aliancista/excludente que a mídia engorda dia a dia.

Alfredo Funghi

edu disse...

Qualquer analise séria e competente, para citar uma administraçao semelhante, na competencia, ao Governo 99/02 deve retornar aos tempos de Leonel Brizola ao Governo do RS.

Uma analise macroeconomica, das medidas tomadas pelo Governo Olivio, nos faz compreender a genialidade daqueles administradores.

Dilma, futura Presidente da Republica, era secretaria de quem?

E o maia é o ser mais repugnante que li hj.

Nelson Antônio Fazenda disse...

Semelhanças entres os governos do Olívio e o de Yeda? O colega de comentários, Maia, extrapolou.
Com Olívio tivemos compromisso com as causas populares.
Como Yeda temos compromisso com o crescimento dos lucros do grande empresariado, nativo e estrangeiro.
Com Olívio tivemos ética e lisura na condução da coisa pública.
Com Yeda temos corrupção, aproveitamentos, roubalheiras.
Com Olívio tivemos simplicidade à testa do governo.
Com Yeda temos um transbordamento de arrogância no Palácio Piratini.

Queremos o retorno da simplicidade, da ética, da lisura e do compromisso com o povo.
Olívio 2010!

edu disse...

Caro Nelson Fazenda,

Qual seria o resultado da eleiçao HOJE:

2002 - OLIVIO x rigoto

2006 - OLIVIO X yeda

Pergunto ao Rio Grande, QUAL SERIA O RESULTADO???

O O O Olivio, governador pro Rio Grande melhorar!!!

Vem Vem Vem com GALO MISSIONEIRO!!!

edu disse...

Desculpem o esquecimento

1998 - OLIVIO x brito

(nessa eu sai pelas ruas com a bandeira às costas, e nao sou filiado ao PT)

Anônimo disse...

REVISITEI UM TEXTO DE 2007 SOBRE
OLIVIO DUTRA
Sentado tomando uma ceva em um daqueles bares da rua do Mercado Público de Porto Alegre, eu observava o movimento.
Era um final de tarde, e a luz se esvaía pelas frestas dos grandes edifícios que circundam o largo Glênio Peres.
O volume de pessoas andando para todos os lados crescia.
As pessoas tomavam os seus rumos, ou para casa após um longo dia de trabalho, ou para atividades no turno da noite no Centro da capital.
Os barulhos também eram muitos e diferentes.
Era o grito dos ambulantes vendendo tomatealhofrutaspilhaantenavideogameroupadvd e tudo o mais.
Era o barulho do motor dos ônibus, da música que forçava a sua passagem pelos ruídos, cruzando o largo desde o Chalé da Praça XV.
E é ali, naquele horário, que cruzam os caminhos milhares de cidadãos.
É ali que negro atravessa o rastro do branco, que cruza olhares com a prostituta, que sente o cheiro de urina dos moradores de rua, que olham sedentos a carrocinha do cachorro-quente, que serve o estudante, que paga com suas fichinas escolares, que ele comprou dos vendedores ilegais ali na esquina da Voluntários, que observam atentamente se não há fiscais em volta...
Este é o mundo real de uma cidade.
Sem ar-condicionado.
Sem conforto.
Sem perfume.
E é lá no meio da multidão que observo uma figura conhecida.
Um tanto franzino, um pouco corcunda até.
Uma figura incógnita, um ninguém como todos os que cruzam por ali.
Passaria batido, mas há algo que o entrega aos meus olhos: o vasto bigode.
Era Olívio Dutra.
Ex-prefeito de Porto Alegre, ex-governador do RS e ex-Ministro da República.
Cruzava o largo em direção à Praça Parobé para pegar o seu ônibus.
Mesmo quando prefeito e, posteriormente, governador, Olívio nunca perdia os seus hábitos - digamos assim - comuns.
Não foram poucos os que o encontravam em ônibus de linha, ou passeando pela cidade, ou até mesmo tomando uma cachacinha no Bar Naval, naquele mesmo Mercado Público que por ora eu me encontrava.
Olívio Dutra entra, então, para a galeria d'os caras por causa disso.
Porque é homem comum.
Em todos os meus anos de Porto Alegre nunca encontrei outras figuras públicas andando tão tranqüilamente por entre as pessoas como ele andava.
Sem claque, sem segurança.
Hoje, nosso invisível prefeito faz operação de guerra para entrar em carros oficiais na saída da Prefeitura. Temos uma governadora que não põe o pé na praça pública, prefere entrar em um ômega com ar-condicionado e fazer a volta na Matriz para chegar ou ao Tribunal, ou à Assembléia Legislativa.
São míseros 50 metros!
Metros estes infinitamente inferiores aos que presenciei Olívio andando naquele dia.
Aqueles não são gente. Não são povo.
Se acham mais. Se escondem em suas castas.
Esquecem-se que o Estado, na realidade, é de quem pega o ônibus, de quem põe o pé na calçada esburacada, de quem todos os dias cruza o largo em direção ao pôr-do-sol do Guaíba, mas nunca o vê, porque o ônibus parte para iniciar-se mais uma etapa da sua rotina de todo o dia: o voltar para casa.
Eu enxerguei um Olívio assim.
Voltando para casa sem ver o pôr-do-sol.
Pobre Rio Grande do Sul...
do site:
http://galeriadoscaras.blogspot.com/2007/03/olvio-dutra.html

enviado por AndreBecker

Luís disse...

Continuo convicto de que se fosse o Olívio o candidato em 2002 teria vencido, apesar da guerra político-ideológica de 4 anos sem tréguas feita pelo fascismo gaudério, de ocasião ou não.
Mas é obrigatório registrar o fato: o Tarso já fez esta "mea culpa", numa longa entrevista ao jornal NH, este ano.

Luís disse...

Completando o raciocínio...

Embora saiba que, sem a guerra cotidiana contra o governo Olívio durante os 4 anos, o PT teria eleito qualquer um facilmente em 2002, lamento aquela disputa interna que levou à derrota final.

Mas, mal ou bem, Tarso venceu uma disputa prévia, e o que houve, por trás disto, foi a objetiva incapacidade das esquerdas - não só do PT - de sustentarem um governo minimamente popular mas na contramão da história. Boa parte da base militante da Frente Popular estava quase apavorada com a "guerra", e foi também para isto que ela serviu, com a candidatura Tarso aparecendo como "a salvação".

Este tipo de análise é que quem não se considera sectário deveria fazer, até porque o próprio Tarso já o fez, pelo menos onde registrei acima.

Juarez Prieb disse...

Durante o governo Olívio a mídia guasca pautou o debate a ponto de quase desconstituir a administração petista. Até a Luciana Genro tirava casquinhas metendo o pau no governo, como boa oportunista que sempre foi. Pois bem, a própria militância petista foi na onda da mídia, por isso o resultado da prévia favoreceu Tarso (que carregava filiado de ônibus como qualquer candidato dos partidos tradicionais). Olívio sofreu ataques então da mídia direitosa e do próprio PT que já começava a dar sinais de deterioração política e moral, haja vista que aniquilou o seu próprio governador, não lhe dando chance de fazer o debate eleitoral para se defender dos ataques da direitosa golpista.
Essa história ainda precisa ser contada em detalhes por algum autor corajoso. Tem muita coisa varrida para debaixo do tapete do nosso cinismo e acomodação pequeno burguesa.

Jordi disse...

Não sei se o "Tarso carregava filiado de ônibus", até porque acho que o Tarso não sabe dirigir ônibus. Imagino que o Juarez quis dizer que o grupo que o apoiava fazia isso. Lamentável, e também é lamentável que o grupo do Olívio fizesse exatamente o mesmo, organizadamente, além de pagar mensalidades atrasadas de filiados para que estes fossem votar. Eu presenciei. Voto de cabresto, de ambos os lados, uma pena.

Anônimo disse...

O governo Olivio é a prova da dificuldade que é a esquerda governar não só sozinha (no parlamento, na mídia, na "opinião pública" e seus reflexos no militante/eleitor) como frontalmente opostas aos poderes (mídia, empresariado, conservadorismo por ser vanguarda. E ainda assim fez um governomemorável. Grande Olivio. Ainda assim, apoiei Tarso na oportunidade pelo seu poder dialético (maior capacidade de defender o governo popular que o próprio Olivio - afogado nas injustas injurias - e, ainda, atacar, habilidade que o "cumpanheiro" não tem). A derrota, como se viu, deveu-se ao anti-petismo cultivado ao longo dos anos e refogado nos 4 anos de governo. Não dêem atenção ao MAIA: se ele odeia o Bigode e defende a Yeda quer dizer que ele aprova um ou desaprova o outro? Contraditório. Imaginem se os escândalos quinzenais (vamos deixar assim) da Yoda ocorressem no governo Olivio, o que não teriam dito o Lasier, a Ana Amélia, o Santana e todo esse povo aí que vocês estão pensando e excomungando? Tarso e Olivio são duas faces da mesma moeda, o Dirceu teve seu valor, apesar de tudo e o Berzoini que vá pra PQP!

jborges

Jardel disse...

borges vc é o típico inocente útil, por causa de tipos como vc que o pt está no pântano

o tarso é mais dialético que o olívio, de onde vc tirou isso rapaz?

já vi que o seu nível de "politização" foi conseguido graças à leitura diária de ZH.

vixe!!!

claudia cardoso disse...

Mas a Rosane de Oliveira é sem vergonha! Já traz, para a sua coluna, uma discussão que diz respeito apenas ao PT e tem petista que se presta para isso!

Sem sombra de dúvidas, Olívio Dutra é o político gaúcho mais injustiçado. O capítulo de grande homem público ainda está por ser escrito na História do RS.

Agora, não na coluna da Oliveira! Isso só serviu para encher o saco dos filiados pura e simplesmente.

Por fim, chega de ver bate-boca interna de qualquer partido de oposição a Yeda e Fogaça nas páginas do PIG! Essa gente só quer tumultuar o processo.

Será que o PT ainda não aprendeu isso????

Paulo Renato disse...

Tarso:

-negou-se a ser vice do Olívio em 98, dividindo o partido;
-concorreu à prefeitura em 2000 apenas para se cacifar, rompendo a tradição do vice ser candidato e jogando o Fortunati pra fora do PT;
- renunciou um ano depois e impediu que Olívio tentasse a reeleição em 2002.

Que ego personalista, hein? Mas se ele for candidato ano que vem, estaremos juntos outra vez, fazer o quê...

julio disse...

Falta um comentário mais atualizado para demover todos os petistas teimosos:
Diferente de Olívio Dutra, e governando sob a tempestade do PT, a governadora Yeda demonstrou competência de sobra para tirar o RS do buraco financeiro, deixado por seus antecessores. Isso dói nos petistas gaúchos. Como dói!!!









Subject: Artigo do secretário Mateus Bandeira - O Globo de 28/12


OPINIÃO
Hora de mudar - Publicada em 28/12/2009 às 15h29m


Nos últimos anos, governos estaduais e municipais de diferentes correntes ideológicas adotaram métodos modernos de gestão pública com o objetivo de ampliar e melhorar a qualidade dos serviços públicos.

A questão foi objeto de ampla reportagem do GLOBO (dia 13/12). No Rio Grande do Sul, depois de 37 anos de déficits públicos continuados e deterioração da qualidade dos serviços públicos, o governo Yeda Crusius também empreendeu um enorme esforço de ajuste fiscal e de modernização.

A tarefa parecia impossível: o governo local atrasava pagamentos a fornecedores e contratos de dívida, investia pouco na ampliação e qualificação dos serviços e, ainda, necessitava de financiamentos até mesmo para pagar despesas básicas como 13 salário do funcionalismo.

A governadora decidiu atacar e resolver o problema. Já em sua primeira proposta orçamentária, em 2008, deixou claro que faltava R$ 1,3 bilhão para o governo honrar seus compromissos. Começava a transformação.

O estado regularizou seus pagamentos, equilibrou seu balanço e transformou o déficit em superávit orçamentário. Já em 2008, o setor público gaúcho alcançou um superávit primário de R$ 2 bilhões. Graças a esse esforço, o Rio Grande do Sul está ampliando gradualmente e de forma sustentável o investimento público. Para 2010, estão previstos investimentos de R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão em Educação, Saúde e Segurança, o que representa mais de 8% da receita líquida. Outro R$ 1,2 bilhão será aplicado pelas empresas estatais e autarquias, melhorando a oferta de energia, saneamento básico, gás natural e rodovias.

Mudar a forma de avaliar a gestão pública requer tempo, exige mudança de cultura e é um processo gradativo. Recentemente, o governo apresentou o Plano de Valorização do Serviço Público. É mais uma etapa no processo de recuperação. Em discussão no Legislativo, o plano resgata valores básicos, tais como a valorização das carreiras de áreas essenciais por meio da meritocracia e a ampliação e prestação de serviços de qualidade para toda a sociedade. O servidor será premiado pela capacitação, qualificação e desempenho.

O plano pavimenta essa mudança com a preparação do marco legal e a criação de uma nova carreira: a de gestor público, cuja progressão funcional será exclusivamente vinculada às avaliações por desempenho.

É o início da discussão e da possibilidade de se colocar em prática uma nova mentalidade que se consolida em vários países e também no Brasil.

MATEUS BANDEIRA é secretário do Planejamento e Gestão do Rio Grande do Sul.

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