As relações perigosas entre Yeda e fumageiras
As denúncias de que as fumageiras Alliance One e CTA-Continental teriam doado irregularmente R$ 400 mil para a campanha da governadora Yeda Crusius (PSDB) chegaram à Organização das Nações Unidas (ONU). Na última sexta-feira (15), a organização não-governamental Terra de Direitos entregou reportagens e demais documentos que retratam as acusações de Caixa 2 ao Representante Especial da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos, John Ruggie.
O objetivo, explica Gisele Cassano, advogada da Terra de Direitos, é mostrar à ONU as duas formas de atuação das empresas do Brasil. De um lado, as fumageiras exploram os pequenos agricultores através de seus contratos de produção integrada. De outro, aponta Gisele, estaria a relação promíscua das empresas com políticos para ter influências econômicas. Ela exemplifica que o deputado federal gaúcho Sergio Moraes (PTB), que já foi duas vezes prefeito de Santa Cruz do Sul, cidade que é forte produtora de fumo, recebeu R$ 72,5 mil das empresas para sua campanha. O parlamentar foi autor do projeto para a criação de um Fundo Nacional da Fumicultura (FNF), a fim de estimular o plantio de tabaco.
"Quem acaba financiando isso é o fumicultor. Porque ele trabalha, nunca consegue pagar suas dívidas às empresas porque são altíssimas. E por outro lado você vê essa questão de financiar R$ 400 mil em campanhas políticas. A gente vê que é tudo o mesmo sistema. Essa superexploração do fumicultor lá na ponta também é definida para obter dinheiro, o lucro, para financiar essas campanhas e influenciar diretamente nas decisões políticas em relação ao fumo", argumenta.
A suposta participação das fumageiras no esquema de Caixa 2 de Yeda se soma às demais denúncias feitas pela Terra de Direitos sobre violações que as mesmas empresas cometem contra pequenos agricultores. Desde 2006, a entidade já entrou com sete ações na Justiça do Estado do Paraná para anular os chamados contratos de adesão. Segundo Gisele, os contratos são ilegais já que comprometem o agricultor a ser endividado.
"São contratos que as cláusulas já vêm estipuladas pela empresa, o fumicultor não consegue discutir essas cláusulas. Ele assina, juntamente com esse contrato, notas promissórias em branco, procuração em branco para que a empresa capte recursos em instituições financeiras. Dessa forma, começa a dívida dele. Faz toda a plantação e, quando vai vender esse fumo, a empresa coloca um preço menor. Então ele sempre fica devendo à empresa, por mais que trabalhe à noite, nunca tenha domingo ou feriado", diz.
A ONU deve pedir mais informações ao Estado brasileiro sobre as denúncias contra as empresas. Alliance One e CTA-Continental negam ter feito doações irregulares ou que foram utilizadas para Caixa 2. A reportagem é de Raquel Casiraghi da Agência Chasque.
O objetivo, explica Gisele Cassano, advogada da Terra de Direitos, é mostrar à ONU as duas formas de atuação das empresas do Brasil. De um lado, as fumageiras exploram os pequenos agricultores através de seus contratos de produção integrada. De outro, aponta Gisele, estaria a relação promíscua das empresas com políticos para ter influências econômicas. Ela exemplifica que o deputado federal gaúcho Sergio Moraes (PTB), que já foi duas vezes prefeito de Santa Cruz do Sul, cidade que é forte produtora de fumo, recebeu R$ 72,5 mil das empresas para sua campanha. O parlamentar foi autor do projeto para a criação de um Fundo Nacional da Fumicultura (FNF), a fim de estimular o plantio de tabaco.
"Quem acaba financiando isso é o fumicultor. Porque ele trabalha, nunca consegue pagar suas dívidas às empresas porque são altíssimas. E por outro lado você vê essa questão de financiar R$ 400 mil em campanhas políticas. A gente vê que é tudo o mesmo sistema. Essa superexploração do fumicultor lá na ponta também é definida para obter dinheiro, o lucro, para financiar essas campanhas e influenciar diretamente nas decisões políticas em relação ao fumo", argumenta.
A suposta participação das fumageiras no esquema de Caixa 2 de Yeda se soma às demais denúncias feitas pela Terra de Direitos sobre violações que as mesmas empresas cometem contra pequenos agricultores. Desde 2006, a entidade já entrou com sete ações na Justiça do Estado do Paraná para anular os chamados contratos de adesão. Segundo Gisele, os contratos são ilegais já que comprometem o agricultor a ser endividado.
"São contratos que as cláusulas já vêm estipuladas pela empresa, o fumicultor não consegue discutir essas cláusulas. Ele assina, juntamente com esse contrato, notas promissórias em branco, procuração em branco para que a empresa capte recursos em instituições financeiras. Dessa forma, começa a dívida dele. Faz toda a plantação e, quando vai vender esse fumo, a empresa coloca um preço menor. Então ele sempre fica devendo à empresa, por mais que trabalhe à noite, nunca tenha domingo ou feriado", diz.
A ONU deve pedir mais informações ao Estado brasileiro sobre as denúncias contra as empresas. Alliance One e CTA-Continental negam ter feito doações irregulares ou que foram utilizadas para Caixa 2. A reportagem é de Raquel Casiraghi da Agência Chasque.
8 comentários:
Liberdade, igualdade e solidariedade.
Nessa hora vemos que uma sem as outras não basta.
O fumicultor não tem muita solidariedade por ninguém, e nós estamos nos lixando para ele.
Só que isso ocorre com todo mundo em relação aos demais.
A pregação ideológica deve recuperar o significado desse lema e investigar porque é esquecido no RS, ao ponto de ninguém reclamar que foi distorcido ao ser copiado para nossa bandeira.
não diga merda anônimo.
o fumicultor é vítima e não vilão.
ele é vítima das fumageiras multinacionais. Tenta sair da cultura do fumo mas está preso a contratos leoninos ou a dívidas contraídas em seu nome. é vítima também dos venenos químicos que coloca no fumo para garantir preço na hora da venda ao senhor feudal, a fumageira.
o fumo sustenta muitas famílias no estado do rgs mas quase todos tem pelo menos um caso de câncer na família. os caras são só donos da terra, mas não mandam no resultado do seu trabalho e nos produtos que colhem.
é uma situação feudal.
AQUI EM SAMPA SERRA DISTRIBUI LIVRINHOS INOCENTES PARA CRIANÇADA
Terça-feira, 19 de Maio de 2009
José Serra dá livro com palavrão para crianças de nove anos
(tÁ NA fOLHA tb)
Palavrões, textos com conotação sexual e preconceituosa e muitas frases de duplo sentido. Esse é o conteúdo de um dos livros enviados às escolas pela Secretaria de Educação doEstado de S.Paulo para servir de apoio para alunos da 3ª série do ensino fundamental, com idade média de nove anos. Os livro fazem parte do programa Ler e Escrever, criado pelo governador Joé Serra
O livro é "Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol". Organizado por Orlando Pedroso, abordam temas relacionados a futebol -e usam também conotação sexual. A editora Via Lettera afirma que a obra é voltada a adultos e adolescentes e foi comprado pelo governo José Serra (PSDB) para uso na rede Estadual de ensino. Mas a obra causou indignação entre os educadores. A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo distribuiu a escolas um livro com conteúdo sexual e palavrões, para ser usado como material de apoio por alunos da terceira série do ensino fundamental (faixa etária de nove anos).
Em uma das 11 histórias em quadrinhos, há a ilustração de um jogador enfiando o dedo no ânus de outro, dando a entender que ele é homossexual. Também há desenhos de homens segurando seus órgãos genitais e de mulheres praticamente nuas na praia.
O conteúdo sexual é reforçado pelos diálogos. Um personagem diz: "Eu vi as coxa das mina do Tchan" (sic). O outro responde: "Eu chupava elas todinha".
Frases de duplo sentido, como "Pra visitar sua mãe tem que pagar entrada?", permeiam parte das histórias.
Em Santo André (Grande SP), professores reclamaram para a Diretoria de Ensino. Houve também críticas de professores da zona leste e norte de São Paulo. No ABC, foi emitida uma circular pedindo o recolhimento do livro. O comunicado chegou na última quinta. "Não dá para mostrar isso nem para alunos do ensino médio", disse uma coordenadora que reteve o material.
Perplexidade
Especialistas se mostraram perplexos com a indicação do livro para um programa de incentivo à alfabetização. "Uma coisa é ouvir o palavrão na rua. Outra é a escola endossar o palavrão. Oferecer um livro desse é dar a chancela de que isso é certo", critica Vitor Paro, professor titular da Faculdade de Educação da USP. Para ele, a criança de nove anos não tem personalidade formada para essas informações. "É pornografia."
Já a coordenadora do curso de psicopedagogia da PUC (Pontifícia Universidade Católica), Neide Noffs, aponta o apelo sexual vulgar e expressões contra a cidadania e valores que a escola deveria reforçar como principais problemas. "Não acredito que um educador tenha aprovado a compra desse material.
Hyrla Tucci, professora de história da educação da PUC, afirmou estar chocada. "Se eu estou assustada, imagine os pais quando virem o que era para ser lido por seus filhos.
O gerente de marketing da editora Via Lettera (responsável pelo livro), Roberto Gobatto, afirmou que apenas atendeu ao pedido de compra do governador José Serra (no valor de cerca de R$ 35 mil).Aqui na Folha tem um rsumo dessa história, mas o conteúdo total é par assinante aqui
É para os adultos, afirma ilustrador
Segundo o ilustrador Orlando Pedroso, que organizou o livro, a obra foi concebida para o público adulto. A intenção, segundo ele, era reunir histórias em quadrinhos de diferentes cartunistas para ser lançado antes da Copa do Mundo de 2002.
Pedroso ficou sabendo que a secretaria adquiriu um lote da obra, mas não sabia para qual série. "Acho que tem algumas histórias um pouco pesadas.
Governador José Serra usou obra com 2 Paraguais
Esse é o segundo erro grave em material didático da rede estadual neste ano. Em março, alunos da 6ª série do ensino fundamental receberam livros em que aparecia duas vezes o Paraguai no mapa da América do Sul. Além disso, o Paraguai e o Uruguai estavam invertidos. Em março, a secretaria assumiu pelo menos 18 erros nas apostilas distribuídas para os ensinos fundamental o médio. Para o professor Vitor Paro, esses erros refletem falta de estrutura. "Precisamos de gente que entenda de educação."
O fumicultor é vítima ?
Que vítima qual nada.
Tendo juízo e um meio de produção, ele não é escravo de ninguém se não quiser.
Nesse mundo precisamos olhar três vezes para quem se apresenta sob o papel de vítima.
Minha esposa trabalha com o INSS e todo dia é uma batalha para evitar que eu e tu paguemos aposentadorias a pseudo-vítimas, a aproveitadores.
Eles lá têm suas terras, que plantem batatas, laranjas, bergamotas.
Vítima é o sem-terra que não se engaja na luta, vítima é o desempregado e sem estudo nem sindicato, vítima é o louco alienado abandonado pelas ruas de Porto Alegre, vítima é a pessoa apanhada por acidente de carro e paraplégica para o resto da vida.
A esquerda precisamos aprender que lutar contra a opressão dos poderosos não significa correr a amparar todos os parasitas incompetentes néscios e preguiçosos da terra.
Ou Yeda não se elejou bem eleita com os votos da colonada?
Eles não achavam certo manter essas empresas desembaraçadas de controles ?
Eles por acaso se importam de viver a custa do câncer de milhões?
E os demais agricultores que abusam de agrotóxicos. Por acaso derramam uma lágrima pelos consumidores? Eles comem o que plantam?
E os sojicultores não mandaram pentear macacos quem lhes recomendou cautela na adoção dos transgênicos, agora vêm chorar na justiça a cobrança dos royalties?
Essa soja transgênica está sendo testada em nós, daqui a 20 anos saberemos se é realmente inofensiva.
Então vamos tomar cuidado com a solidariedade.
Solidariedade é algo que deve ser exercitada nos dois sentidos e não deve ser desperdiçada com crocodilianos.
Mas que barbaridade que não se leia por aqui um pitaco qualquer sobre a CPI da`Petrobrás. Será uma investigação sobre 4 bilhões de sonegação fiscal (dinheiro que poderia ser aplicado em educação, segurança e blá, blá blá....); mais os 89 milhões pagos sem co ntestação em Royallites; mais os 4,5 milhões aplicados em festas juninas em Prefeituras Petistas; mais os 170 milhões desviados em construção de apenas uma das plataformas.....
E o Lulinha paz e amor ainda diz que é CPI política????? SOCORRO.
JOÃO
Só falta a governadora Yeda Casanova alardear que conquistou um assento na ONU! No vaso sanitário....
Agência Chasque????
BLEEEEEAAAARRRGG!!!!
E vocês dando credibilidade para esta aberração de jornalismo?
Nos minifúndios de soja acontece algo semelhante. Os pequenos colonos insistem na monocultura de soja, pois dá menos serviço (planta, joga veneno e espera). Não querem plantar alimentos. Se o preço é baixo ou se há seca, bloqueiam rodovias exigindo anistia.
Mas se o clima e o famoso PREÇO for bom, o lucro é somente deles.
Ou seja, socializar o prejuizo (mais comum) e privatizar o lucro (quando há).
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