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quarta-feira, 20 de junho de 2012
Lula, sem querer, está revalorizando um político profissional de pijama
O ultrapragmatismo do que eu sempre chamei de 'lulismo de resultados' está dando mostras que passou do ponto. Lula, fazendo aliança com Maluf, passou do ponto. É o equivalente à defesa súbita e intransigente do Brizola ao então cadente presidente Collor, em 1992. Passou do ponto.
Os líderes populares que fazem interlocução direta com a base social e eleitoral, sem mediações institucionais, como partidos, imaginário político-ideológico, movimento social, tendem a ficar com a mão pesada, no decorrer do tempo. Aconteceu com Brizola, está acontecendo com Lula.
Lula ficou com a mão pesada. Lula re-valorizou um político profissional que já estava de pijama e pantufas de pelúcia. Não quero, porque não devo (porque isso é papel da direita), olhar o lado moral de Maluf, talvez o político profissional mais identificado com a corrupção horizontal e vertical da cena pública brasileira nos últimos 35 anos.
A questão é política. Trata-se de um erro político que pode abortar a ascensão de um novo quadro ao primeiro plano da política nacional, como o ex-ministro Fernando Haddad. Não é à toa que a deputada Luiza Erundina abandonou pela segunda vez o PT/SP. Outro erro político, mas que fica subsumido ao erro matricial do ex-presidente Lula nas relações perigosas com Paulo Maluf.
Uma observação final: acho muito curioso que gente da direita (especialmente certos jornalistas) fique manifestando estar escandalizado com a recente manobra de Lula em direção à Maluf. Mera reprise do que aconteceu na aliança com Sarney. Ora, essas duas pérolas raras da direita (entre tantas e tantas outras) são patrimônio exclusivo da própria direita. Se eles querem alugar ou vender seu discutível capital eleitoral a outro empreendimento, que não o de sua origem de classe, é outra história. No capitalismo, o empreendedorismo é livre também para os mercadores de votos e falso prestígio público.
Não sejamos cínicos, a feira eleitoral (como dizia Gramsci) é um mercado como qualquer outro.
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11 comentários:
Certa esquerda, ofuscada pelas luzes tortas de um panfletário chamado Gramsci, adora generalizar. É o que se vê no último parágrafo deste post. De um lado os que estão acima do bem e do mal, de outro a direita, os capitalistas, os neoliberais, os malvados do mundo.
Ah e tem mais, quem critica a esquerda e seus governos iluminados só pode ser de direita.
Existe pensamento mais infantil do que esse?
A resposta no espelho.
Maluf, Sarney e Lula não são farinha do mesmo saco, embora o alinhamento deles demonstre objetivos em comum. Porém não vejo como comparar a aproximação de Lula e Maluf com a de Brizola e Collor em 92. Naquele momento Collor era defenestrado pela mídia cafajeste que o criou e havia rompido com as oligarquias que representava, e caso não tivesse caído, com orientação de Brizola poderia seu governo ter tido outro encaminhamento.
Maluf, Sarney e Lula não são farinha do mesmo saco, embora o alinhamento deles demonstre objetivos em comum. Porém não vejo como comparar a aproximação de Lula e Maluf com a de Brizola e Collor em 92. Naquele momento Collor era defenestrado pela mídia cafajeste que o criou e havia rompido com as oligarquias que representava, e caso não tivesse caído, com orientação de Brizola poderia seu governo ter tido outro encaminhamento.
Interessante a coincidência das fotos e das manchetes da matéria de Luíza Erundina ao lado ou acima da de Delfim Neto na Carta Capital. E quem acompanhou a política brasileira na época em que Delfim Neto foi ministro da direita e hoje é um dos aliados do PT não compreende essa repulsa de Erudina, tardia por sinal, porque veio mais de vinte e quatro horas depois, repelir Paulo Maluf. Prova ela que retroage, retrógrada é, a concretização da "Esquerda Burra". E a configuração de uma pessoa tresloucada e traidora.
Parte 2: Que na comissão da verdade age cheia de ódio e rancor, vingativa. Invertesse o caso e lhe dessem poder absoluto sabe-se lá qual seria o tamanho da maldade de sua vingança sob o ardor do fogo de seu ódio.
Toda a concentração de energia que pulsa em explosão nas suas decisões entre um sim e um não são as mesmas, volátil alguém definiria. Um perigo para a sociedade analisariam, pois aparentemente o que se menos levou em conta em sua decisão foi a melhoria para o povo.
Parte 3: Uma faísca que por um tempo riscou o céu com luz e se apagou, para sempre. Com petulância de desesperada defesa a Estrela Guia com seus argumentos apagou. Lula-lá passou dos limites, disse, pelo povo. Luíza Erundina melhor do que ele moralmente se achou. Seria o mesmo que dizer.
Parte 5: Quem és tu Lula Estrela Guia diante de apagado risco no céu que um dia pouca luz lançou? Ainda obrigado, Lula, a ouvir o que não é nada em qualquer espaço, além de escuridão. Ousar dizer que quem passou dos limites foi tú, Lula-lá, ainda estrela guia brilhante no céu do coração do povo brasileiro.
Parte 6: E quem és tu Erundina para para falar o que quer que seja do Lula e criar-lhe problemas para a eleição de São Paulo. Dizendo inclusive que ele foi longe de mais?
E você para onde foi? Onde esta? E se foi e chegou a algum lugar, foi por quem? Por mérito político seu? E se, o que fez para merece-lo? Quem é você como liderança para o nosso país?
Parte 7:Foi prefeita de São Paulo nas costas de quem? De sua liderança política de nada e de ninguém como é até hoje, ou por Zé Dirceu, Lula, Suplicys e PT?
Que arrogância é essa para se achar com o direito de desistir dizendo que foi porque o Lula foi longe nessa ao coligar-se como o partido de Paulo Maluf? E ainda querer atrapalhar Lula e PT, isso tem nome, é covardia e traição! Típico de um tresloucada.
Parte 8: Mas estranhamente só se decidir depois de mais de 24hrs?
Pergunte-se a si mesma, quem sou eu? O que represento para o meu país como pessoa e política? Que falta eu faço para o Brasil? Antes de arrogar-se ao que quer que seja. Por que senão a pergunta quantos Malufs valem uma Erundina que fizeram na Carta Capital pode ser respondida por você mesma, e você com toda a certeza já se deu mal.
José da Mota.
José da Mota, que cigarro o Mujica te deu pra fumar?
José da Mota,
Não entendi xongas...
No caso ele ele se torna insuspeito, por isso coloco parte do artigo do Janio de Freitas na "ditabranda"
A sorte de Haddad
Fernando Haddad ganhou, e não foi pouco, com a renúncia de Luiza Erundina a vice em sua candidatura a prefeito paulistano. Não tardaria a que o problema para Haddad, e não pequeno, fosse superar os previsíveis embaraços provocados pela maneira irascível, grosseira e individualista que Erundina se permite a pretexto de política.
Luiza Erundina é inconvivível politicamente. Já em seus últimos tempos no PT, a recusa rígida que manteve, diante de dirigentes do partido, ao exame das divergências, deixou mais do que frustração. Há ressentimentos pessoais inapagados até hoje. E motivadores de muitas das reações negativas, nos quadros mais altos do PT, à entrega da vice a Erundina.
Isso aí: o Gramsci é o "panfletário generalizador"; e o Maia, esse aí, é o insuperável e sábio teórico das miudezas: aliás, um ideólogo barato da pior espécie, como já cansamos de ficar sabendo. Esclarecendo, enfim: o José Guilherme Merquior, até ele, respeitava o Gramsci... --- Mas e então "Maia", mesmo dispondo da internet você não consegue nem ao menos se informar, seu palhaço?
Quando tive as primeiras notícias do ocorrido, pensei: "lulismo de resultados" na hora!
Com essa aliança, que mais agrada ao PP do que ao PT, o Haddad ficou na OBRIGAÇÃO de vencer a eleição. Caso contrário, o significado da aliança perderá todo o "sentido", sendo generosa com os termos...
Parte da direita, quando se vê no fundo do poço, cai para a esquerda circunstancialmente. Lula e Tarso foram eleitos, este no primeiro turno, depois que parte dos capitalistas não suportaram os desastres provocados em seus lucros, após anos de governos de direita. Uma coisa o PT sempre garante: políticas públicas que alavancam o desenvolvimento regional.
José da Mota não pode ter fumado ou não teria iluminado o céu com tamanha expressão. No primeiro momento, me revoltou (24horas)as tripas do cérebro ver aquela foto, aquele aperto de mãos. Mas, ao contrário do que pensa dna Erundina, não basta querer mudar o mundo; faz-se necessário ter coragem de sujar as mãos, como fez Lula nos jardins do filhote da ditadura.
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