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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Folha chama presidente Lugo de "líder"



A volta dos eufemismos golpistas da Folha de S. Paulo

Uma vez golpista, sempre golpista. O jornal Folha de S. Paulo, na manchete principal de hoje, chama o presidente constitucional do Paraguai de “líder que pode ser destituído” (só falta chamá-lo de "líder religioso"). Ora, destituído não seria o termo apropriado. O correto seria dizer “golpeado”.

O que está acontecendo? O presidente paraguaio está sendo derrubado por um golpe branco, que têm pundonores de dizer o seu nome. Em menos de 24 horas, a direita paraguaia pretende ser exitosa na derrubada do presidente Fernando Lugo.

A Folha tem a boca torta de tanto fumar o cachimbo golpista de 1964. Se adianta, e minimiza com eufemismos a baixeza e a envergadura dos fatos que ora se desenrolam no país vizinho. 

Em vez de presidente, chama de líder. Em vez de golpe, chama de destituição. Em vez de ditadura, chama de ditabranda.

6 comentários:

Carla disse...

E o golpe se concretizou... ai, que raiva!

Anônimo disse...

Mas eles se puxam mesmo. Essa gente nao tem vergonha na cara.
marcelo

Anônimo disse...

com os rituais de sempre,desde que Ranieri Mazzili assumiu no congresso, em 64, depois o mesmo na tentativa de golpe em chavez, na venezuela e outro dia em Honduras. A novidade são os trolls na internet defendendo o golpe, porque os rituais ocorreram (apenas em parte,o Lugo não passou a faixa pra ninguém...).Na imprensa brasileira, só carta capital chama o golpe pelo nome...

Marcelo C. disse...

Cristóvão,

O Correio Braziliense deu hoje a seguinte manchete: "impeachment à moda paraguaia". É brincadeira a qualidade do "jornalismo".

Anônimo disse...

Feil, a folha tem se posicionado contra o golpe. Seus principais articulistas insistem na barbárie política que foi executada. Diversas vezes, nas reportagens e artigos, eles chamam o golpe de golpe. Isso posto, é claro que é um jornaleco de quinta categoria.

Nelson disse...

É a mão do democrático [sic] grande irmão do norte agindo para acabar com o ímpeto de liberdade de que nosotros nos imbuímos nesses pouco mais de dez últimos anos.
A ação "mui democrática" em Honduras, há quase três anos, lançava o alerta quanto à reação dos governos dos EUA às nossas intenções.

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