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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A estética Magal das vaquinhas prostitutas

Marketing "cultural" conta com incentivos da Prefeitura de Porto Alegre

Ontem eu passei na avenida Protásio Alves e havia uma vaquinha deitada sob o viaduto da Silva Só. Sua solidão era comovente, estava comprimida entre a pista da Protásio e o concreto do viaduto, como que rendida diante do inevitável, sobre paralelepípedos assentados em ângulo agudo. Muito triste.

Faz tempo que a arte (que já não é mais arte) é suporte privilegiado do marketing de inumeráveis bugigangas, alimentos inúteis, marcas comerciais, grifes e promoções de mercado. Uma arte assim é uma representação prostituída da arte. Tem aroma de arte, mas não é arte.

As religiões, por séculos, submeteram a arte à mais opressiva das servidões, a sujeição ao sagrado. Depois, forte e resistente, a arte consegue sua autonomia, despojada da obrigação de ser mensageira do metafísico. Na sociedade tecnológica contemporânea, entretanto, ela volta a pagar tributo a um senhor absoluto, desta vez o mercado e seus requerimentos de moda e costumes.

Os idealizadores do chamado Cow Parade, a rigor a empresa CowParade Holdings Corporation sediada na cidade de West Hartford, estado de Connecticut nos Estados Unidos, bolaram um business cuja aparência sensível é artística, voltada para a fruição das pessoas por objetos de arte, da beleza inusitada e inesperada, da surpresa estética e da quebra da previsibilidade no cenário urbano atual. Mas é pura aparência. O Cow Parade é o contrário da arte. Sua essência é não ter essência, nem alma. Sua aparência mal esconde o desejo de ser vendida e ser comprada.

Os cerca de oitenta artistas sulinos que adornaram as vaquinhas de Connecticut - prostituídas e perplexas - receberam a remuneração de um mil dólares, cada um. Maquiaram, sob a autêntica e genuína estética-Sidney-Magal, os simpáticos mamíferos de fibra de vidro sobre um fundo branco como se maquiam os caminhões e os velhos ônibus na América Latina inteira, muitas contas coloridas, espelhos, tintas em profusão, adereços variados e a esperança de se tornarem menos anônimos. As vacas-ônibus - plácidas e indiferentes - são o audór tridimensional de um fabricante de doce de leite, que pagou régio pedágio para trazê-las à Porto Alegre como forma de vitaminar as vendas das suas guloseimas. Empregaria melhor o seu recurso de investimento se fosse aprender com uruguaios e argentinos a expertise e a qualidade do doce de leite charrua e santafesino, por exemplo.

Alto investimento no marketing e na publicidade, com o apoio incondicional da mídia acrítica, nada como um golpe para chamar mais a atenção da classe média ingênua. Roubaram uma vaquinha! Eis que, justo quando a RBS fazia uma reportagem de tevê com o decorador do bovino surrupiado, surge a lactante de quatro patas carregada por dois gaiatos com sorriso amarelo. Uma fantástica coincidência, preciso na hora que a vaquinha era objeto de pauta "jornalístico-cultural". Que coisa! Golpe publicitário valoriza investimento do patrocinador "cultural".

Muitos cronistas da praça reclamaram quando algumas vacas foram depredadas, chamuscadas pelo fogo e raspadas impiedosamente. Por que motivo mesmo a população haveria de reconhecer méritos e guardar respeito com algo tão artificial, tão "adredemente preparado", tão marqueteiro e tão oportunista? Não basta chamar de "arte" a um objeto fake para que todos se ponham de joelhos e passem a adorar o bezerro de ouro, ou a vaca dourada. A pixação de alguns é o recado de muitos contra a empulhação pseudocultural travestida de expressão estética e intervenção urbana.

O negócio Cow Parade já foi exibido em mais de 50 cidades pelo mundo afora. Começou em Chicago (Illinois, USA) em 1999. No Brasil, foi exposto em São Paulo e Rio (2005), Belo Horizonte e Curitiba, ambos em 2006, sempre com o apoio da Lei do Incentivo à Cultura (lei Rouanet, de 1991), portanto, com subsídio de renúncia fiscal da União como fomento a um puro marketing travestido de arte urbana. Em Porto Alegre não há o incentivo da lei Rouanet, mas para compensar, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre oferece incentivo, cujo valor desconhecemos. Enquanto isso, dezenas de escolas da rede municipal estão sem banheiro e carecem de condições dignas as mais diversas.

Os promotores do evento alegam que as vaquinhas, por serem objeto de leilão no final da exposição, fazem um trabalho filantrópico, uma vez que a arrecadação do mesmo será destinada à entidades caritativas de Porto Alegre. Ora, o caráter filantrópico é tão falacioso quanto o caráter artístico do Cow Parade. Quem controla a contabilidade deste leilão? Haverá auditoria no mesmo? A quem os organizadores do evento lácteo prestarão contas? Que mecanismos e base legal tem a municipalidade de Porto Alegre para monitorar e regular o investimento aplicado no Cow Parade?

Se a população associar essas questões não respondidas às carências em saúde e educação na rede pública municipal, teme-se pela integridade das oitenta vacas fake de Porto Alegre. Então, a revolta contra as vacas será a resposta surda contra o descaso do Paço Municipal, ainda que aparente ser uma mera depredação juvenil.

17 comentários:

Anônimo disse...

Que opinião imbecil!

zé ninguem disse...

Começa pelo nome: "CowParade" , quer maior exemplo de colonialismo cultural ??? Claro, de 1950 para cá, e em especial depois de 1964, nada mais nos deixa chocados. Estamos acostumados a sermos colonizados. "Quando nascemos fomos programados...nos empurraram com os enlatados, dos USA, de 9 a 6, desde pequeno só comemos lixo, comercial, industrial" Mas agora chegou nossa vez (Dilma!), vamos propor uma contra-revolução cultural, é preciso, já!!!! O inverso disso seria a Veja, a Ilustrada, o PIG todo enfim, que quando você lê parace que está em Illinois...

Marcelo disse...

huhauhauuh
geracao coca-cola, geracao coca-cola ....

Anônimo disse...

Foi a primeira crítica decente que li sobre a exposição.Admito que aprovo intervenções urbanas como uma forma de deter o lhar sobre o entorno e a imaginação, mas a cow parade não é uma exposição artística, isto é fato.
Estranho que nossos artistas que tanto batalham por reconhecimento e espaços públicos para exibirem seus trabalhos não arrisquem a criticar a grife cow parade.

Anônimo disse...

É ridículo assistir a crasse média, com seus celulares de tirar foto em volta das tais vacas....o olhar, aquele mesmo q eles vem na novela das oito quando passa algum cena de um ator dentro de um museu admirando uma obra de arte....como se ali na frente deles tivesse uma peça de arte das mais valiosas...das mais belas.
E meta tirar foto agarrando as tetas da vaca....alisando o chifre....!!!

Este é o conceito feito especialmente para esse bando de imbecis que acham que uma vaca colorida e cheia de penduricalhos é arte...
sil

Ccesarbento disse...

Isso é a pós-modernidade.

Luís Guedes disse...

Caro Feil, na esquina da 24 de Outubro com Olavo Barreto Viana tem um desses quadrúpedes lendo jornal. nem preciso dizer qual é o jornal...

Gabriela Silva disse...

Querem Arte de verdade? Apoiem e visitem a Bienal B!

Assim como a COW PARADE, a Bienal B, se espalha pela cidade, mas ao contrário das vacas, não recebe dinheiro de ninguém e bem menos mídia do que mereceria.

Apesar disso a Bienal B arregaça as mangas e sobrevive de corajosos artistas que tiram de si mesmos mais que vontade e arte, mas dinheiro, pra produzir divulgação e confraternização.

Concordo plenamente com o autor sobre as vacas.

Já, por outro lado, a Bienal B, um importante evento de ARTE do momento, é bem ao contrário...

A começar que não tem "tema" e sim tem artistas escolhidos por uma comissão qualificada que seleciona questões que realmente sejam capazes de mostrar ao público uma unidade artística original, um conceito poético, e bem menos comprometidos com estética pela estética. Cada exposição da Bienal B é uma proposta criada pelos próprios artistas que a compõe, levando em consideração um diálogo de idéias, mesmo que internamente sejam livres para criar cada um o seu trabalho - o que é extremente saudável e diferencial.

Na Bienal B, mais do que decoração ou uma boa piada, a criação requer alma e uma linguagem diferente, sem tantos trocadilhos, mas conversa com o público sobre o mundo que vivemos de uma forma sensível, que vem do coração...

Me incomoda muito que o público esteja sendo bombardeado com um produto artístico industrializado sem que tenha oportunidade de optar, por uma ação cultural tão ou mais artística que efetivamente contribui para o desenvolvimento da sociedade, justamente por que a Bienal B não tem como mostrar um contraponto ao grande público sem um esforço engajado da mídia ou apoio do empresariado para se divulgar - e que não recebe por puro desinteresse do empresariado, embora esteja acontecendo em sua terceira edição e com repercussões profundas no circuito cultural... assim, o público, você que está lendo isso, acaba levando vaca por lebre...

Mas tudo bem, a idéia aqui é justamente apontar com orgulho o contraponto de cada participante voluntário da Bienal B e fazer desse árduo contexto mais um motivo para que voce tenha vontade de saber quem é essa gente tão raçuda que faz esse mega evento acontecer a partir de esforço próprio, pilhados pela fé de que é importante que as pessoas tenham acesso à uma ARTE no sentido original do conceito.


A BIENAL B OFICIALMENTE INAUGURA DIA 21 DE OUTUBRO 19 HORAS NO ARQUIVO PÚBLICO, NA RIACHUELO AO LADO DO MULTIPALCOS...e segue abrindo exposições por todos os 20 dias seguintes...acompanhe pelo site www.bienalb.org


Não deixe que a indústria cultural lhe dê apenas a opção de "vaca de presépio", sua sensibilidade merece mais!


Boa Bienal B pra Você!

Gabriela Silva disse...

COW PARADE E BIENAL B

Assim como a COW PARADE, a Bienal B, se espalha pela cidade, mas ao contrário das vacas, não recebe dinheiro de ninguém e bem menos mídia do que mereceria.

Apesar disso a Bienal B arregaça as mangas e sobrevive de corajosos artistas que tiram de si mesmos mais que vontade e arte, mas dinheiro, pra produzir divulgação e confraternização.

Acontece que vejo estas vacas espalhadas por ai e "santificadas" pela mídia como o grande evento de arte do momento... Peraí!concordo com o autor e também acho que a arte em si fica bem restrita, a começar que tem que ter cara de vaca ou estar associado à uma...

Já, por outro lado, a Bienal B, um importante evento de ARTE do momento, é bem ao contrário...

A começar que não tem "tema" e sim tem artistas escolhidos por uma comissão qualificada que seleciona questões que realmente sejam capazes de mostrar ao público uma unidade artística original, um conceito poético, e bem menos comprometidos com estética pela estética. Cada exposição da Bienal B é uma proposta criada pelos próprios artistas que a compõe, levando em consideração um diálogo de idéias, mesmo que internamente sejam livres para criar cada um o seu trabalho - o que é extremente saudável e diferencial.

Na Bienal B, mais do que decoração ou uma boa piada, a criação requer alma e uma linguagem diferente, sem tantos trocadilhos, mas conversa com o público sobre o mundo que vivemos de uma forma sensível, que vem do coração...


Me incomoda muito que o público esteja sendo bombardeado com um produto artístico industrializado sem que tenha oportunidade de optar, por uma ação cultural tão ou mais artística que efetivamente contribui para o desenvolvimento da sociedade, justamente por que a Bienal B não tem como mostrar um contraponto ao grande público sem um esforço engajado da mídia ou apoio do empresariado para se divulgar... assim, o público, você, acaba levando vaca por lebre...

A Bienal B está em sua terceira edição e já foi premiada pelo Açorianos de Artes Visuais. Apesar disso e mesmo tendo conseguido apoio da lei de incentivo ROUANET em duas edições, nunca conseguiu captar NADA, embora não seja por falta de bater nas portas de todas as instituições e grandes empresários regionais que você possa imaginar...já teve até captadores profissionais com o projeto debaixo do braço, mas acaba sempre levando chá de banco ou o que é pior, promessas até o último instante que teriam a força de uma maldosa sabotagem, se não fosse a força de vontade de Isabel de Castro, articuladora à frente do projeto, de sua equipe – da qual não faço mais parte, mas sempre ajudo - e do apoio que recebe dos artistas que seguem resistindo idealistas. Ou seja, seu potencial como investimento importante em responsabilidade social foi legitimado pelo MinC e pela sociedade, só que pra vacas que não nos deixarão nada, tudo; e pra um projeto com a amplitude social da Bienal B, nada; Por que?

Mas tudo bem, não to aqui pra chorar por leite derramado, tem muita vaca linda...a idéia aqui é justamente apontar com orgulho o contraponto de cada participante da Bienal B e fazer disso mais um motivo para que voce tenha vontade de saber quem é essa gente tão raçuda que faz esse mega evento acontecer a partir de esforço próprio, pilhados pela fé de que é importante que as pessoas tenham acesso à uma ARTE no sentido original do conceito.


A BIENAL B OFICIALMENTE INAUGURA DIA 21 DE OUTUBRO 19 HORAS NO ARQUIVO PÚBLICO, NA RIACHUELO AO LADO DO MULTIPALCOS...

...no site, cada exposição tem um blog próprio com uma monitoria virtual que mostra explicadinho o que você vai ver em cada uma, facilitando sua escolha.

Visite o site: www.bienalb.org


Não deixe que a indústria cultural lhe dê apenas a opção de "vaca de presépio", sua sensibilidade merece mais!


Boa Bienal B pra Você!

Gabriela Silva disse...

COW PARADE E BIENAL B

Assim como a COW PARADE, a Bienal B, se espalha pela cidade, mas ao contrário das vacas, não recebe dinheiro de ninguém e bem menos mídia do que mereceria.

Apesar disso a Bienal B arregaça as mangas e sobrevive de corajosos artistas que tiram de si mesmos mais que vontade e arte, mas dinheiro, pra produzir divulgação e confraternização.

Acontece que vejo estas vacas espalhadas por ai e "santificadas" pela mídia como o grande evento de arte do momento... Peraí!concordo com o autor e também acho que a arte em si fica bem restrita, a começar que tem que ter cara de vaca ou estar associado à uma...

Já, por outro lado, a Bienal B, um importante evento de ARTE do momento, é bem ao contrário...

A começar que não tem "tema" e sim tem artistas escolhidos por uma comissão qualificada que seleciona questões que realmente sejam capazes de mostrar ao público uma unidade artística original, um conceito poético, e bem menos comprometidos com estética pela estética. Cada exposição da Bienal B é uma proposta criada pelos próprios artistas que a compõe, levando em consideração um diálogo de idéias, mesmo que internamente sejam livres para criar cada um o seu trabalho - o que é extremente saudável e diferencial.

Na Bienal B, mais do que decoração ou uma boa piada, a criação requer alma e uma linguagem diferente, sem tantos trocadilhos, mas conversa com o público sobre o mundo que vivemos de uma forma sensível, que vem do coração...


Me incomoda muito que o público esteja sendo bombardeado com um produto artístico industrializado sem que tenha oportunidade de optar, por uma ação cultural tão ou mais artística que efetivamente contribui para o desenvolvimento da sociedade, justamente por que a Bienal B não tem como mostrar um contraponto ao grande público sem um esforço engajado da mídia ou apoio do empresariado para se divulgar... assim, o público, você, acaba levando vaca por lebre...

A Bienal B está em sua terceira edição e já foi premiada pelo Açorianos de Artes Visuais. Apesar disso e mesmo tendo conseguido apoio da lei de incentivo ROUANET em duas edições, nunca conseguiu captar NADA, embora não seja por falta de bater nas portas de todas as instituições e grandes empresários regionais que você possa imaginar...já teve até captadores profissionais com o projeto debaixo do braço, mas acaba sempre levando chá de banco ou o que é pior, promessas até o último instante que teriam a força de uma maldosa sabotagem, se não fosse a força de vontade de Isabel de Castro, articuladora à frente do projeto, de sua equipe – da qual não faço mais parte, mas sempre ajudo - e do apoio que recebe dos artistas que seguem resistindo idealistas. Ou seja, seu potencial como investimento importante em responsabilidade social foi legitimado pelo MinC e pela sociedade, só que pra vacas que não nos deixarão nada, tudo; e pra um projeto com a amplitude social da Bienal B, nada; Por que?

Mas tudo bem, não to aqui pra chorar por leite derramado, tem muita vaca linda...a idéia aqui é justamente apontar com orgulho o contraponto de cada participante da Bienal B e fazer disso mais um motivo para que voce tenha vontade de saber quem é essa gente tão raçuda que faz esse mega evento acontecer a partir de esforço próprio, pilhados pela fé de que é importante que as pessoas tenham acesso à uma ARTE no sentido original do conceito.


A BIENAL B OFICIALMENTE INAUGURA DIA 21 DE OUTUBRO 19 HORAS NO ARQUIVO PÚBLICO, NA RIACHUELO AO LADO DO MULTIPALCOS...

...no site, cada exposição tem um blog próprio com uma monitoria virtual que mostra explicadinho o que você vai ver em cada uma, facilitando sua escolha.

Visite o site: www.bienalb.org


Não deixe que a indústria cultural lhe dê apenas a opção de "vaca de presépio", sua sensibilidade merece mais!


Boa Bienal B pra Você!

Anônimo disse...

Com tanta vaca no Governo Federal fazendo bosta de nossas finanças e a galera mais politizada do Brasil preocupada com as pintadinhas bonitinhas que encantam até mesmo as crianças.
Vão rachar uma lenha cambada de desocupados. Não estaria na hora de trabalhar, não???????
Véio

Maria Lucia disse...

Cristovão, achei uma graça as vaquinhas, mas esta critica, bem fundamentada, não pode ser ignorada. Parabéns pelo teu blog.Com ele, pudemos evitar de ser tão "bovinos".

marc disse...

Caro Feil,

Trabalho com questões relacionadas ao patrimônio histórico em Porto Alegre. Quando vi as reações no oligopólio comunicacional sulista (que não inclui somente a empresa da Azenha / Santa Teresa) me procedi a perguntar: porque não há o mesmo interesse pelo patrimônio histórico e artístico da cidade, que nos tem muito mais a explicar sobre nossas vidas e sobre quem somos do que um bando de vacas que nem pra dar leite servem.
A razão pela qual destroem essas vacas é a mesma pela qual destroem o patrimônio da cidade, especialmente seus monumentos: significação zero com a vida das pessoas. Porque não fazem uma reflexão sobre esses acontecimentos?? Acho que tu já deu a resposta, que está escancarada em outdoors por toda cidade.
É isso!!

Tupamaro disse...

Os anônimos(12:13 e 17:05) são os publicitários (ou têm ligações com) que bolaram esta idiotice de cow parade, arte enlatada made in USA.
Ao menos,estão surrupiando verba pública a luz do dia e não por baixo dos panos como ocorreu com o banrisul. Mas é o legítimo dinheiro mal empregado.
Mudando de assunto, uma denúncia: recebi ligação telefônica do nr. (011)35111700, com uma gravação que inicia afirmando que Erenice Guerra é a mão direita
de Dilma e não sei o que mais, pois coloquei de imediato o telefone no gancho. É bom os burocratas do PT se antenarem. Não sei se a lei eleitoral permite este tipo de coisa.

Nelson disse...

Incentivo da Prefeitura, hein?
Então, como fazem muitos "empreendedores de sucesso", os organizadores foram mamar na "vaca profana", a "dona das divinas tetas".
Gordas tetas que vertem leite sempre "pros mesmos...".

Anônimo disse...

Eu gosto das vacas coloridas, de qualquer vaca, mas uma coisa tenho que concordar. Os doces de leite no Uruguai e da Argentina são 1000 vezes melhores do que esses produzidos aqui.

Luísa

vacariano disse...

cow parade na minha cidade, Vacaria, é outra coisa.

essas aí bem que teriam uma serventia pra treinar o tiro de laço

de qualquer forma, ao sair bêbado da cidade baixa junto com um amigo conterrâneo, maniamos uma vaca dessas em 3 segundos, ficou lá, coms os pés pra cima

ela ficou lá, caida no chão

se fosse no rodeio da vacaria tinhamos sido campeões no torneio de duplas!!!

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