Você está entrando no Diário Gauche, um blog com as janelas abertas para o mar de incertezas do século 21.

Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Empresas telecom estão boicotando a democratização da banda larga


Diante do presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, o presidente da estatal Telebrás, Rogério Santanna, acusou ontem as teles privadas de boicotar o Plano Nacional de Banda Larga do governo com ações judiciais.

Valente não revidou o ataque, mas se defendeu depois que o executivo da estatal se retirou. Disse que as teles "não são do mal", e que o problema é a Telebrás disputar o mercado com as empresas privadas sem se sujeitar às mesmas regras.

A "saia justa" entre os dois executivos aconteceu em seminário da revista CartaCapital, no Rio.

Valente é também presidente do Sinditelebrasil, que representa as empresas de telefonia fixa e celular. A entidade questiona na Justiça a inclusão de metas para expansão da infraestrutura de banda larga nos contratos de concessão das teles, que estão em fase de revisão pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Segundo Valente, o contrato de concessão só pode estabelecer metas de investimento para telefonia fixa, porque é o único serviço considerado público pela lei.

As operadoras privadas receiam perder R$ 20 bilhões anuais com a reativação da Telebrás. Isso equivale a todos os contratos do setor com a administração pública, que representou 20% do faturamento líquido do conjunto das teles fixas e celulares em 2009 (R$ 97,8 bilhões).

Rogério Santanna disse que as empresas fazem "litigância organizada" para manter domínio de mercado.

O presidente da Telebrás disse que 90% da oferta de banda larga no Brasil é feita por cinco grupos: Oi, Telefônica, Embratel/Net, GVT e CTBC, enquanto 2.125 pequenos provedores respondem por 5%. "Na prática, não há concorrência em banda larga", afirmou Santanna. A informação é da Folha.

3 comentários:

Nelson disse...

O problema, então, é que a Telebrás tem que se sujeitar às mesmas regras que as empresas privadas?

Pois é. Pelo que vemos, dentre as regras praticadas pelo setor privado parecem estar preços altíssimos, serviços meia-boca, ou menos que isso, exploração da mão-de-obra com salários baixos, altíssimos lucros, que acabam concentrados em poucas mãos.
Se for assim, não precisamos de empresa pública, nem na banda larga nem em qualquer outra área. Seria mais do mesmo que já temos, apenas com o selo de estatal.

Uma empresa pública, se administrada com transparência e com o máximo de democracia, certamente, vai colocar em polvorosa os empresários privados. Nestas condições, a empresa pública vai mostrar à população que os preços cobrados a ela podem ser muito inferiores aos praticados pelo setor privado. E mais ainda: com respeito aos direitos dos trabalhadores, pagando salários melhores, oferecendo serviço de qualidade e não concentrando renda em poucas mãos.

Então, não admira que o setor privado esteja "trabalhando" para minar esta salutar iniciativa do governo Lula.

azarias disse...

Isto é que deu o modo tucano de governar. Entregaram o país e ainda vem o Principe Encantado, o Farol de Alexandria, o energumeno FHC, querendo que enxerguemos alguma coisa boa em suas privatizações.
Os Tucanos que realizaram estas privatizações deveriam estar na cadeia por crime de leza-pátria.

Rico disse...

esse negócinho de Telecom é melhor que vender droga, e não precisa andar armado, nem sustentar os puliça

e não há nenhum compromisso em entregar bons serviços a preços módicos e a todos os brasileiros.

já disse, é melhor que vender cocaína malhada

Contato com o blog Diário Gauche:

cfeil@ymail.com

Arquivo do Diário Gauche

Perfil do blogueiro:

Porto Alegre, RS, Brazil
Sociólogo