Onde estão os intelectuais e os empresários guascas?
Deu no blog RS Urgente:
Reproduzo aqui comentário do leitor Franklin Cunha a respeito do estado das coisas no Rio Grande do Sul:
“O que mais nos impressiona nessa cortina de silêncio em torno das denúncias de crimes do atual governo, é a absoluta ausência de manifestações da intelectualidade gaúcha. Descrevem o pôr-do-sol, os ipês floridos, a feira do livro, as festas gauchescas, preocupam-se com os monumentos públicos, como se todas essas “monstruosidades ” geradas no Piratini, não existissem. Não podemos acreditar que todos eles foram cooptados pelas benesses do poder”.
Após ler esse comentário, fiquei tentando me lembrar de alguma manifestação recente neste sentido vinda da intelectualidade guasca…Se alguém tiver notícia, favor avisar.
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Outro silêncio ensurdecedor é o do empresariado guasca. Empresários rurais (agronegocistas) e urbanos fizeram certamente um pacto de omissão e silêncio, face aos escândalos e roubalheiras no setor público sulino. Onde está a Farsul, a Fiergs, a Federasul e as demais entidades patronais dos sul-rio-grandenses? Teríamos no Rio Grande uma elite irresponsável?
O sociólogo italiano Francesco Alberoni criou o conceito chamado “elite irresponsável”. Essa elite é composta de pessoas ou grupos sociais cujo poder institucional é nulo, e portanto não são chamadas a responder por sua conduta perante a comunidade, mas ainda assim impõem modelos de comportamento ético que influenciam grandes círculos sociais, eleitorais e políticos.
6 comentários:
Faz décadas que esse é o modus operandi dessa elite, o silêncio é para ver se a esquerda para de falar nesse assunto vital, de importância alimentar para a máquina de hegemonia da direita.
É o que eu já falei: a Yeda, arrivista caricata, é meramente a mais recente participante dessa troupe e julgava poder pilota o cargo de governadora e arbitra do time sem problemas.
O problema não é Yeda.
É a naturalidade, a intimidade e o fingimento de desconhecimento da direita, garantias de que as disputas vão sempre ser alimentadas por esses dinheiros e interesses.
Vamos sempre penar com uma direita corrupta, basal, venal, curta de idéias e de ética maleável.
Novas Yedas aguardam para tocar esse projeto.
Pra começar que no brasil não existe elite, o que existe é uma rafuagem endinheirada. Depois, "elite irresponsável" é redundância, pq. esses rastaqueras só se preocupam em olhar com ares de narciso pros seus umbigos gordos, brancos e sebentos.
Feil, esse texto saiu na corrida para não perder a bateria do note em plena falta de luz (viva a CEEE). Desculpa a falta de revisão das concordância.
De uma elite financeira, não incluir intelectuais aih, como a que comanda o RS, não se pode esperar NADA. Não passam de bandos organizados de assassinos e sonegadores de impostos. São elites do gangsterismo, mais nada.
Se o Estado dependesse dos impostos desses "caras", estaria falido. Ainda bem que os impostos insonegáveis(combustivel, energia, telefonia, etc), garantem a receita estatal. Se apoderaram do Banrisul (irmão da Ana Amelia Lemos) e da maioria dos orgãos( DETRAM, FARSUL, SEBRAE, FIERGS, TODOS DO TAL SISTEMA "s", ETC)do Estado e até da União.
A luta será forte e demorada. Precisamos nos preparar para ela.
O que dói para todos nós não é o roubo de 44 milhões do Detran, nem os 300 da merenda escolar...O que nos corrói nas entranhas e na alma é a degradação moral a que está jogado o nosso Estado. Isso talvez nunca mais seja recuperado...É triste...
Em maio, no encerramento do Fórum de Estudos Leitiras de Pualo Freire, cuja edição foi na UFRGS, questionei um prof. doutor da Unisinos sobre a ausência da academia para denunciar a ação do MPE a respeito da criminalização do MST, suas escolas e suas referências bibliográficas na formação de profs. e alunos. Pois bem, esse professor sorriu e saiu de perto...
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