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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Flagrantes da vida real


Recebi, ontem, de um advogado amigo, nosso leitor:

Hoje vivi um momento ímpar.

Lembro bem, que há anos, lá em Passo Fundo, quando andava de bicicleta aos domingos via sempre os piás vendedores de jornal. Eles gritavam nas esquinas as manchetes, para atrair os seus leitores. Eram coisas do tipo “Presidente Figueiredo não virá a Expointer” ou “Falcão é dúvida para o Gre-Nal”...


Algum tempo depois, notei que a estratégia de venda era outra. Passaram simplesmente a gritar o nome do jornal: “Olha a Folha”, “Zéééééroooo!”, e assim ia.


Pois hoje, parado em uma sinaleira da avenida Ipiranga, aproximou-se de mim uma jovem uniformizada e portando um exemplar de "O Sul" e, pegando-me de vidro abaixado, disse:

- Moço, compra um pra me ajudar...

Pensei que a mídia jornal estava morrendo, hoje vi que já está morta. Vender jornal é o mesmo que esmolar. Refestelo-me nesse velório.


Inês é morta!

Abraço,


Rodrigo Foscarin Pedroso

2 comentários:

Anônimo disse...

Daria uma boa manchete para as ZHs da vida:

Escancarada a Mendicância Jornalistica.

Queria ver, e muito, é os donos do do PIG, mas estes já estão com "as burras" cheias.

Claudio Dode

Anônimo disse...

Isso não é exploração do trabalho infantil...ou compra o jornal ou te esfaqueio, tio...para mim isto é um assalto... um assalto midiático.

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