CPT emite nota pública em defesa dos atos do MST
Ontem, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à CNBB, emitiu nota pública sobre a ocupação de uma suposta fazenda da família Cutrale, mas que a rigor é de propriedade da União, uma vez que a área de 30 mil hectares foi grilada há anos pela empresa laranjeira. Abaixo um trecho da nota da CPT:
[...] A ação do MST, por mais radical que possa parecer, escancara aos olhos da nação a realidade brasileira. Enquanto milhares de famílias sem terra continuam acampadas Brasil afora, grandes empresas praticam a grilagem e ainda conseguem a cobertura do poder público.
Algumas perguntam martelam nossa consciência:
Por que a imprensa não dá destaque à grilagem da Cutrale?
Por que a bancada ruralista se empenha tanto em querer destruir os movimentos dos trabalhadores rurais? Por que não se propõe uma grande investigação parlamentar sobre os recursos repassados às entidades do agronegócio, ao perdão rotineiro das dívidas dos grandes produtores que não honram seus compromissos com as instituições financeiras?
Por que a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), declarou, nas eleições ao Senado em 2006, o valor de menos de oito reais o hectare de uma área de sua propriedade em Campos Lindos, Tocantins? Por que por um lado, o agronegócio alardeia os ganhos de produtividade no campo, o que é uma realidade, e se opõe com unhas e dentes à atualização dos índices de produtividade? Por que a PEC 438, que propõe o confisco de terras onde for flagrado o trabalho escravo nunca é votada? E por fim, por que o presidente Lula que em agosto prometeu em 15 dias assinar a portaria com os novos índices de produtividade, até agora, mais de um mês e meio depois, não o fez?
São perguntas que a Coordenação Nacional da CPT gostaria de ver respondidas.
Goiânia, 7 de outubro de 2009
Coordenação Nacional da CPT
2 comentários:
Bom dia! Sr.Feil! Logo a GLOBO defendendo esses parasitas! A Globo também pratica a tal GRILAGE em SP ocupando uma praça pública! QUE CARA DE PAU!!!
Obrigado pelo post.
A sociedade inteira tem que demonstrar:
CONTRA a tentativa de criminalizar o MST,
CONTRA a violência, lembrando a morte do irmão Elton no RS.
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