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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Estado tem que pedir desculpas pelas torturas e mortes do regime civil-militar


Brasil é o único país da AL que ainda não revisou o seu passado ditatorial

O Brasil deve completar a sua história com a busca de dados que esclareçam os pontos ainda obscuros sobre a prática de tortura no Brasil, localizar e identificar os restos mortais dos desaparecidos políticos e dar nomes aos responsáveis pelas violações dos direitos humanos, defendeu ontem o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. A informação é da Agência Brasil.

Vannuchi lembrou ainda que o país ainda não reconheceu formalmente a prática de tortura e nem pediu desculpas às vítimas, apesar de ter criado duas comissões para tratar do assunto: a da anistia e a especial sobre os mortos e desaparecidos políticos. “Em nenhum desses casos, houve ainda a recuperação histórica de reconstruir e de reconhecer formalmente, enquanto Estado, que ocorreu isto [tortura e morte], e, o Estado, de pedir desculpas e demonstrar [a existência] de estruturas que garantam a não repetição dessas violências nunca mais”.

Vannuchi acha que os esclarecimentos são necessários para que o país tenha melhores condições de enfrentar a violência que ainda ocorre hoje. “A impunidade realimenta [atos de violência] porque as pessoas torturam e falam que nunca houve um torturador condenado no Brasil. E quando começa haver a condenações por tortura, o torturador para de torturar por medo da punição”, afirmou.

O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República participou ontem da Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade, promovido pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP). No encontro foi defendida a criação de uma comissão federal sobre as violações aos direitos humanos no período da ditadura militar.

4 comentários:

Anônimo disse...

O Brasil é o único país do mundo que não pune seus assassinos e torturadores da ditadura. E isso é inaceitável.
Os filhos desses bandidos estão ai gozando a vida, a maioria com dinheiro público. No RS temos até secretária de estado.
Israel persegue até hoje os alemães que supostamente participaram de uma guerra.E foi uma guerra.
Os americanos enforcaram líderes que eles mesmo criaram.
A Argentina já puniu a maioria dos envolvidos c/a ditadura,
etc.etc.

Anônimo disse...

como escreveu o Daniel Aarão, a sociedade brasileira é autoritária, assinou embaixo do golpe e hoje não está nem aí se houve ou não tortura...

Anônimo disse...

A Corte Suprema do Uruguai acaba de decretar a inconstitucionalidade da anistia. E domingo o povo uruguaio vota em plebiscito pela nulidade da lei de anistia anteriormente plebicitada.

Flics

Anônimo disse...

Vamos ver algum milico renegar a tortura, ainda mais que praticada contra jovens do seu próprio povo ?
Esse "ainda mais" é que tem uma dimensão de ser aplicada contra indefesos e fracos, foi uma covardia que não terá cobro.
Jamais.
É muito para aqueles quepes.
Tanto a parte de assumir como a de se desculpar.

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