A capa do jornal Zero Hora, edição de
hoje, é um primor de sutileza. Estampa a bela atriz global, Taís
Araújo, com a sua beleza afro, numa pose desafiadora, vestida com
esmêro e riqueza de detalhes.
A fotografia de Taís como que ilustra
uma matéria sobre a nova lei do trabalho doméstico. Por óbvio e por tradição, ZH é contra a lei de direitos. Mas ao manifestar-se encobre-se com a máscara da covardia e da dissimulação.
Observem o nexo que o editor quis
promover: uma negra bonita e produzida, com ar desafiador e insolente
face às novas regras, com mais direitos, às trabalhadoras do
ambiente doméstico.
A foto da atriz global ilustra, a rigor, uma matéria sobre o seu trabalho na TV, mas a forma como foi montado o jogo de ilustrações e manchetes da capa, há uma relação direta, embora subliminar, entre Taís e a crítica que o jornal faz à nova lei de direitos de trabalhadores no País.
A foto da atriz global ilustra, a rigor, uma matéria sobre o seu trabalho na TV, mas a forma como foi montado o jogo de ilustrações e manchetes da capa, há uma relação direta, embora subliminar, entre Taís e a crítica que o jornal faz à nova lei de direitos de trabalhadores no País.
A matéria de ZH quer criticar a lei de
direitos. Para tanto, sugere que está havendo desemprego e
insatisfação generalizada no meio: seja no patronato, seja entre as
trabalhadoras.
Este é o jornal da RBS: jogando pedra
numa lei modernizadora, constituinte de direitos, promotora de
dignidade de trabalhadoras que eram tratadas com objetos do lar da
classe média, uma lei que retira da servidão cerca de 7 milhões de
pessoas que viviam no limiar entre a casa-grande e a senzala.
Quando os últimos sinais do regime
escravocrata no Brasil são extintos, a RBS se insurge e faz essa
capa da vergonha e do atraso.
Sei não, mas Taís Araújo pode muito bem processar judicialmente o jornal da RBS por uso indevido de sua imagem, racismo velado e danos morais.
Sei não, mas Taís Araújo pode muito bem processar judicialmente o jornal da RBS por uso indevido de sua imagem, racismo velado e danos morais.
15 comentários:
Mas não foi a Taís Araújo que fez aquela novela das empreguetes onde ela lutava pelos direitos das trabalhadoras domésticas? O que causaria uma relação direta com a matéria, sem danos morais. O racismo velado até se entende, afinal quando mostram uma empregada doméstica ela TEM QUE ser negra, não pode ser alemoa por exemplo. Mas isso não se restringe a ZH, já que a própria RBS faz matérias de comunidade sempre com o repórter negro e as matérias sobre artes e coisas chiques com as repórteres loiras.
Justamente isso, sua anta. A Taís está na foto contrariada com a nova lei. Como que aprovando a matéria da RBS.
Que postagem imbecil. Essa lei imbecil acaba com a servidão (que obviamente ocorre) pela força, mas vai é gerar desemprego em vez de dar dignidade às empregadas domésticas. O próprio mercado já tava aumentando o custo de se contratar uma trabalhadora doméstica, essa lei aí só vai complicar as coisas pra elas, que são o lado mais fraco.
Caro anônimo das 19h26: sua manifestação é a prova provada que o post faz sentido, e que ZH está mesmo contra a nova lei de direitos dos trabalhadores domésticos.
Imbecil é você!
Fraternais saudações!
Cristóvão Feil
Eu dispensei minha empregada. Passei a lavar louça, roupa, limpar banheiro, casa e até mesmo cozinhar. É certo que com a legislação trabalhista vigente e os milhões de advogados urubus que nossas faculdades formam para o mercado, vamos estar diariamente criando um passivo trabalhista que teremos que acertar com nossos minguados bens adquiridos durante toda uma vida.
O certo seria, como já acontece com algumas categorias, as empregadas virarem autônomas e acertarem seus contratos de trabalho por serviços prestados diretamente com os patrões.
Depois não reclamem do desemprego que esta medida irá acarretar.
E Sr. Feil, como mediador, fica feio perder a compostura.
Ao postar, deveria aceitar apoios e críticas.
A direita sempre usou o fantasma do desemprego para assustar aqueles que conseguem conquistas e direitos sociais reconhecidos pela Lei.
Quando Getúlio Vargas criou a CLT, década de 1930, houve uma grita generalizada contra a medida de proteção ao trabalhador assalariado. É sempre assim, a direita não aprende, porque fica apegada ao passado escravagista selvagem.
Vcs. tem que ver o filme Django Livre, p/ saberem como foi o escravagismo. Já que não estudaram, pelo menos assistam um filme divertido e instrutivo.
Beijos, suas onças velhas...
NATAN
O que se esconde nesse contexto é o racismo, a necessária luta de classes e propaganda sionista dominante fazendo o serviço como sempre...
Caro autor do blog: sugiro estudar melhor a definição de "prova". A arte de tirar conclusões a partir do que os outros dizem é algo que se aprende, mesmo.
Garanto que não há relação lógica nem de "prova provada" entre a minha opinião e o que a ZH faz ou deixa de fazer. Considere que não me conheces (afinal, sou anônimo), que não trabalho lá e que não sou proprietário da referida. No mínimo inapropriado sair tecendo conclusões assim, não?
Lembro que ser de direita não significa ser contra a dignidade humana, nem ser de esquerda significa ser a favor dela (que o diga Stálin, o maior sanguinário da Europa de todos os tempos).
Saudações,
Anônimo das 19:26 de 21/04/13
Os lacedinhas de plantão sem lenbrando do Joseph, de ter saudades da tua dosa né menino safado, os tempos são outros e não é mais a ARENA que manda no campinho, embora o fdp do bolsonaro não perca oportunidade para ressusitar velhas mássimas facistas. Sugestão: assina. O anonimato é muito comodo pra quem gosta dar um tapa e esconder a mão.
Saludo, Joel
A ZH não está dizendo que é contra a lei das domésticas -- Lei fundamental e importante no Brasil de hoje. O que a ZH, assim como fez a Veja numa edição recente, está a dizer é que a classe média brasileira vai ter de se adaptar a esses novos tempos.
Este post faz parte da série, como certa esquerda não sabe interpretar texto.
Anônima das 9:10 do dia 22, tudo bem que o blogueiro deva aceitar apoios e críticas, mas não xingamentos e ofensas. A resposta do blogueiro ao energúmeno das 19:26 do dia 21 até que foi branda.
No seu comentário você afirma que adquiriu seus minguados bens com sacrifício, suponho que através de um trabalho com carteira assinada e todos direitos previstos na CLT. Ao que me parece você quer negar estes mesmos direitos à sua trabalhadora domêstica, pois a demitiu. Acredito que seria mais inteligente admitir que dentro das novas condições seu orçamento não lhe permite manter uma empregada doméstica. Ou então efetuar uma análise do custo-benefício de manter uma trabalhadora doméstica em relação a outros itens do seu orçamento e fazer o reordenamento necessário. Mas, apoiar a RBS e querer negar um direito óbvio, e que chegou com muito atraso, do trabalhador doméstico é algo muito, muito condenável.
Quero ver quem vai conseguir ficar mais de dois anos com sua empregada. Criamos mais uma categoria de salário mínimo a entrar na dança das benesses do Governo. Vejam o que vai acontecer:
1. Não vão querer assinar carteira para manter suas bolsas isso, bolsas aquilo. Quando demitidas vão buscar seus direitos na Justiça ou,
2. Vão ficar dois anos trabalhando de carteira assinada, depois forçam a demissão e passarão seis meses de auxilio desemprego + rescisão se refrescando em Magistério/Quintão. Depois irão voltar a procurar outro emprego similar por mais dois anos e a história se repetirá.
Isto acontece com ofice-boys, ajudantes de bares, restaurantes, oficinas, comércio e tantas outras categoria que ganham o salário mínimo.
E não tiro a razão deles. Pelo legislação da previdência atual em que somente conseguimos aposentadoria integral com 35 anos de trabalho e 65 anos de idade, se preocupar com tempo de serviço antes dos 30 anos de idade é burrice total. Hoje em dia todo o INSS pago antes dos 30 anos não "inflói" nem "diminói" em nada.
Alguém discorda?
A carga escravocata é uma caracteristica que se identifica com o sionismo da RBS. Mas não me parece esta a intenção até porque o momento de reconhecimento da maioria não conviria. Observem só o manual de boas maneiras.
O anonimo deve fazer parte de tradicional familia que tradicionalmente oscupam os bons cargos publicos que dão direito a aposentadoria integral, a "patuléia" vai sendo escorchada como sempre.
Mas interessante é a ligação com a questão Gay, que a direita toda(Globo, RBS etc. com seus artista) apóiam histéricamente com o neoesquerdista formado no BBB, Jean Willis. E aí de quem contrarie.
Bah.
Estou preocupado com o depoimento do Valério na PF.
Será que vão pegar o Lula?
Daí sim não vamos mais ter o que dizer.
A nossa PF dizendo, como vamos culpar a mídia golpista?
Tá preteando o olho da gateada para o nosso lado.
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