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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A capa de ZH e o “homem forte” de Fortunati




A pieguice über açucarada da capa de Zero Hora, edição de terça passada (9/out), é algo. José Fortunati (PDT) sai vitorioso em Porto Alegre. Divide a vitória com o grupo RBS/Maiojama e o guloso interesse imobiliário pelos 72 quilômetros de orla fluvial urbanizável do lago do Guaíba.

Não por acaso, o coordenador da campanha eleitoral de Fortunati chama-se Edemar Tutikian, o mago da dialética do concreto (mas não no sentido kosikiano), o David Copperfield das revitalizações urbanas, o Tio Toni do cais-mauá-dos-grandes-investimentos, e outras feitiçarias imobiliárias e afins.

Hoje, o jornal Zero Hora (coluna Página 10) estampa uma pequena nota onde admite que Edemar Tutikian será um dos “homens fortes” do re-prefeito Fortunati e o responsável pelos “grandes projetos”.

Já se vê que experimentaremos grandes emoções no próximo quadriênio administrativo de Porto Alegre. 

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Qual o problema de um empresário ser o homem forte dos grandes projetos de Fortunati?

É evidente que ele vai ter dividendos e muita grana com isso, mas não é só ele que vai ganhar, o povo de Porto Alegre também, porque é um projeto que vai mudar a cara da cidade, a psiquê dos portoalegrenses e com condições de atrair eventos, turismo, fazer circular capital e promover a necessária e fundamental inclusão social.

Por exemplo, a livraria Cultura vai colocar uma loja no Cais Mauá, isso é ruim?

Anônimo disse...

A cidadania precisa ser ensinada a reconhecer as jogadas sacanas.
Tem sempre um interesse particular a ser atendido e o planejamento vai para as cucuias.
Como diz uma aluna de urbanismo, o comum são planos sem obras ou obras sem planos.
Vamos fazer uma listinha ?
- privatização do terreno da FASE
- proposta inicial do metro, que iria do centro até a frente da FASE
- privatização do Galpão das Tesouras (ainda bem que os galpões do cais são de ferro!!)
- aumento do índice construtivo ao longo do trajeto do metro (o certo seria cobrança de taxa de melhoria)
- swap de terrenos para a construção da ARENA. Qual parte da infraestrutura do bairro, que deverá ser reforçada, será bancada pelo Grêmio? Vamos pagar para o Grêmio ter o seu estádio?
Quando os empresários vão aprender a fazer seus planos DENTRO do planejamento urbano e sem impactar a despesa pública ou o ambiente da cidade?

Anônimo disse...

O troll de estimação agora faz até psicanálise de cidades...

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